De acordo com o
jornal Correio Braziliense, morreu na
madrugada do dia 20/09/12, Maria Rosa Leite Monteiro, mãe de Honestino Guimarães,
líder estudantil desaparecido em 10/10/73, no estado do Rio de Janeiro.
Guimarães era estudante de geologia na Universidade de Brasília (UNB) quando
foi preso durante o regime militar (1964-1985) e seu corpo nunca foi
encontrado. Monteiro nunca desistiu de buscar notícias do filho e sua saga foi
relatada no livro “Honestino, o bom da amizade é a não cobrança”, publicado em
2004. Segundo o jornal, o livro foi um dos primeiros documentos a relatar o
sofrimento dos familiares de presos políticos desaparecidos, além dos registros
sobre o período militar brasileiro. De acordo com o Correio, em 2010, a Justiça Federal do Rio de Janeiro reconheceu
oficialmente a culpa dos governos militares pelo desaparecimento de Guimarães e
determinou à União o pagamento de indenização a família. Para o senador
Cristovam Buarque, a morte de Monteiro é uma perda irreparável; porém, serve de
motivação extra para o trabalho das comissões que apuram as violações de
direitos humanos ocorridas durante o regime militar, tal qual a Comissão
Memória e Verdade Anísio Teixeira, instalada na UNB, e a Comissão Nacional da
Verdade. (Correio Braziliense – Cidades - 21/09/12)
quinta-feira, 27 de setembro de 2012
Obras da nova base brasileira na Antártida serão concluídas em 2013/2014
Segundo
o jornal O Estado de S. Paulo, no dia 17/09/12, o ministro da Defesa, Celso Amorim, declarou que o
projeto da nova base que irá substituir a Estação Comandante Ferraz, destruída
por um incêndio em fevereiro de 2012, será concluído até o verão de 2013/2014.
De acordo com Amorim, serão montados módulos emergenciais que apoiarão a
realização de pesquisas até a data da conclusão das obras. O ministro afirmou
que os R$ 40 milhões liberados pela presidenta da República, Dilma Rousseff,
após a tragédia, foram totalmente empenhados. A
Marinha enviará três navios para auxiliar o trabalho dos pesquisadores na base
emergencial na Antártida, além de um navio mercante, com a função de auxiliar
no desmonte do que sobrou da base incendiada. O jornal relembrou que dois
militares morreram no incêndio que destruiu a antiga base, o sargento Roberto
Lopes dos Santos e o suboficial Carlos Alberto Vieira Figueiredo, que não
conseguiram sair do local do incêndio. (O Estado de S. Paulo – Nacional –
18/09/12)
Comissão da Verdade delimita processos de investigação
De acordo com os jornais Folha de S. Paulo e
O Estado de S. Paulo, foi
publicada no Diário Oficial da União do dia 17/09/12 uma resolução em que a
Comissão da Verdade declara que só investigará os episódios de violação dos
direitos humanos que foram de iniciativa de agentes públicos ou pessoas que
estivessem a serviço do Estado. Dessa forma, exclui-se a
possibilidade de investigação de qualquer ato praticado pela esquerda militante
no período do regime militar (1964-1975). Segundo a Folha, o texto da
lei que deu origem à Comissão era vago sobre tal assunto, o que deixou espaço
para que se especulasse sobre investigações dos atos de militantes da esquerda.
Além disso, o Estado reportou que os integrantes da Comissão sempre
deixaram claro que investigariam apenas crimes cometidos por agentes do regime. Segundo o membro da comissão, Paulo Sérgio
Pinheiro, aqueles opositores que cometeram crimes durante o regime foram
detidos e cumpriram penas, por isso não devem ser investigados agora. Pinheiro
afirmou que os julgamentos dos opositores do regime já foram feitos e podem ser
consultados nos arquivos do Superior Tribunal Militar. O integrante da comissão
afirmou ainda que essa decisão não consiste em algo novo, senão no cumprimento
da própria lei de criação do colegiado. Segundo a Folha, para os militares, a investigação dos atos
cometidos pela esquerda indicaria a neutralidade das investigações. Contudo,
para os militantes e parentes das vítimas, seria desnecessária, pois esses já
foram processados e punidos na época. O ex-procurador geral da República e
membro da Comissão, Cláudio Fonteles, enfatizou que essa decisão é totalmente
legal e não afetará o apoio dos militares ao trabalho da Comissão. O Estado alertou sobre a dificuldade
de acesso aos documentos que legitimariam as pesquisas, o que pode fazer com
