O jornal Correio Braziliense teve acesso a documentos que compõe o acervo da
Aeronáutica sobre o assassinato, em 1973, da menina Ana Lídia Braga, que foi
sequestrada após sair da escola, sofreu tortura e violência sexual. Os arquivos
analisados pelo jornal mostram que os integrantes do regime militar que
apuraram o crime ignoraram as evidências de que Alfredo Buzaid Junior, filho do
então ministro da Justiça do governo de Emílio Garrastazu Médici (1969-1974),
estivesse envolvido no caso. De acordo com o Correio, os militares alegaram que a inclusão do nome de Buzaid
Junior no processo de investigação consistia em “manobra de grupos a serviço da
subversão”. O depoimento do servidor José Martin dado ao Serviço de Segurança
do Ministério da Aeronáutica serviu de álibi para Buzaid Júnior, já que Martin
afirmou ter acompanhado o filho do ministro nas suas atividades diárias. O
jornal afirmou que o Arquivo Nacional contém fragmentos da investigação paralela
realizada pelo próprio Ministério da Justiça e que os militares enviaram
diversos informes para seções da Divisão de Segurança e Informações (DSI) relatando
suas apurações do assassinato. Os principais suspeitos do caso foram absolvidos
por falta de provas e Buzaid Júnior é considerado morto desde 1975, vitimado em
um suposto acidente de carro. Até o momento não houve punições pelo
assassinato. (Correio Braziliense – Política – 11/07/12)
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