Segundo
o periódico O Estado de S. Paulo, o governo brasileiro caminha no sentido de
fazer do combate a espionagem sua bandeira diplomática nos meses seguintes.
Após a crise gerada pela revelação da amplitude da espionagem praticada pelos
Estados Unidos da América (EUA), a presidenta da República, Dilma Rousseff,
afirmou que levará a fóruns internacionais a ideia de uma forma de controle
sobre a espionagem entre Estados. Em julho de 2013, na reunião do Mercado Comum
do Sul (Mercosul), Rousseff manifestou tal intenção, recebendo apoio dos países
membros. Outra tentativa do país foi uma moção contra a espionagem, apresentada
no Conselho de Direitos Humanos
da Organização das Nações Unidas (ONU) e pretendia realizar uma condenação se
utilizando da ideia do direito a privacidade como um direito humano. O governo
brasileiro enxerga possibilidades maiores para a regulamentação da espionagem
após o caso dos EUA. Sendo que esse será o tema central do discurso de Rousseff
na Assembleia Geral da ONU no dia 24/09/13. (O Estado de S. Paulo – Política –
19/09/13)
quinta-feira, 26 de setembro de 2013
Presidente da Petrobras declara que segredos da empresa não foram ameaçados por espionagem
De
acordo com o periódico Correio Braziliense, a presidente da empresa Petróleo
Brasileiro S.A. (Petrobras), Graça Foster, afirmou, durante audiência pública
no Senado Federal, que é pequena a possibilidade de “invasões e capturas de
dados” da empresa através de ataques cibernéticos e que, mesmo no caso da
ocorrência de tais crimes, as informações isoladamente não teriam valor
comercial ou estratégico. Assegurou ainda que a ocorrência de “ataques
anormais” ao sistema da empresa não foi recorrente nos últimos meses. Informou
também, que a companhia investirá R$ 3,9 bilhões na área de segurança
cibernética em 2013. Até o ano de 2016 serão R$ 21,2 bilhões em investimentos.
Foster disse ainda que a estatal atua de maneira preventiva e que todos os
funcionários são treinados para serem “agentes da segurança empresarial”.
Ademais, segundo Foster, 36 empresas de origem estrangeira trabalham no
processo de segurança cibernética da Petrobras, sendo 14 delas estadunidenses,
assim como as três que atuam na área de criptografia. (Correio Braziliense –
19/09/13)
Acontece primeiro encontro de peritos responsáveis pela exumação dos restos mortais do ex-presidente da República João Goulart
Segundo
o jornal O Estado de S. Paulo, o primeiro encontro entre os peritos brasileiros
e estrangeiros que participarão da exumação dos restos mortais do ex-presidente
da República João Goulart resultou na decisão de que é preciso produzir um
relatório pericial antes da realização do procedimento. No dia 17/09/13, peritos
cubanos foram integrados aos especialistas responsáveis pela investigação sobre
a causa da morte de Goulart. No atestado de óbito, produzido na Argentina,
consta apenas “morto por enfermedad”. A intenção da exumação é descobrir se
Goulart foi envenenado por agentes da Operação Condor, durante o regime militar
(1964-1985). (O Estado de S. Paulo – Política – 18/09/13)
Debate da CNV sobre a atuação das igrejas no período do regime militar contou com depoimentos de ex-presos políticos
Segundo
o jornal Folha de S. Paulo, o ex-preso político e economista Marcos Arruda, que
ficou detido nas dependências do Destacamento de Operações de Informações –
Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-Codi) do 2º Exército, na cidade de
São Paulo, nos anos 1970, afirmou ter sido torturado por agentes do regime
militar (1964-1985) que utilizavam músicas para abafar os seus gritos. Além
disso, segundo O Estado de S. Paulo, Arruda contou que, ao ser preso, disse a
um capelão que sua sobrevivência dependia de que sua família tivesse noção de
sua situação, entretanto, o religioso se recusou a fornecer ajuda. Arruda depôs
em audiência pública promovida pela Comissão Nacional da Verdade e pela
Comissão da Verdade do Rio de Janeiro, cuja função era esclarecer a atuação das
igrejas durante o regime militar. Outra vítima ouvida foi a historiadora Jessie
Jane, a qual relatou que o falecido arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Eugênio
Sales, proibiu que os presos políticos tivessem assistência pastoral
carcerária, ao contrário dos presos comuns. O evento da Comissão, que teve como
tema o “Papel das igrejas durante a ditadura”, ainda chamou para depor
religiosos que protegeram perseguidos políticos. Dentre estes foram ouvidos o bispo
emérito da diocese de Volta Redonda, Dom Waldyr Calheiros, que auxiliou
perseguidos políticos dando abrigo e facilitando sua fuga para outros países,
assim como o professor e bispo emérito da Igreja Metodista do Rio de Janeiro,
Paulo Ayres Mattos, que auxiliou refugiados que vieram ao Brasil a fim de fugir
dos regimes autoritários do Chile, do Uruguai e da Argentina nos anos 1970.