que o trabalho da Comissão não seja reconhecido. Ainda de acordo com o Estado,
integrantes da Comissão já requisitaram reuniões com especialistas da
Organização das Nações Unidas (ONU) que possuem experiência em questões de
direitos humanos e que já participaram de comissões da verdade de outros
países. O jornal apontou que na avaliação da ONU, os trabalhos da comissão devem
trazer justiça às vítimas, e não apenas funcionar como uma audiência pública
para satisfazer parte da população. (Folha de S. Paulo – Poder – 18/09/12; O
Estado de S. Paulo – Nacional – 18/09/12; O
Estado de S. Paulo – Nacional – 19/09/12)
OAB-MG solicitou à Comissão da Verdade nova apuração da morte de Juscelino Kubitschek
Segundo o jornal Correio Braziliense, a
Ordem dos Advogados do Brasil de Minas Gerais (OAB-MG) solicitou à Comissão
Nacional da Verdade uma nova apuração a respeito da morte do ex-presidente da
República Juscelino Kubitschek, ocorrida em um acidente de carro na Rodovia
Presidente Dutra em 22 de agosto de 1976. Tal pedido está pautado no material
recolhido do processo encerrado em 1996. De acordo com a OAB-MG o “motivo do
acidente foi um tiro na cabeça do motorista” de Kubitschek, Geraldo Ribeiro,
que acabou perdendo o controle do veiculo e colidindo com um ônibus. A OAB
ressaltou ainda que o tiro foi proveniente de um projétil conhecido com o nome de
“batente”, de uso e fabricação exclusiva das Forças Armadas e que era empregado
pelo Exército brasileiro no período do regime militar (1964-1975), época do
fato. A OAB-MG utilizou-se da análise feita após a exumação do corpo do
motorista, em 1996, para chegar a tal conclusão. O Correio informou que
a Comissão da Verdade restringirá aos órgãos do Estado a investigação dos casos
relacionados a violação dos direitos humanos, sendo que tais casos não podem
ser atingidos pela Lei da Anistia. (Correio Braziliense – Brasil – 18/09/12)
Projeto propõe que militares também possam registrar boletins de ocorrência
Em artigo publicado no jornal Correio Braziliense, o senador por
Pernambuco e ex-presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Armando
Monteiro Neto, explicou o projeto de sua autoria, apresentado ao Senado, que
visa a criação de um boletim de ocorrência (BO) único. O objetivo é
descentralizar e agilizar o processo, à medida que o registro do BO sairá da
alçada exclusiva do delegado de polícia, civil ou federal, e poderá ser feito
por policiais militares e rodoviários, ou mesmo por integrantes das Forças
Armadas que estiverem em missão de garantia da lei e da ordem. A justificativa
de Monteiro Neto é que “a
possibilidade de facultar a outros agentes públicos esse tipo de registro
permitirá o aumento da capacidade de investigação da Polícia Civil”. (Correio Braziliense – Artigo – 18/09/12)
Esquadrilha da Fumaça substitui frota
Conforme publicação
do jornal O Estado de S. Paulo, até o
final do ano de 2012 haverá a troca de guarda na Esquadrilha da Fumaça, da
Força Aérea Brasileira. O avião T-27 Tucano será substituído pelo A-29 Super
Tucano. O primeiro foi caracterizado pelo periódico como “um turboélice de
treinamento, com eventual aplicação em missões de combate”, enquanto o Super
Tucano “é destinado a ataque leve e, também, à instrução avançada”. Há
diferenças técnicas relevantes, como na motorização, antes com um propulsor de
750 shp e agora, de 1600 shp, e também na eletrônica de bordo, que é mais
avançada no Super Tucano. Um oficial aviador afirmou que o novo avião desempenha
as mesmas tarefas que o antigo Tucano e que o único obstáculo está na estrutura
das asas, robustecidas. Das 90 unidades de Super Tucano de que dispõe a Força
Aérea, 12 serão destinadas à Esquadrilha da Fumaça. O suporte técnico será
realizado pela Embraer Defesa e Segurança, que levará os aviões até a cidade de
Pirassununga, no estado de São Paulo, onde se encontra a Esquadrilha, na
Academia da Força Aérea. A primeira exibição da nova frota estava marcada para
o desfile do Dia da Independência, em 07/09/12, na cidade de Brasília, porém, as
aeronaves não estavam prontas. A nova data ainda não foi definida. (O Estado de
S. Paulo – Nacional – 16/09/12)
Jornal analisa inovação tecnológica nas Forças Armadas
Conforme notícia
publicada pelo periódico O Estado de S.
