Em coluna opinativa no
periódico Folha de S. Paulo, o
historiador britânico Kenneth Maxwell comentou que o Brasil adiou, novamente, a
compra de uma nova geração de caças a jato para a Força Aérea Brasileira (FAB).
O contrato em questão está sendo disputado pelos Estados Unidos da América
(EUA), pela França e Suécia. Marxwell apontou para um favoritismo francês, por
conta da recente eleição do presidente socialista, François Hollande, uma vez
que o assessor de relações internacionais do governo da presidenta da República
Dilma Rousseff, Marco Aurélio Garcia, vem expandindo suas conexões com os
socialistas da França e, ainda, porque o ministro da Defesa, Celso Amorim,
apresentou desconfiança para com os norte-americanos. O historiador prevê que o
adiamento da compra dos caças pode ter relação com a espera para saber quem
será o próximo presidente da República dos EUA. Na avaliação de Maxwell, os
norte-americanos foram prejudicados na disputa após a decisão de cancelarem um
contrato com a Embraer acerca da compra de 20 aviões turboélice do tipo Super
Tucano, que seriam usados no combate de insurgentes no Afeganistão. Maxwell
afirmou que os EUA tendem pela empresa Embraer, que, apesar de ser estrangeira,
tem muitas ligações com o país. A empresa recentemente se aproximou da Boeing,
um dos principais concorrentes na licitação para a compra dos caças. (Folha de
S. Paulo – Opinião – 12/07/12)
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