Além disso, o grupo de trabalho que analisa a participação das igrejas no
regime militar não descarta chamar para depor religiosos que colaboraram com os
militares, visto que, segundo ex-preso político e cientista social Anivaldo
Padilha, idealizador desse grupo de trabalho, “todas as igrejas tiveram os dois
lados, o lado dos que ajudaram
a criar o clima que possibilitou o golpe e depois aderiram, legitimaram e
consolidaram a ditadura, e os que resistiram.” De acordo com Padilha, pouco se
sabe sobre os religiosos que colaboram com o regime militar, ao contrário dos
que ajudaram a resistência política. (Folha de S. Paulo – Poder – 18/09/13; O
Estado de S. Paulo – Política – 19/09/13)
Brasil não comprará aviões estadunidenses
De
acordo com o jornal Correio Braziliense, a situação de crise entre o Brasil e
os Estados Unidos da América, gerada pelas denúncias de espionagem da Agência
Nacional de Segurança (NSA, sigla em inglês) estadunidense sobre o governo
brasileiro, resultou na desistência de compra dos aviões de caça F-18 Super
Hornet pelo Projeto FX-2 de reequipamento da Força Aérea Brasileira (FAB).
Contudo, o Centro de Comunicação Social do Comando da Aeronáutica declarou que
a transação de compra continua em andamento, uma vez que sua avaliação técnica
não permitiu “preferencias pessoais”. Afirmou ainda, que a compra das aeronaves
A-29 Super Tucano, descrita como uma operação casada com a compra do F-18, não
faz parte do Projeto FX-2, por se tratar de uma negociação entre uma empresa
privada e um cliente internacional. (Correio Braziliense – 18/09/13; Correio
Braziliense – 19/09/13; Folha de S. Paulo – Mercado – 19/09/13)
Forças Armadas realizam a Operação Laçador na região sul
Segundo
o jornal O Estado de S. Paulo, iniciou-se, no dia 16/09/13, a 35ª edição da
Operação Laçador, que ocorre na região Sul do Brasil e envolve cerca de 8,5 mil
militares da Marinha, Exército e Aeronáutica. O exercício tem a duração de três
semanas e terminará no dia 27/09/13. De acordo com O Estado, o objetivo central
da operação é “a conservação da capacidade de defesa da região Sul do País”.
Para a integração dos recursos, cerca de 100 oficiais e especialistas atuam em
um Centro de Controle a partir da sede do Comando Militar do Sul, na cidade de
Porto Alegre, no estado do Rio Grande do Sul. Segundo o jornal, o treinamento,
que está sendo coordenado pelo Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, é
abrangente e conta com a atuação de paraquedistas e mergulhadores de elite. Há
também a realização de operações de Forças Antiterrorismo e bombardeios de
precisão com os aviões de caça AMX, F-5M, Mirage 2000 C/B e A-29 Super Tucano.
Além disso, blindados atuam junto aos lançadores de foguetes de saturação de
área do sistema Astros II. O Estado destacou ainda que a Marinha participa do
exercício com helicópteros UH-12 Esquilo, uma corveta da classe Imperial
Marinheiro e os navios-patrulha Benevente e Babilonga, com o apoio do naviorebocador
de alto mar Tritão. O Exército conta com brigadas blindadas e de infantaria,
helicópteros EC-725 Super Cougar, HA-1 Esquilo e HM-1 Pantera, além da
Artilharia Divisionária. A Aeronáutica participa com helicópteros H-60, Black
Hawk e H1-H. (O Estado de S. Paulo – Política – 17/09/13)
Autoridades obtém permissão para visitar o antigo prédio do DOI-Codi no Rio de Janeiro
De
acordo com o periódico Correio Braziliense, representantes da Comissão Nacional
da Verdade e da Comissão Estadual da Verdade do Rio de Janeiro, acompanhados
por senadores e deputados federais, tiveram acesso autorizado ao prédio onde
funcionou o Destacamento de Operações de Informações – Centro de Operações de
Defesa Interna (DOI-Codi) do 1º Exército
durante o regime militar (1964-1985), atual I Batalhão da Polícia do Exército,
localizado no bairro da Tijuca, na cidade do Rio de Janeiro. Segundo o jornal,
após uma reunião entre senadores, o comandante do Exército, general-de-exército
Enzo Peri, e o ministro da Defesa, Celso Amorim, a visita foi viabilizada
inicialmente para o dia 20/09/13. De acordo com o Correio, esse “foi um dos
principais centros de torturas e assassinatos de presos políticos” durante o
regime militar, por isso haveria uma campanha em curso para que o prédio seja
tombado e transformado em um centro de memória. Entretanto, conforme os jornais
Correio Braziliense e O Estado de S. Paulo, a visita acabou por ser adiada,
porque o Comando do Exército vetou a presença da deputada federal e presidente
da Subcomissão da Verdade, Memória e Justiça da Câmara dos Deputados, Luiza
Erundina, e do deputado federal, Ivan Valente. Devido a essa atitude por parte
da Força, o presidente da Comissão Nacional de Direitos Humanos da Ordem dos
Advogados do Brasil e da Comissão da Verdade do Rio de Janeiro, Wadih Damous,
afirmou que “infelizmente os ventos da democracia não sopraram no Exército
brasileiro”. Ainda segundo o Estado, o senador federal e presidente da
Subcomissão da Verdade, Memória e Justiça do Senado Federal, João Capiberibe, e
o senador federal, Randolfe Rodrigues, chegaram a anunciar que recusariam o
convite do Exército para a visita, em resposta ao veto da instituição à
Erundina. A deputada federal é a autora de um projeto de lei que pretende
revogar a Lei da Anistia, de 1979. Além disso, no mês de agosto, membros da
Comissão Estadual da Verdade do Rio de Janeiro tentaram visitar o mesmo
estabelecimento militar, mas foram impedidos pelo Exército, causando algumas
tensões. Após esses acontecimentos, o ministro da Defesa se reuniu novamente,
no dia 18/09/13, com os senadores federais, Capiberibe, Rodrigues e Ana Rita,
que acertaram a visita para o dia 23/09/13, sem vetos aos nomes indicados para
compor a comitiva. (Correio Braziliense – 17/09/13; Correio Braziliense –
18/09/13; O Estado de S. Paulo – Política – 18/09/13; O Estado de S. Paulo –
Política – 19/09/13)