Paulo, a questão da defesa para o Brasil está deixando de ser um gasto para
se tornar um investimento. Por conta do baixo nível de ameaças externas e de
inimigos por parte do país, os projetos dos militares passam a se direcionar
para o desenvolvimento da tecnologia e da indústria locais, o que aumenta a
exportação de armamentos, além de gerar mais empregos e divisas. A Estratégia
Nacional de Defesa (END), aprovada por decreto no ano de 2008, já previa o
fortalecimento da indústria nacional. Segundo o jornal, isso é reflexo da
política interna brasileira, que, influenciada por um pensamento
nacional-desenvolvimentista por parte da presidenta da República, Dilma
Rousseff, tem causado o crescimento da economia e projetado o Brasil como um
“jogador global”. Os programas estratégicos das Forças Armadas para os próximos
vinte anos estão cotados em R$124 bilhões em investimentos, com o objetivo de
formar um parque industrial bélico no país. Deste total, sete projetos do
Exército contabilizam R$ 57,03 bilhões, entre os quais estão: I) o Sistema de
Monitoramento de Fronteiras (Sisfron), que irá monitorar uma faixa de 150 km das fronteiras do
Brasil e instalará radares, satélites e aeronaves não tripuladas; II) o Defesa
Antiaérea, que irá adquirir mísseis, radares, centros de operação e coordenação
e seus meios de transporte; III) o Projeto Astros 2020, que desenvolverá um
foguete de alta precisão e um míssil com alcance de 300 km , lançados a partir de
uma nova plataforma, a MK6; IV) o Projeto Guarani, que desenvolveu um novo
blindado médio de rodas para substituir os atuais, com a aquisição de 2.044
unidades; V) a proteção de hidrelétricas e linhas de transmissão, refinarias de
petróleo, termoelétricas, instalações de gás natural, usinas nucleares, portos,
aeroportos, contando com patrulhamento aéreo e naval e presença terrestre; VI) a
recuperação de helicópteros, blindados e equipamento e a compra de embarcações,
viaturas, armamentos e munições; e, VII) o investimento no Centro de Defesa
Cibernética, a fim de proteger redes onlines contra ataques. A Força Aérea
Brasileira (FAB), por sua vez, planeja comprar 120 caças, na licitação em que
concorrem o modelo Rafale, fabricado pela empresa francesa Dassault; o F-18, da
estadunidense Boeing; e o Gripen, da sueca Saab-BAE. Além disso, a Empresa
Brasileira de Aeronáutica (Embraer) está desenvolvendo um novo cargueiro, o
KC-390, que substituirá o C-130 Hércules e concorrerá no mercado internacional.
De acordo com o Estado, as três
forças ainda receberão 16 helicópteros de transporte EC-725 Super Puma/Cougar,
da empresa Eurocopter. A Marinha trabalha para construir um reator nuclear de
geração de energia para a propulsão de submarinos, projeto que envolve o enriquecimento
de urânio, e também conta com o Programa de Desenvolvimento de Submarinos
(ProSub), que inclui um estaleiro para a construção de uma base naval, quatro
submarinos convencionais e um nuclear. Adicionalmente, a Marinha planeja a
construção de onze navios em território brasileiro - cinco fragatas, cinco
escoltas e um de apoio – projeto no qual seis países disputam o contrato: Alemanha,
Coreia do Sul, Espanha, França, Itália e Inglaterra. Na avaliação do Estado, os projetos das três Forças
foram gestados no final do século XX, porém ganharam força a partir da
tentativa de transferência e desenvolvimento local de tecnologia, com perspectiva
de exportação. (O Estado de S. Paulo – Economia – 16/09/12)
Consórcio Tepro é selecionado pelo Exército para o Sisfron
De acordo com o
jornal Correio Braziliense, o
consórcio Tepro, formado pelas empresas Savis Tecnologia e Sistemas S/A e OrbiSat
Indústria e Aerolevantamento S/A, companhias controladas pela divisão de Defesa
e Segurança da Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer), foi o único eleito
pelo Exército Brasileiro para o processo de seleção do Sistema Integrado de
Monitoramento de Fronteiras (Sisfron). O desenlace da licitação criou um incômodo
na cúpula do Exército e entre as outras empresas do setor, as quais questionam
a dependência em relação a apenas um fornecedor de tecnologia, originário dos
Estados Unidos da América, visto a contradição em relação à denominada
estratégia nacional de defesa. O jornal O
Estado de S. Paulo apontou que a escolha da Embraer para a execução da
primeira fase do Sisfron, que colocará a cobertura dos radares na fronteira com
o Paraguai, e enviará os dados para o comando do Exército na capital federal,
Brasília, é “a aposta mais audaciosa já feita pelo Exército nesta direção”.
Apesar da empresa não ter apresentado um dos menores preços, sua pontuação
técnica foi o grande destaque, o que levou a Embraer a ganhar das empresas
concorrentes, a Synergy, a Odebrecht, a Queiroz Galvão e a OAS. Em nota ao
periódico, sobre a escolha, o Exército afirmou que “as exigências dos Índices
de Conteúdo Nacional estão coerentes com os princípios da Estratégia Nacional
de Defesa e da Lei 12.598/2012, que priorizam o fomento da indústria nacional
de defesa e a geração de emprego e renda no País”. Na avaliação do Estado, o emblema da nova política da
Embraer é o perfil da OrbiSat, fabricante de radares comprada pela empresa no
ano de 2011, que “desenvolveu radares para o Exército, capazes de ‘enxergar’
debaixo das copas de árvores da Amazônia” e agora fornece à Força onze radares
antiaéreos e seis comandos de operação de artilharia antiaérea. O presidente da
Embraer Defesa e Segurança, Luiz Carlos Aguiar, afirmou que “não vamos apenas
produzir no Brasil, vamos desenvolver no Brasil” e "nosso diferencial
decisivo é o desenvolvimento de tecnologia nacional, além do preço".
Segundo o Estado, a visão de Aguiar
mostra que “as concorrentes europeias e americanas, premidas pelos cortes nos
gastos de seus governos mergulhados na crise econômica, buscam mercados como o
brasileiro com preços muito altos para tentar cobrir os altos investimentos que
fizeram. E encaram o Brasil apenas como mercado, não como plataforma de
exportação”. (Correio Braziliense – Brasília-DF – 15/09/12; O Estado de S.
