Em coluna opinativa no
periódico Folha de S. Paulo, o
historiador britânico Kenneth Maxwell comentou que o Brasil adiou, novamente, a
compra de uma nova geração de caças a jato para a Força Aérea Brasileira (FAB).
O contrato em questão está sendo disputado pelos Estados Unidos da América
(EUA), pela França e Suécia. Marxwell apontou para um favoritismo francês, por
conta da recente eleição do presidente socialista, François Hollande, uma vez
que o assessor de relações internacionais do governo da presidenta da República
Dilma Rousseff, Marco Aurélio Garcia, vem expandindo suas conexões com os
socialistas da França e, ainda, porque o ministro da Defesa, Celso Amorim,
apresentou desconfiança para com os norte-americanos. O historiador prevê que o
adiamento da compra dos caças pode ter relação com a espera para saber quem
será o próximo presidente da República dos EUA. Na avaliação de Maxwell, os
norte-americanos foram prejudicados na disputa após a decisão de cancelarem um
contrato com a Embraer acerca da compra de 20 aviões turboélice do tipo Super
Tucano, que seriam usados no combate de insurgentes no Afeganistão. Maxwell
afirmou que os EUA tendem pela empresa Embraer, que, apesar de ser estrangeira,
tem muitas ligações com o país. A empresa recentemente se aproximou da Boeing,
um dos principais concorrentes na licitação para a compra dos caças. (Folha de
S. Paulo – Opinião – 12/07/12)
terça-feira, 31 de julho de 2012
Amorim avalia notícia sobre possível base militar dos EUA no Paraguai
De acordo com o periódico O Estado de S. Paulo, o ministro da
Defesa, Celso Amorim, declarou, no dia 09/07/12, que considera
"esdrúxula" a possível instalação de uma base militar dos Estados
Unidos no Paraguai, visto que, segundo Amorim, resultaria em um “isolamento a tão
longo prazo do Paraguai” que pondera não ser válido. A possibilidade de uma
base norte-americana no Chaco foi referida pelo presidente da Comissão de
Defesa da Câmara dos Deputados do Paraguai, José López Chávez. (O Estado de S. Paulo – 10/07/12)
Super Tucano da Embraer receberá sistema de armas da Boeing Defesa, Espaço e Segurança
Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, o caça de ataque
leve Super Tucano, da Embraer, irá receber sistemas de armas de avançada
tecnologia da empresa estadunidense Boeing Defesa, Espaço e Segurança. A
empresa fornecerá equipamentos como o Joint Direct Attack Munition (JDAMS),
“espécie de kit que transforma bombas ‘burras’ em versões ‘inteligentes’, para
ataques de precisão”, acompanhado do JDAM Laser, acessório que possibilita a
expansão do raio de ação e a redução da margem de erro, além das Small Diameter
Bombs (SDB), menores, mais leves, e de alta tecnologia. A formalização do
acordo estava prevista para o dia 10/07/12, no Salão Aeronáutico de
Farnborough, próximo a Londres (Inglaterra). A Boeing foi escolhida pela
Embraer para participar do plano destinado a acrescentar novas capacidades ao
turboélice A-29 Super Tucano, e, com isso, os recursos serão oferecidos em
todas as ações de vendas internacionais do avião. No dia 09/07/12, o presidente
da Embraer Defesa e Segurança, Luiz Carlos Aguiar, afirmou que a integração de
sistemas influenciará a disputa para o fornecimento de 20 aviões da classe do
A-29 para a Força Aérea dos Estados Unidos, que os repassará à aviação do
Afeganistão. Segundo o Estado, o
Pentágono pretende expandir a compra para um número entre 100 e 120 unidades. O
valor da negociação poderá variar, dependendo dos dispositivos que forem
incorporados ao caça, como bombas guiadas por GPS ou laser. Além disso, a
Embraer irá fornecer oito unidades do caça para a Indonésia, totalizando 16
unidades no país. O Super Tucano é utilizado por Forças de sete países e acumula
mais de 130 mil horas de voo, das quais cerca de 18,5 mil foram cumpridas em
missões de combate. Existem negócios em trâmite na Guatemala, no Peru e em Angola, além de negociações no Oriente Médio, na
África e na Ásia. (O Estado de S. Paulo - Negócios - 10/07/12; O Estado
de S. Paulo - Negócios - 11/07/12)
Exército desocupa oficialmente os complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro
Segundo os jornais Folha de S. Paulo e O Estado de S. Paulo, após 19 meses de ocupação do Exército, foi
transferido oficialmente, no dia 09/07/12, o controle do policiamento nos
Complexos do Alemão e da Penha, na zona norte da cidade do Rio de Janeiro, para
a Polícia Militar (PM) do estado. “Após a solenidade, o Exército retirou todos
os seus homens e veículos blindados do local”, sendo que a administração da base