Militar prepara manifesto contra decisão do Supremo Tribunal Federal
Segundo
o jornal Folha de S. Paulo, o sargento do Exército Aimoré Cavalheiro foi preso
no dia 15/09/13 por promover ideias subversivas nos meios militares. De acordo
com o jornal, Cavalheiro foi eleito deputado estadual no Rio Grande do Sul,
porém, não pôde assumir, devido à decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de
que cabos, sargentos e suboficiais são inelegíveis para o Poder Legislativo. O
militar teria preparado um manifesto contra a decisão do STF e, segundo o
Exército, viajou a São Paulo para divulgá-lo. A Folha afirmou que os militares
estariam temendo uma revolta na capital paulista. (Folha de S. Paulo –
Cotidiano – 16/09/13)
Procuradoria Geral da República pretende invalidar artigo do Código Penal Militar
De
acordo com o periódico Correio Braziliense, a Procuradoria Geral da República
(PGR) pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) que declare o artigo 235 do
Código Penal Militar inconstitucional. Esse artigo define o crime de
"pederastia e outro ato de libidinagem", sendo que, pela atual
legislação, a prática de sexo consensual, seja homossexual ou não, em locais de
administração militar pode ser punida com até um ano de detenção. Segundo a
procuradora-geral da República, Helenita Caiado de Acioli, tal norma é
incompatível com direitos fundamentais que constam na Constituição Federal brasileira.
Acioli é a autora da Ação de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF)
enviada ao STF contra parte da lei militar em vigor. O Correio ressaltou ainda
que Acioli afirmou em sua ação que os homossexuais são o alvo do crime previsto
na lei, que foi editada em 1969, durante o regime militar (1964-1985). Segundo
um levantamento do Supremo Tribunal Militar (STM), atualmente chega à primeira
instância da Justiça Militar aproximadamente um caso de pederastia por mês. De
acordo com o juiz federal e integrante da Clínica de Direitos Humanos do Centro
Universitário Ritter dos Reis, Roger Raupp Rios, “a discriminação não se dá
apenas na letra da lei, nas palavras que são usadas, mas também na aplicação
dela”. De acordo com o jornal, o STM informou ser favorável às mudanças do
texto do Código Penal Militar, confirmando a necessidade da retirada do termo
“pederastia” e da expressão “homossexuais ou não”, mas, diferentemente da PGR,
considera que a prática sexual dentro de instituições sob comando militar deve
continuar sendo considerada crime. O Correio afirmou que as mudanças já foram
solicitadas ao Congresso pelo STM, porém, a matéria, que está pronta para
entrar em votação, está parada na Câmara dos Deputados desde abril de 2012.
Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, Acioli declarou que “impedir o ato
sexual voluntário afronta a dignidade da pessoa humana” e através dessa interferência
na vida sexual se revelaria “uma política capaz de restringir o acesso às
Forças Armadas”. De acordo com O Estado, Acioli considerou que, em todos os
lugares de administração militar, existem momentos nos quais não há exercício
de funções por parte dos militares e, portanto, não haveria razão para que a
“expressão social da libido” fosse impedida, pois esta “constitui alocação de
energia essencial à aquisição de felicidade.” Segundo a procuradora, no
entanto, poderiam ser punidos casos de assédio sexual, “ato que tenta impor a
sexualidade de um sobre o de outro, sem seu consentimento”. (Correio
Braziliense – 16/09/13; O Estado de S. Paulo – Metrópole – 17/0913)
Governo e Forças compartilharão o satélite do Programa Nacional de Banda Larga para assegurar comunicações
De
acordo com o periódico Folha de S. Paulo, o Ministério das Comunicações foi
autorizado a colocar em funcionamento um satélite geoestacionário que será
responsável por toda comunicação das Forças Armadas. A autorização foi
concedida logo após as denúncias de espionagem à presidenta da República, Dilma
Rousseff, e à empresa Petróleo Brasileiro S.A. (Petrobras) virem a público. A
outorga, que garante o posicionamento do satélite, foi dada pela Agência
Nacional de Telecomunicações (Anatel) e o equipamento possibilitará que os
dados e chamadas do Exército, Marinha e Aeronáutica trafeguem por uma rede
segura na tentativa de impossibilitar que os órgãos de segurança estadunidenses
tenham acesso ilegal a informação estratégica. Assim, o satélite, que já estava
previsto no Programa Nacional de Banda Larga, com o objetivo de levar internet de
alta velocidade a regiões de difícil acesso, será compartilhado com as
comunicações do governo e das Forças Armadas. Segundo o ministro das
Comunicações, Paulo Bernardo, uma vez que os dados da Defesa serão
criptografados, não haverá troca de informações entre as áreas, que são
independentes. O relator do tema na Anatel, Rodrigo Zerbone, alegou que, apesar
do projeto ser anterior às denúncias de espionagem, ele demonstra a preocupação
em “ter sob controle do Exército e do governo brasileiro a infraestrutura da
comunicação”. Segundo a Folha, a outorga só se concluirá quando a
Telecomunicações Brasileiras S.A. (Telebrás) -que arcará com R$ 3 milhões no
projeto- e o Ministério da Defesa -responsável por R$ 300 mil- entregarem uma
série de documentos; então sim, o satélite da marca francesa Thales Alenia será
lançado pelo consórcio europeu Arianespace. Ainda, segundo a Folha de S. Paulo,
o ministro Bernardo informou que, no momento, não haverá continuação da
discussão referente à construção de uma rede que permitiria a comunicação entre
as Forças Armadas na rede 4G, utilizando a faixa de 700 MHz, com a empresa
estadunidense Motorola. A empresa já investiu R$ 2 milhões para desenvolver
essa rede no Brasil, a mesma a ser licitada em 2014 no país para implantação de
banda larga de alta velocidade e que possibilitaria às Forças Armadas, por
exemplo, transmitir fotos em tempo real das áreas em monitoramento. Folha de S.