Paulo – Economia – 16/09/12)
quinta-feira, 20 de setembro de 2012
Estreia documentário sobre a participação do Brasil na Segunda Guerra Mundial
Segundo o jornal Correio Braziliense, no dia 14/09/12 estreou
no auditório da Escola de Guerra Naval, no Rio de Janeiro, o documentário “O
Brasil na Batalha do Atlântico”, de Eric Castro. O filme relata a história da
entrada do Brasil na Segunda Guerra Mundial, em 31/08/1942. (Correio
Braziliense – BRASÍLIA-DF – 14/09/12)
Defesa brasileira deverá apoiar modernização das Forças Armadas do Suriname e da Guiana
Segundo o periódico O Estado de S. Paulo, as estruturas de
Defesa da Guiana e do Suriname devem ser modernizadas com apoio brasileiro. O
ministro da Defesa, Celso Amorim, se encontrou no dia 11/09/12 com o presidente
da República do Suriname, Donald Ramotar, o secretário da Defesa, Roger
Luncheon e a ministra das Relações Exteriores, Carolyn Rodrigues-Birkett.
Dentre os assuntos tratados estão a necessidade de aumentar a vigilância sobre
a fronteira e a preocupação com o crescente número de garimpeiros na região. As
Forças Armadas da Guiana, que somam 1100 militares que já utilizam equipamentos
brasileiros, serão auxiliadas por meio da criação de um esquadrão aéreo de
ataque leve, que se utilizará de aviões turboélices modelo Super Tucano,
produzidos pela Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer). Ademais, o
intercâmbio de militares nos centros de formação e especialização brasileiros
também é negociado. Quanto ao Suriname, o ministro da Defesa do país, Lamouré
Latour, visitou, no início de 2012,
a fábrica da Embraer na cidade de São José dos Campos,
no estado de São Paulo. Segundo o Estado,
está na agenda a compra de navios-patrulha leves, de dois a quatro aviões
modelo Super Tucanos, e a revitalização da frota de blindados que foi adquirida
do Brasil em 1983. (O Estado de S. Paulo – Nacional – 12/09/12)
Governo militar monitorou a extração de ouro na jazida de Serra Pelada
De acordo com o
jornal Correio Braziliense, nos anos
1980, o governo militar monitorou a extração de ouro na jazida de Serra Pelada,
na cidade de Carajás, estado do Pará. As informações provém de documentos recém
divulgados pelo Arquivo Nacional. A jazida de ouro de Serra Pelada foi a maior
do Brasil e reuniu mais de 80 mil pessoas no seu período de exploração. Durante
o regime militar (1964-1985), o Serviço Nacional de Informações (SNI) vigiou,
por quase 10 anos, o cotidiano local. O principal receio consistia na
possibilidade de infiltração de “esquerdistas”, que chegou a ser afirmada em um
dos relatórios produzidos no período: “O MR-8 teria logrado infiltrar armas de
diversos calibres na área de Serra Pelada [...] Estas armas estariam enterradas
e seriam usadas quando emitida a ordem do governo federal, visando encerrar a
cata manual naquele garimpo". Segundo o jornal, os relatórios
“praticamente relatam a história do maior garimpo brasileiro, mostrando seu
apogeu até a decadência”. (Correio Braziliense – 12/09/12)
Empresas concorrentes na licitação dos caças do Projeto FX-2 investem em bolsas de estudo
O periódico Folha
de S. Paulo noticiou que as empresas que participam da última etapa da
licitação para a compra de caças para a Força Aérea Brasileira (FAB), o Projeto
FX-2, procuram estreitar seus laços com o governo brasileiro investindo no
programa de bolsas para alunos de graduação e pós-graduação Ciência Sem
Fronteiras. A estadunidense Boeing, a francesa Dassault e a sueca Saab, que
permanecem na espera de uma decisão do governo brasileiro desde o final da
presidência de Luiz Inácio Lula da Silva, passaram a investir em bolsas de
estudo e atrair pesquisadores brasileiros para o exterior. As concessões estão
diretamente ligadas à oferta das empresas para conseguir emplacar um vencedor
para a licitação que escolherá o fornecedor de 36 caças para a FAB. O programa Ciência
Sem Fronteiras já implementou 5.978 bolsas até julho deste ano, o que representa
6% da previsão final do programa. De acordo com o jornal, a Saab selecionou
cerca de nove estudantes de pós-graduação para fazer especialização na Suécia e
anunciou que pretende oferecer bolsas para mais 100 estudantes. A Boeing
patrocinou a ida de 14 estudantes para os Estados Unidos para especialização na
área e pediu ao governo uma lista com os estudantes de Engenharia Aeronáutica e
Aeroespacial inscritos no Ciência Sem Fronteiras, afirmando pretender repetir o
intercâmbio em 2013. O representante do consócio Rafale, da francesa Dassault,
Jean Marc Merialdo, afirmou auxiliar o governo francês com a concessão de
bolsas e garantiu que esse número tende a ”aumentar exponencialmente, tanto
para o intercâmbio de estudantes e estágios em empresas francesas quanto para
pesquisa e desenvolvimento", caso o caça francês seja o escolhido. As
empresas não revelaram o montante investido em bolsas. (Folha de S. Paulo –
Poder -10/09/12)
Jornalista critica trabalho sigiloso da Comissão da Verdade
Em coluna opinativa
para o periódico O Estado de S. Paulo,
o jornalista Bernardo Kucinski criticou o trabalho da Comissão da Verdade por
seu caráter sigiloso e o comparou a trabalhos exercidos durante o regime
militar (1964-1985). Para Kucinski, as reuniões, depoimentos e entrevistas
realizadas pela Comissão devem ser abertos à sociedade e transmitidos pelos
meios de comunicação em massa, uma vez que o objetivo da Comissão é pedagógico
e não punitivo. O jornalista argumentou em contraposição ao discurso de um dos
integrantes da Comissão, o advogado José Carlos Dias, que justificou o trabalho
sigiloso para que os depoentes se sintam a vontade para falar e que, assim, se
possa chegar à verdade. Kucinski acredita que a abertura ampla das sessões não
impediria a convocação de protagonistas para sessões reservadas e que muitos
deles já estão se pronunciando por outros intermédios, como a publicação de livros.