ficará sob o comando da Coordenadoria de Polícia Pacificadora (CPP) da PM, que
coordena as 25 Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) já implantadas na
cidade. Segundo a Folha, devido ao
fato das escalas de trabalho serem diferentes, haverá menos policiais nas ruas;
antes o Exército patrulhava as favelas com 900 homens por dia, agora a PM utilizará 431 policiais. De acordo com o Estado, a transição do Exército para a
PM já havia se iniciado no dia 18/04/12, quando foram inauguradas as primeiras
UPPs no Alemão, nos Morros da Fazendinha e Nova Brasília. A ocupação dos morros
pelo Exército custou ao governo federal mais de R$ 330 milhões. Segundo o
ministro da Defesa, Celso Amorim, o período em que o Exército se encontrava na
cidade do Rio de Janeiro, foi um “momento especial", avaliando
positivamente a atuação da força na região. Para Amorim, “essa passagem vem
acompanhada do sentimento de dever cumprido". Durante a ação do Exército,
470 pessoas foram detidas e 263 presas, além da apreensão de 215 quilos de
drogas, 38 armas, mais de duas mil munições de diversos calibres, 302 veículos
e 197 motos. (Folha de S. Paulo – Cotidiano – 10/07/12; O Estado de S. Paulo –
Cidades/Metrópole - 10/07/12)
Livro sobre militante do Araguaia é lançado
De acordo com o jornal Correio Braziliense, no dia 10/07/12 foi
lançado o livro “Antes do passado, o silêncio que vem do Araguaia”, de Liniane
Haag Brum. Em formato de crônicas, o livro relata a história de Cilon,
militante da Guerrilha do Araguaia (1972-1975), que ali estava para “treinar
para a luta por um país livre”. A autora utilizou-se de uma investigação
afetiva e factual para a construção da obra. (Correio Braziliense – 10/07/12)
Aeronáutica arcará com despesas da quebra das vidraças do STF
Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, a Força Aérea
Brasileira (FAB) irá arcar com o custo de aproximadamente R$82 mil referente às
vidraças quebradas do prédio do Supremo Tribunal Federal (STF) e as trincadas
do Palácio do Planalto. O fato ocorreu durante uma cerimônia de troca da
bandeira na capital federal, que também comemorava os 60 anos da Esquadrilha da
Fumaça da FAB, quando dois caças Mirage 2000C fizeram voos rasantes que
atingiram 1100 quilômetros por hora. Sobre os aviões, o Estado relembrou que os modelos foram criados na década de 1950
pelo francês Marcel Dassault. Perguntado por Charles de Gaulle sobre o nome da
aeronave – que apenas possuía a denominação do código do projeto, MD 550 –
Dassault teria anunciado: "Mirage. Chama-se assim porque pode ser visto,
mas nunca tocado". Os Mirages deverão ser os primeiros a serem trocados
pelo caça vencedor do projeto F-X2. (O Estado de S. Paulo – Aliás – 08/07/12)
Projeto do Submarino com Propulsão Nuclear Brasileiro ganha previsão
Conforme publicado pelo jornal O Estado de S. Paulo, foi oficializada no dia 06/07/12 no Centro
Tecnológico da Marinha, em São Paulo, a data de início do Projeto do Submarino
com Propulsão Nuclear Brasileiro (ProSub). Um dos parceiros estrangeiros do
projeto será a Direction des Constructions Navales et Services, envolvida na
construção de quatro submarinos diesel-elétricos e outro movido a energia
atômica. No Brasil, o maior parceiro será a Odebrecht Defesa e Tecnologia. O
custo previsto é de aproximadamente R$ 21 bilhões. Segundo o Estado, a partir de julho de 2012, o
prazo para a concepção básica do submarino será de três anos, mas apenas para
2021 estão previstas as etapas de conclusão, que serão seguidas da montagem
eletrônica, do carregamento do reator compacto e dos testes de mar, que deverão
levar mais dois anos. O empreendimento contempla uma frota de seis submarinos
nucleares e 20 convencionais, sendo 15 novos, do modelo S-Br, da classe Scorpène.
Em Itaguaí, no litoral sul do estado do Rio de Janeiro, mais de seis mil
pessoas trabalham na construção do estaleiro, que deverá ficar pronto em 2015,
e receberá os submarinos. Todo o projeto deverá ficar pronto até 2047, conforme
o Plano de Articulação e de Equipamento da Marinha (Paemb), o que fará com que
a frota de submarinos de ataque seja o principal elemento dissuasivo da defesa
brasileira. O comandante da Marinha, almirante Júlio Moura Neto, afirmou a
"necessidade de dar prioridade à estratégia do temor das consequências
considerados fatores como o Pré-Sal, a posição do Brasil no contexto
internacional, a garantia da segurança marítima e a vigilância sobre as águas
jurisdicionais, que somam 4,5 milhões de quilômetros quadrados, uma Amazônia no
mar". (O
Estado de S. Paulo – Nacional – 08/07/12)
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