Paulo – Mundo – 15/09/13; Folha de S. Paulo – Mercado – 19/09/13)
Ex-presidente da União Nacional dos Estudantes recebe anistia post mortem
De
acordo com o jornal Correio Braziliense, o ex-presidente da União Nacional dos
Estudantes (UNE), Honestino Guimarães foi anistiado post mortem pela Comissão
de Anistia do Ministério da Justiça. O presidente da Comissão e secretário
nacional de Justiça, Paulo Abrão, avaliou que o gesto foi um dos mais
importantes da história da Comissão, pois trata-se de um pedido de desculpas
públicas à família de Guimarães “pela perseguição que ele sofreu em vida e
posteriormente pela responsabilidade do Estado no seu desaparecimento” e a
todos os estudantes perseguidos pelo regime militar (1964-1985). Cristiano
Paixão, um dos coordenadores da Comissão Anísio Teixeira de Memória e Verdade
da Universidade de Brasília (UnB), esclareceu que o ato manifesta uma mudança
na interpretação do conceito de perdão político por não se tratar de reparação
econômica. O sobrinho de Guimarães, Mateus Guimarães, ressaltou que a questão
não tem apenas importância histórica, mas mantém um caráter atual tendo em
vista a “lógica da opressão e repressão” mantida pela polícia nas recentes
manifestações. Segundo o jornal, o reconhecimento público da responsabilidade
do Estado na perseguição de Guimarães, além de não ter tido efeito
indenizatório, não esclareceu as circunstâncias de seu desaparecimento. O
estudante, que viveu cinco anos na clandestinidade entre as cidades de
Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro, desapareceu no dia 10/10/73. Há apenas
indícios de que ele tenha sido levado à Brasília e entregue ao Pelotão de
Investigações Criminais do Exército. O ex-coordenador da Comissão Nacional da
Verdade, Cláudio Fonteles, comentou que as investigações do caso são
excepcionalmente difíceis, pois não foi encontrado nenhum documento relevante
sobre a prisão do estudante no banco de dados do Arquivo Nacional. A cerimônia
de concessão de anistia post mortem se realizou na UnB, no dia 20/09/13. Na
ocasião, também foram homenageados professores, estudantes e funcionários da
universidade perseguidos pelos militares. O Correio ainda esclareceu que a Lei
da Anistia (1979) “permite o perdão para torturados e torturadores, ou seja,
legitima a impunidade dos que agiram em nome do Estado”. Além disso, a Lei n°
9.140, de 4 de dezembro de 1995, “reconhece como mortas pessoas desaparecidas
em razão de participação ou de acusação de envolvimento em atividades políticas
entre 2 de setembro de 1961 e 5 de outubro de 1988”. (Correio Braziliense –
14/09/13)
Brasil e Argentina negociam sistema conjunto de defesa cibernética e jornal critica atuação do governo brasileiro
De
acordo com o jornal Correio Braziliense, a criação de um sistema conjunto de
defesa cibernética está sendo negociada entre Brasil e Argentina. No dia
13/09/13, o ministro da Defesa, Celso Amorim, debateu o assunto com a
presidente da Argentina, Cristina Kirchner, e os ministros argentinos da
Defesa, Agustín Rossi, e das Relações Exteriores, Hector Timerman. O jornal ,
porém, classificou como “ridículo” o orçamento de R$ 90 milhões para o Centro
de Defesa da Cibernética. Segundo o periódico O Estado de S. Paulo, Amorim
teria almejado nas negociações com a Argentina “estabelecer alguma forma de
‘cooperação’”, que foi classificada como um termo vago que acabaria por
abranger significados que não deveriam corresponder aos interesses do Brasil.