O jornalista concordou com o ex-procurador da República, Carlos Fonteles, o
qual afirmou que “a comissão da verdade não levará a nada sem a pressão da
sociedade civil”, e que a missão da Comissão é fomentar comissões locais,
apontando que a sociedade civil não será motivada sem a apresentação de
resultados. Kucinski também destacou duas contradições acerca da Comissão da
Verdade: a primeira, “adotar procedimentos de inquérito policial, que tem por
objetivo fundamentar indiciamentos em tribunal, embora seu objetivo seja o
julgamento histórico, não o criminal”; e a segunda “é a que se dá entre o
perfil de seus sete integrantes, pessoas comprometidas com os direitos humanos,
e a natureza de uma comissão nascida por razões de Estado, com as limitações decorrentes”.
Por fim, o jornalista afirmou que a verdade essencial para o trabalho da
Comissão não é a individual para cada família das vítimas do regime militar,
porém a verdade socializada, ou seja, uma ferramenta de conscientização e
elaboração da história. (O Estado de S. Paulo – Aliás – 09/09/12)
Comissão da Verdade investiga desaparecimentos no estado de Pernambuco
Conforme noticiado
pelo jornal Correio Braziliense, os
integrantes da Comissão Nacional da Verdade estiveram no estado do Pará no mês
de agosto para investigações sobre a Guerrilha do Araguaia (1972-1974); e seguiram
para o estado de Pernambuco para tratar de casos de vítimas do regime militar
(1964-1985). A Comissão auxiliará as autoridades de Pernambuco a esclarecerem o
desaparecimento dos ex-militantes da Ação Popular Marxista-Leninista, Fernando
Santa Cruz e Eduardo Collier. A decisão foi tomada em encontro realizado no dia
10/09/12, na cidade de Recife, no qual foram analisados os casos de Santa Cruz
e Collier, bem como o do padre Antônio Henrique Pereira da Silva Neto, morto no
mesmo período. Os trabalhos serão realizados em conjunto com a Comissão da
Verdade do estado de Pernambuco, a partir de depoimentos já tomados e da
análise de documentação. Além disso, o ex-deputado Gregório Bezerra, “comunista
histórico”, que esteve preso por 22 anos, foi homenageado durante o encontro.
De acordo com o jornal, a parceria entre as Comissões nacional e estadual irá
possibilitar uma investigação mais detalhada sobre o que ocorreu com Santa Cruz
e Collier, presos no Rio de Janeiro em 1974, pelo Destacamento de Operações de
Informações e Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-Codi). O padre Silva
Neto foi assassinado em 26 de março de 1969, em Recife, tendo no corpo marcas
de espancamento, queimaduras, cortes e perfurações de balas. O padre foi
ameaçado porque fornecia proteção a estudantes perseguidos pelo regime militar,
tornando-se visado pelo chamado Comando de Caça aos Comunistas (CCC), grupo
constituído por simpatizantes do regime. As investigações sobre esse caso ainda
não se iniciaram. Segundo o jornal, “Pernambuco é a quinta unidade da Federação
em que a Comissão Nacional da Verdade busca fatos que possam esclarecer crimes
praticados no regime militar”. (Correio Braziliense – 09/09/12; Correio
Braziliense – Política – 11/09/12)
Empresa planeja exportar blindado brasileiro
Segundo publicação do
jornal O Estado de S. Paulo, a
empresa Iveco Veículos de Defesa, coligada à Fiat, pretende comercializar
internacionalmente o novo blindado de produção brasileira e veículo padrão do
Exército: o Guarani. Este é, segundo o periódico, “uma Viatura Blindada de
Transporte Pessoal – Médio sobre Rodas, um VBTP-MR” e tem sido utilizado pelos
militares brasileiros que atuam na Missão de Estabilização das Nações Unidas no
Haiti (Minustah). A nova versão do produto conterá um navegador GPS, sensores
de detecção a laser e sistema ótico de visão noturna. Além desta, que tem como
finalidade a condução de grupos de combate, a empresa pretende desenvolver
outras nove versões do blindado, que poderão ter função de central de comando
ou até carregar um lança-morteiros de 81 milímetros . O
primeiro cliente externo do produto deverá ser a Argentina, que está
finalizando um pedido de 14 unidades. O diretor-geral da Iveco, Paolo Del Noce,
afirmou que países como Chile, Colômbia e Equador são outras boas
possibilidades de negócios, porque recentemente lançaram programas para a
substituição de suas frotas. O Centro de Estudos Estratégicos e de Defesa da
Universidade de Georgetown apontou que a demanda mundial por blindados será de
20 mil veículos até os anos de 2020 ou 2022. Del Noce destacou que as