De acordo com O Estado, Amorim considerou “ser necessário sujeitar as
diretrizes brasileiras na guerra cibernética aos objetivos dos parceiros na
América do Sul” e mencionou uma “doutrina” sul-americana de defesa cibernética
por meio da criação de uma instância supranacional, o que, segundo o jornal,
feriria a soberania nacional no que se refere à “determinação de suas políticas
de segurança”. O Estado destacou também que a presidenta da República, Dilma
Rousseff, pediu a aprovação do chamado Marco Civil da Internet em caráter de
urgência com o intuito de combater as supostas ameaças apresentadas pelos
serviços de espionagem estadunidenses, apesar do projeto ter como objetivo
apenas a garantia do “livre trânsito de informação e
a neutralidade da rede”. Amorim, por sua vez, expos a preocupação de Rousseff
com a proteção da reserva do pré-sal, devido a suspeita de que o governo
estadunidense estaria espionando a empresa Petróleo Brasileiro S.A.
(Petrobras), recomendando que questões de defesa e projetos estratégicos
tivessem “interesse redobrado”. Segundo Amorim, a solução eficaz seria o
desenvolvimento de um software nacional de defesa cibernética. Mesmo assim, um
estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), publicado em junho
de 2013, apontou que a capacidade das empresas brasileiras para desenvolver
esse tipo de software ainda é limitada, sendo, por isso, necessário intenso
investimento na área. Ainda de acordo com o estudo do Ipea, o Brasil possui
atualmente uma das infraestruturas de rede “mais vulneráveis e desprotegidas do
mundo”, além do país não possuir um documento que “estabeleça as diretrizes
próprias de uma estratégia nacional para a defesa cibernética”. (Correio
Braziliense – 14/09/13; O Estado de S. Paulo – Notas & Informações –
17/09/13)
quinta-feira, 19 de setembro de 2013
Forças Armadas testam novos helicópteros
Segundo o periódico O Estado de S.
Paulo, o novo modelo de helicóptero das Forças Armadas do Brasil, o EC725,
passou na prova realizada para testar sua capacidade de despistamento sob
ataque com mísseis e outras armas guiadas por calor e radar. Os testes foram
realizados em agosto, na área militar da restinga de Marambaia, no Rio de
Janeiro, onde foram realizados seis voos. O EC725 dispara cargas de fósforo em
determinada arquitetura e forma, o que gera um conjunto de iscas térmicas, as
quais atraem os sistemas de direcionamento. O equipamento de disparo foi
desenvolvido pelo Centro de Engenharia da Helibras, que também fabricou o
helicóptero. Esse é o principal sistema de autoproteção do EC725, que possui
capacidade de identificar e reagir a ameaças, além de poder enganar mísseis
guiados por calor ou emissão de ondas de radar. Tal ação faz parte do Projeto
H-XBr, que objetiva equipar o Exército, a Marinha e a Aeronáutica com 50 novos
helicópteros, com participação nacional em sua fabricação superior a 50%. Toda
a verificação foi executada sob o comando de uma equipe brasileira, formada
pelo engenheiro Dreyfus da Silva e pelo piloto de prova, Patrik Correa. De
acordo com O Estado, o programa de
fabricação do helicóptero teve início em 2008, com a assinatura de um acordo de
cerca de 1,9
bilhão de euros com a França, o qual inclui 50 helicópteros EC725 e 22 projetos de
cooperação industrial, além de sete offsets que visam atender a transferência
de tecnologia e conhecimento técnico. Foram também investidos R$ 420 bilhões
diretamente na Helibras/Eurocopter, visando a melhora das instalações
industriais, treinamento e outras questões relacionadas à fabricação. O jornal
ainda informou que a Helibras também desenvolve o projeto de modernização de 34
helicópteros do tipo Pantera, do Exército. São unidades K2, as quais necessitam
275 mil horas de trabalho para sua renovação, com a finalidade de instalar
motores de maior potência e novos instrumentos de comunicação e navegação. O
término do projeto está previsto para 202, no valor de R$ 375 milhões. (O
Estado de S. Paulo – Economia – 12/09/13)
Presidenta cobra esclarecimentos sobre a espionagem dos Estados Unidos e Comissão Parlamentar de Inquérito define linhas de ação
De acordo com os jornais Correio Braziliense, Folha de S. Paulo e O Estado de S. Paulo, a presidenta da República Dilma Rousseff
afirmou em nota que as novas evidências de espionagem estadunidense sobre a
empresa Petróleo Brasileiro S. A. (Petrobras) revelam que o motivo dessas
violações não é segurança ou combate ao terrorismo, conforme alegado pelas
autoridades estadunidenses, mas econômico e estratégico. Segundo a nota, essas
“tentativas de violação e espionagem de dados e informações são incompatíveis
com a convivência democrática entre países amigos, sendo manifestadamente
ilegítimas” e o governo está empenhado em obter esclarecimentos sobre as
denúncias, bem como em “exigir medidas concretas que afastem em definitivo a
possibilidade de espionagem ofensiva aos direitos humanos, à nossa soberania e
aos nossos interesses econômicos”. O ministro das Relações Exteriores, Luiz
Alberto Figueiredo, se encontrou em Washington com a conselheira de Segurança
Nacional dos Estados Unidos da América (EUA), Susan Rice, no dia 11/09/13 para
cobrar explicações sobre os episódios. Em comunicado após o encontro, o governo
estadunidense declarou que a presidência considera legítimas as acusações do
Brasil em relação ao país e prometeu trabalhar com o governo brasileiro para
resolver as tensões geradas pela situação e revisar seu sistema de espionagem.
Apesar da declaração, Figueiredo julgou como insatisfatória a reunião, tendo
permanecido em Washington para encontros com outras autoridades estadunidenses.
Segundo a Folha, Rousseff espera uma
resposta satisfatória até sua viagem à cidade de Nova Iorque, em 23/09/13, para
a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas, o que influenciará
diretamente a decisão sobre manter ou não a visita de Estado aos EUA marcada
para o dia 23/10/13. Segundo o Correio,
técnicos da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) teriam advertido que a
Petrobras, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e outras
empresas estratégicas relacionadas ao programa espacial brasileiro e à
construção do submarino nuclear seriam alvos permanentes de espionagem
internacional. A Petrobras afirmou que possui sistemas de proteção para sua
rede interna de computadores, que são qualificados e atualizados, mas confirmou
que pode haver “algum tipo de acesso a dados”. De acordo com o Correio do dia 11/09/13, a Comissão
Parlamentar de Inquérito (CPI) da Espionagem e a Comissão de Assuntos
Econômicos (CAE) do Senado Federal decidiram, em assembleia no dia 10/09/13,
convidar autoridades brasileiras para participar de audiências públicas para discutir
o assunto. Devem ser convidados por ambas as comissões a presidente da
Petrobras, Graça Foster, a presidente da Agência Nacional do Petróleo (ANP),
Magda Chambriand, o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional da
Presidência da República, general-de-exército José Elito Carvalho Siqueira, e
os ministros da Defesa, Celso Amorim, e das Relações Exteriores, Luiz Alberto
Figueiredo. Já a CPI da Espionagem deve ouvir os ministros da Justiça, José
Eduardo Cardozo, e das Comunicações, Paulo Bernardo, bem como o jornalista e
ativista estadunidense Glenn Greenwald, que foi autor das primeiras reportagens
sobre a espionagem por parte do governo dos EUA. No dia 11/09/13, a Comissão de
Relações Exteriores da Câmara dos Deputados aprovou o pedido de envio de uma
missão oficial à Rússia, solicitada pelo líder do Partido Socialismo e
Liberdade (PSOL), Ivan Valente. O objetivo da viagem é ouvir o ex-técnico de
Inteligência dos EUA, Edward Snowden, visando obter mais informações sobre o
esquema de espionagem estadunidense. De acordo com o Correio, na assembleia foram apresentadas pelo relator da CPI da
Espionagem, senador federal Ricardo Ferraço, as linhas gerais a serem seguidas,
através de um esboço do plano de trabalho do colegiado. Os
senadores buscam compreender a dimensão da ação de agentes de inteligência
estrangeiros em território brasileiro, bem como a capacidade do Brasil de se
proteger de ataques cibernéticos e suas vulnerabilidades, que permitiram que o
serviço secreto estadunidense atuasse. Segundo a Folha, Rousseff pediu urgência para que o Congresso Nacional vote a
proposta do Marco Civil da internet, tendo em vista fixar regras para as
atividades virtuais, como a proteção de dados pessoais. O governo espera que o
Marco Civil seja uma resposta às ações de espionagem praticadas pelos EUA em
relação à Petrobras e à presidenta. Uma das medidas esperadas pelo governo em
relação ao Marco Civil é que o armazenamento e processamento de dados virtuais
permaneçam no país. (Correio Braziliense – 10/09/13; Correio Braziliense –
11/09/13; Folha de S. Paulo – Mundo – 10/09/13; Folha de S. Paulo – Mundo –
12/09/13; O Estado de S. Paulo – Política – 10/09/13; O Estado de S. Paulo –
Política – 12/09/13)
Alojamento militar hospeda médicos cubanos do programa de saúde do governo federal
De acordo com o jornal O Estado de
S. Paulo, os alojamentos do 10° Esquadrão de Cavalaria Mecanizada e do 14.º
Batalhão Logístico, ambos em Recife, estado de Pernambuco, hospedam médicos
cubanos que participam de cursos de capacitação do Programa Mais Médicos, do
governo federal. Militares que fazem guarda no Esquadrão afirmaram que os
médicos não costumam sair nos dias de folga e que só podem ser contatados pela
imprensa com autorização do Comando Militar do Nordeste, por meio de ofício. (O Estado de S. Paulo – Metrópole – 09/09/13)
Número de Comissões da Verdade aumenta, porém investigações seguem sem avanços
De acordo com o jornal Folha de S. Paulo,
quase cem Comissões da Verdade foram criadas no Brasil nos âmbitos local e
estadual, incluindo assembleias, câmaras municipais e entidades civis, com a
finalidade de apurar denúncias de violações dos direitos humanos ocorridas no
período do regime militar (1964-1985). No entanto, os baixos orçamentos, a
falta de dedicação exclusiva de seus membros e as limitações do trabalho
impedem que tais comissões alcancem seus objetivos. Em muitos casos, o objetivo
dos grupos é ganhar a atenção pública e, segundo o vereador Gilberto Natalini,
presidente da comissão municipal de São Paulo, “existe também o debate
educativo sobre a ditadura, especialmente para as novas gerações”. Para o
coordenador do projeto Direito à Memória e à Verdade da Secretaria de Direitos Humanos