possibilidades do produto brasileiro entrar nesta disputa são grandes, porque,
apesar de ser um produto anfíbio para aplicações fluviais, pode ser adaptado
para ambientes marinhos. De acordo com o jornal, o Exército brasileiro deve
receber 2.044 blindados Guarani até o ano de 2029, encomendados em um valor
total de R$ 6 bilhões. A Fiat-Iveco planeja inaugurar até o mês de dezembro de
2012 uma fábrica dedicada somente aos produtos de defesa e, segundo Del Noce, o
Guarani receberá 60% dos investimentos em componentes nacionais. (O Estado de
S. Paulo – Economia – 09/09/12)
Desfile cívico-militar marca comemoração do Dia da Independência
Conforme noticiado
pelo periódico Correio Braziliense,
no dia 07/09/12 comemorou-se na cidade de Brasília, no Distrito Federal, o Dia
da Independência do Brasil, com uma tradicional parada cívico-militar, ocorrida
na Esplanada dos Ministérios. Após o desfile em carro aberto, a presidenta da
República, Dilma Rousseff, autorizou o início da passeata militar, que contou
com a participação de 2,9 mil militares das três Forças Armadas. O ministro da
Defesa, Celso Amorim, também participou do evento, recebendo a presidenta ao
final de seu desfile e acompanhando-a até um palanque onde ambos, juntamente
com outras autoridades, assistiram à parada. O Exército contribuiu também com a
segurança da tribuna oficial, onde soldados da instituição trabalharam
juntamente com Policiais Militares e a Guarda Presidencial. Segundo o
periódico, a atração mais esperada do evento foi a Esquadrilha da Fumaça. Um
militar não identificado que assistia ao desfile afirmou em entrevista: “As
pessoas aplaudem e demonstram que têm orgulho das Forças Armadas do Brasil. Vi
famílias inteiras assistindo ao desfile e fiquei emocionado com o envolvimento
das pessoas”. Em coluna opinativa, também para o Correio, o jornalista Ari Cunha elogiou as novidades exibidas pelo
desfile militar, e apontou que isso mostra como o Brasil “adota situação
moderna, que vai dos cuidados com crianças e aposentados e treinamento das
Forças Armadas”. Sobre as inovações, Cunha destacou que desfilaram tropas de
todos os matizes, inclusive uma criada “ao tempo de D. Pedro II”. Para o
jornalista, “a festa do Sete de Setembro foi das mais bonitas conhecidas até
hoje”. (Correio Braziliense – 08/09/12)
quarta-feira, 12 de setembro de 2012
Filme retrata período do regime militar
De acordo com o periódico O Estado de S. Paulo, estreou no dia 07/09/12 o filme “Cara ou
Coroa”, do diretor Ugo Giorgetti. Segundo o jornal, a película retrata a
situação do Brasil durante o período do regime militar (1964-1985), mais
especificamente no ano de 1971, quando “o regime militar capitalizou a vitória
da seleção na Copa do Mundo (do México) para criar uma campanha nacionalista de
legitimação”. O enredo do filme se estrutura na história de um general da
época, cuja neta e seu namorado escondiam na casa do militar dois opositores ao
regime. O Estado afirmou que a
inspiração para o filme foi um fato verídico ocorrido a um colaborador de Ugo
Giorgetti, Mario Masetti, que escondeu na casa de seus pais dois “comunistas”
durante o período. (O Estado de S. Paulo – Caderno 2 – 06/09/2012)
Comissão de Anistia analisa novos processos
O jornal Correio
Braziliense divulgou em nota que a Comissão de Anistia do Ministério da
Justiça, aquela que analisa pedidos de indenização de pessoas que não puderam
exercer atividades econômicas entre 1946 e 1988 por motivação exclusivamente
política, deveria analisar 65 processos no dia 06/09/12. (Correio Braziliense –
05/09/12)
Exército deverá ajudar no transporte do milho pelo país
De acordo com os periódicos Correio Braziliense e O
Estado de S. Paulo, o Ministério da Agricultura reivindicou ajuda do
Exército para a distribuição de milho pelo Brasil. A escassez do produto no
mercado interno fez com que o preço se elevasse principalmente nas regiões
Nordeste e Sul do país, mais distantes da região centro-oeste, onde se
concentra a maior oferta. O desabastecimento crítico de milho – que é utilizado
como ração para aves, suínos e bovinos – causou, em consequência, um aumento do
preço da carne, que chegou, em alguns casos, a ser de 40%. O ministro da
Agricultura, Jorge Mendes Ribeiro, afirmou ainda que pediu à Companhia Nacional
de Abastecimento (Conab) que empenhasse todos os esforços para que o grão seja
distribuído, mesmo que fosse preciso recorrer ao Exército para auxiliar nisso.