da Presidência da República, Gilney Viana, há um déficit de informações sobre o
regime militar e as comissões muitas vezes apenas debatem o tema. O historiador
e professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Carlos Fico, criticou a
falta de fatos novos e elogiou o surgimento de comitês locais com foco
delimitado. Enquanto Wadih Damous, presidente da comissão estadual do Rio de
Janeiro, afirmou ser importante sistematizar aquilo que já se sabe. O jornal
destacou o esvaziamento dos comitês da Assembleia Legislativa e da Câmara
Municipal em funcionamento na cidade de São Paulo. De acordo com o periódico, é
raro ter a presença de autoridades que não integram os comitês em audiências, e
seus respectivos presidentes trabalham cada vez mais sozinhos. O novo
coordenador da Comissão Nacional da Verdade, José Carlos Dias, reafirmou a
importância dos comitês para a elaboração do relatório final e prometeu firmar
parcerias para fortalecer comitês municipais e estaduais, tomando depoimentos
conjuntos, uma vez que as convocações para depoimentos em grupos locais não tem
caráter obrigatório. (Folha de S. Paulo – Poder – 09/09/13)
Ex-ministro comenta reforma do Judiciário e defende a competência do Superior Tribunal Militar
Em coluna opinativa para o jornal Folha
de S. Paulo, o ex-ministro e ex-presidente do Supremo Tribunal Federal
(STF) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Carlos Mário da Silva Velloso,
defendeu que “o julgamento do recurso especial, interposto de decisão de
tribunal estadual, na matéria penal militar, deveria ser da competência do STM
[Superior Tribunal Militar]”. Velloso afirmou que militares das Forças Armadas
e componentes das forças auxiliares de segurança estão sujeitos a normas
diferentes daquelas do pessoal civil. Isso se justifica pelo fato de terem por
base a disciplina e a hierarquia, portarem armas e serem treinados para a
guerra, o que faz com que uma transgressão disciplinar tenha grande relevância.
Velloso elogiou a atuação da Justiça Militar desde sua integração ao Judiciário
(1934) e citou alguns de seus defensores. Quanto à redução do número de
ministros do STM, Velloso afirmou que é necessário pensar na ampliação de sua
competência recursal. Ao comentar o Projeto de Emenda Constitucional (PEC)
358/2005, Velloso afirmou que “infrações disciplinares em sede de mandado de
segurança, habeas corpus e ações ordinárias devem passar para a jurisdição
militar”, pois esta vem prestando bons serviços ao país. (Folha de S. Paulo –
Opinião – 09/09/13)
Sistemas criados pela Agência Brasileira de Inteligência auxiliam na proteção cibernética
Segundo o periódico O Estado de S. Paulo,
a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) apresentou ao Palácio do Planalto,
no dia 14/08/13, o Cripto GOV e o cGOV, programas para a proteção de dados que
estarão prontos nos próximos dias. O sistema, semelhante a um pen drive,
chamado Plataforma Criptográfica Portátil (PCP), quando conectado cria áreas
seguras no computador onde os documentos criados são automaticamente
criptografados. O cGOV permite a transmissão desses documentos via internet. A Abin
acredita que isto permitirá aos servidores com acesso a informações sigilosas
que utilizem mais o recurso da criptografia contra ações de espionagem. Outra
forma de proteção criada pela Abin são telefones com transmissão criptografada,
porém a maioria dos servidores que o possuem relatam dificuldades em utilizá-los
e por isso quase nunca o fazem, com a exceção do ministro da Defesa, Celso
Amorim. Por conta da espionagem dos Estados Unidos da América (EUA) às
comunicações da presidenta da República, Dilma Rousseff, os produtos da Abin
começarão a ser distribuídos nos próximos dias. Segundo o jornal, com a
estrutura que Brasil possui atualmente, a criptografia, considerada de primeira
linha, é a melhor ferramenta para proteger dados sigilosos, permitindo aos
ministros e servidores a oportunidade de retomar o uso de seus eletrônicos. No
contexto de crescente necessidade de proteção cibernética no Brasil, no ano de
2013 foram destinados R$ 90 milhões para gastos com defesa cibernética, sendo
que desses, somente R$ 61 milhões receberam autorização para serem gastos e R$
54 milhões foram efetivamente aplicados. De acordo com o jornal, tais valores são
considerados irrisórios se comparados aos US$ 52,6 bilhões disponibilizados
pelo governo estadunidense a suas agências. No Brasil, o Ministério da Defesa viu
seu orçamento total reduzido de R$ 18,7 bilhões para R$ 14,2 bilhões, dos quais
somente 0,4% será encaminhado para a defesa cibernética. O jornal avaliou que
os EUA possuem 16 agências de espionagem que contam com 107 mil funcionários,
de maneira que o Brasil não poderá competir somente com criptografias, uma vez
que as revelações de Edward Snowden mostraram que mesmo algumas mensagens
criptografadas podem ser lidas pela espionagem estadunidense. (O Estado de S.