A Conab tem tido dificuldades no transporte do produto desde o fim de julho,
quando motoristas de caminhões bloquearam rodovias em protesto à nova Lei dos
Caminhoneiros. O comando do Exército
afirmou que ainda não foi informado oficialmente sobre o pedido, mas que vai
cumpri-lo desde que seja reivindicado pelo Ministério da Defesa ou pela própria
presidenta da República Dilma Rousseff. De acordo com O Estado, o Ministério da Defesa pediu à Conab uma série de
informações sobre rotas e volumes e deveria se posicionar até o dia 06/09/12
sobre a frota disponível e quais rotas poderiam ser atendidas, para que o
convênio fosse formalizado. A Conab tem 400 mil toneladas de milho a serem
removidas, possivelmente com a ajuda do Exército. (Correio Braziliense –
Economia – 05/09/12; O Estado de S. Paulo – Economia – 05/09/12)
Análise sobre o Judiciário durante e após o regime militar
Conforme coluna opinativa no jornal Folha de S. Paulo, a desembargadora do Tribunal de Justiça do estado
de São Paulo, Kenarik Boujikian Felippe, e do juiz de direito em São Paulo e membro da
Associação Juízes para a Democracia, Roberto Luiz
Corcioli Filho, o período do regime militar (1964-1985) teve
significativa participação dos autores do “golpe de março de 1964” e também
contou com momentos em que o Judiciário “andou de mãos dadas” com o Poder
Executivo, permitindo a legitimação de violações, tanto de forma ativa como
omissiva. A Comissão Nacional da Verdade ratificou cooperação técnica com a
Associação Juízes para a Democracia, buscando recolher dados, documentos e informes
sobre as ações do Poder Judiciário para concretizar o direito à memória e à
verdade histórica. Na visão dos juristas, a magistratura foi atingida pelas
arbitrariedades cometidas pelo regime, como nos casos da aposentadoria
compulsória de alguns ministros do Supremo Tribunal Federal. Contudo, segundo
os colunistas, ocorreram também momentos de reafirmação dos direitos humanos
por parte do Judiciário, como a sentença do juiz federal Márcio José de Moraes,
no episódio do assassinato do jornalista Vladimir Herzog (1978). Por isso, faz-se
necessário identificar, segundo os colunistas, o que foi feito e o que não foi,
dentro do sistema do devido processo legal, sendo essencial revelar os marcos
normativos institucionais do Judiciário que ainda persistem. Eles citaram a Lei
Orgânica da Magistratura, do ano de 1979, herança do regime militar, ainda não
foi revogada e possui regramento inaceitável em instituições democráticas. Segundo
Felippe e Corcioli, aprofundando-se no papel do Judiciário, levando os fatos do
passado a público e de forma transparente, o país poderá progredir, permitindo
que o Judiciário se torne, efetivamente, “garantidor dos direitos humanos”,
para, assim, ultrapassar as “velhas práticas autoritárias” que ainda perduram
em instituições públicas, visto que, apenas desta forma, na opinião de ambos
colunistas, será possível alcançar os “objetivos prometidos pela Constituição,
de construção de uma sociedade livre, justa, solidária”. (Folha de S. Paulo –
Opinião – 04/09/12)
Comemorações da Semana da Pátria
Conforme noticiado pelo periódico Correio Braziliense, 300 pessoas
acompanharam a cerimônia mensal de troca da bandeira na Praça dos Três Poderes,
em Brasília, no Distrito Federal, dia 02/09/2012, que ainda contou com apresentação da banda
dos Fuzileiros Navais da Marinha, em virtude da abertura das comemorações da
Semana da Pátria. A presidenta Dilma Rousseff não compareceu ao evento. Na data
comemorativa da Independência, dia 07/09/12, houve nova apresentação da banda
dos Fuzileiros Navais e desfile oficial na Esplanada dos Ministérios. A preparação
da estrutura do evento foi para 20 mil pessoas. Estimou-se que cerca de 3.800
pessoas, entre militares e civis, desfilaram desde o Ministério da Justiça até
o Teatro Nacional. De acordo com a Presidência da República, o gasto com a
infraestrutura foi de R$ 800 mil. Em um total de 19 instituições, como Polícia
Militar, Corpo de Bombeiros e Colégio Militar de Brasília, enviaram
representantes ao evento. A Semana da Pátria seguiu até o dia 09/09/12.
(Correio Braziliense – 03/09/12; Correio Braziliense – Cidades – 04/09/12)
Presidenta busca responder às demandas das Forças Armadas
O jornal Correio
Braziliense noticiou que a presidenta da República, Dilma Rousseff, tem
buscado maior aproximação com as Forças Armadas (FA), ao aprovar o aumento
salarial e avançar em projetos importantes da categoria. No mês de agosto foi
aprovado o aumento salarial de 30% aos militares que não se uniram à onda de
greves iniciada pelos servidores federais. Também houve avanços em projetos
caros aos militares, como o desenvolvimento do submarino de propulsão nuclear e
a aquisição do satélite de monitoramento de fronteiras. Ao todo, a pasta da
Defesa poderá receber um aumento de 4% em relação a 2011, conforme o projeto de
lei orçamentária encaminhado pelo Executivo ao Congresso Nacional. Entre as
medidas há a publicação de portaria que autoriza as Forças a se planejarem para
segurança da Copa do Mundo de 2014 e dos Jogos Olímpicos de 2016, visando
garantir que a estrutura dos eventos permaneça menos suscetível a greves.
Também foi aprovada a criação da Itaguaí Construções Navais, um consórcio entre
a Marinha e duas companhias privadas visando à construção do submarino
brasileiro de propulsão nuclear. Outro projeto que teve avanço significativo
foi o do satélite de monitoramento de fronteiras que deve integrar o Sistema
Integrado de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron), sendo escolhido um
consórcio da Empresa Brasileira de Aviação para a etapa que definirá a empresa
responsável pela tecnologia de tais equipamentos. Segundo o Correio, o governo só não tomou decisões
favoráveis aos militares em questões pontuais, como a compra dos caças para as
Força Aérea e a Comissão da Verdade. Em relação a primeira questão, a
presidenta estaria aguardando as eleições presidenciais de novembro, nos
Estados Unidos, que pode alterar o jogo diplomático, para tomar uma decisão.
Com as medidas tomadas, o jornal defendeu que a presidenta já superou certas
tensões com o setor que haviam se iniciado em 2011, com a troca de ministros da
Defesa e com o período que antecedeu a instalação da Comissão da Verdade, a
exemplo da publicação do documento “Alerta à Nação”, no qual militares da reserva
expressaram descontentamento sobre as investigações e declarações em torno do
regime militar. Em coluna de opinião do jornal Folha de S. Paulo, no dia 07/09/12,
Eliane Cantanhêde analisou a boa relação entre a presidenta da República Dilma
Rousseff e as Forças Armadas. De acordo com apurações realizadas por Cantanhêde
e pela repórter Natuza Nery, as manifestações de apreço entre a presidenta e as
Forças têm ocorrido de maneira implícita, na forma de declarações realizadas em
reuniões, como o elogio à atuação do Exército durante a Rio+20, e também
objetivamente, na provação de planos e programas para os militares, tais como:
a liberação de financiamentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e
Social (BNDES) para a indústria bélica, os recursos para projetos novos e em
andamento, além do aumento de 30% em três anos nos salários dos militares. Este
aumento salarial, juntamente com tratamento diferenciado que a presidenta tem
dado aos militares, tem gerado descontentamento da Polícia Federal, que disputa
com o Exército a coordenação da segurança na Copa do Mundo de 2014 e nos Jogos
Olímpicos de 2016. (Correio Braziliense – 03/09/12; Folha de S. Paulo – Opinião – 07/09/12)
Tribunal Superior Eleitoral autoriza envio de tropas para segurança em eleições municipais
Conforme noticiado pelo periódico Correio Braziliense, o Tribunal Superior
Eleitoral (TSE) aprovou o envio de tropas do Exército para 50 cidades
brasileiras nos estados do Amazonas, Maranhão, Pará e Tocantins durante o
período das eleições municipais de outubro, como uma medida de reforço da
segurança. Tropas das três Forças podem estar presentes em até 90 cidades neste
período. De acordo com o jornal O Estado
de S. Paulo, o Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Norte
ratificara o pedido de tropas federais destinadas a garantia de segurança nas
46 zonas eleitorais do estado, em um total de 112 municípios, sob a alegação de
acirramento das disputas e escalada na violência nos locais de votação. Mesmo
com a declaração do governo estadual, o qual afirmava ter condições de cobrir a
segurança, todas as solicitações realizadas pelos juízes das zonas eleitorais
foram aceitas e enviadas ao TSE, que deu o parecer final. (Correio Braziliense
– 03/09/12; O Estado de S. Paulo – Nacional – 04/09/12)
Jornalista defende que ex-agentes do regime militar devem ser julgados
Em coluna opinativa para o periódico Correio
Braziliense, o jornalista Renato Ferraz apontou que a Justiça e o
Ministério Publico Federal do Pará entenderam que dois ex-agentes do regime
militar (1964-1985), acusados de crimes cometidos durante a Guerrilha do
Araguaia (1967-1974), deveriam ser transformados em réus. Dentre estes, o militar
da reserva e um dos principais militares atuantes na Guerrilha, Sebastião
Rodrigues de Moura, conhecido como Major Curió. Segundo Ferraz, “aos poucos, o
país vai perdendo a vergonha e o medo de remexer no passado sombrio, fenômeno
que ajuda a consolidar a democracia”. (Correio Braziliense – Opinião –
01/09/12)
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