Paulo – Política – 08/09/13; O Estado de S. Paulo – Economia – 08/09/13)
Cortes no orçamento prejudicam projetos estratégicos das Forças Armadas
De acordo com o periódico O Estado
de S. Paulo, os sete projetos estratégicos do Exército brasileiro
demandarão nos próximos 16 anos investimentos de R$ 58,2 bilhões, porém o
governo liberou apenas 50% do previsto para 2013 e reteve todas as dotações
incluídas em emendas parlamentares. Os cortes aconteceram em dois momentos: o
primeiro em maio, com a redução de R$ 3,67 bilhões da verba destinada ao
Ministério da Defesa; e o segundo em julho, de R$ 919,4 milhões. O ministro da
Defesa, Celso Amorim, alertou a presidenta da República, Dilma Rousseff, de uma
possível paralisação dos principais programas das três Forças. Uma das soluções
foi a inclusão de alguns projetos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC),
tal como o desenvolvimento do avião cargueiro KC-390 e de todas as fases de
produção de quatro submarinos avançados de propulsão diesel-elétrica e um
nuclear. De acordo com o jornal, uma fonte do Exército negou a informação do
Ministério do Planejamento e Gestão de que o blindado Guarani e o sistema Astros
2020 estavam fora do contingenciamento, uma vez que não foram incluídos no PAC.
O maior projeto do Exército, o Sistema de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron),
pretende criar uma muralha eletrônica nas fronteiras brasileiras com estações
digitais, radares terrestres e unidades de recursos avançados. O projeto piloto
estará pronto em 2015 e cobrirá 650 quilômetros, no estado do Mato Grosso do
Sul, dos 17 mil pretendidos. O presidente da divisão de Defesa e Segurança da
Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer), contratada para executar o plano, Luiz
Aguiar, informou que esta etapa custará R$ 839 milhões, representando “apenas
6,99% do total do plano”. Segundo o presidente da empresa Savis, Marcus
Tollendal, o Sisfron deverá se expandir e atingir a Amazônia e o cone Sul em
dez anos, porém na audiência da Comissão de Relações Exteriores e Defesa
Nacional do Senado, no dia 22/08/13, o general Antonino Guerra Neto, do Centro
de Guerra Eletrônica, alertou que, com os recursos previstos para 2014, o
projeto só ficará pronto em 2074. O
Estado avaliou que ocorreu um avanço no programa de sistemas de defesa
antiaérea, por exigência da equipe mundial da organização da Copa do Mundo de
2014 e das Olimpíadas de 2016. Amorim autorizou o início das negociações para a
compra de três baterias Pantsir S1e duas Igla-S.9K38, que podem chegar a um
gasto de 800 milhões de euros. A negociação é conduzida pelo chefe do
Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, general José Carlos De Nardi, e
combinará mísseis terra-ar com alcance de 20 e 15 quilômetros de altitude e
dois canhões duplos de 30mm. Segundo O
Estado, os projetos estratégicos ainda precisam ser aperfeiçoados com treinamento
dos oficiais para lidarem com problemas mais complexos e o Exército terá que
desenvolver novos contratos com arquiteturas financeiras e de gestão mais
elaborados para compensar a falta de tecnologia inicial. Na avaliação do
professor e administrador Afonso Farias Jr., em coluna opinativa para o Correio Braziliense, é dever do Estado
brasileiro manter as forças de vigilância, proteção e inteligência nacionais
operantes para que policiem as fronteiras e resguardem as riquezas naturais do
país. O professor reforçou a importância de manter, revitalizar e adquirir
instalações e equipamentos continuadamente e criticou os recentes ajustes orçamentários
na defesa nacional. Segundo ele, o monitoramento do espaço aéreo do país será uma
das principais áreas afetadas pela redução no orçamento, pois perderá os caças
Mirage F-2000, que terão sua vida útil encerrada em dezembro de 2013. Farias
Jr. apontou o uso de caças F-5 na Base Aérea de Anápolis como medida paliativa
e ressaltou que diminuir a eficácia da vigilância aérea pode aumentar o
comércio ilícito nas fronteiras. (Correio Braziliense – 09/09/13; O Estado de
S. Paulo – Política – 08/09/13)
Negociadora da Boeing avalia possível parceria com o Brasil
Em entrevista ao Correio Braziliense,
a ex-embaixadora estadunidense Donna Hrinak, que assumiu há um ano e meio o
comando das negociações entre a empresa estadunidense Boeing e o governo
brasileiro, informou que não pretende apenas fornecer 36 caças F-18 Super
Hornet à Força Aérea Brasileira (FAB), mas também tem a intenção de redimensionar
a relação entre a empresa e o país, buscando uma parceria para desenvolver
produtos e tecnologias. A Boeing é uma das três empresas finalistas na
licitação do Programa FX-2 de reaparelhamento da FAB. Hrinak afirmou que a
Boeing gostaria de aprimorar a parceria com a Empresa Brasileira de Aeronáutica
(Embraer) nas questões relacionadas à segurança de voo e defesa do espaço
aéreo, com destaque para a pesquisa que será financiada pela Boeing para
desenvolver uma indústria de biocombustível para aviões. Segundo Hrinak, os
Estados Unidos estão dando ao Brasil as condições que proporcionam a seus
melhores aliados com relação à transferência de tecnologia. A venda foi
aprovada pelas duas casas do Congresso estadunidense, apesar do veto à
transferência dos códigos de segurança de voo. Sobre a expectativa do anúncio
do vencedor da licitação, a ex-embaixadora afirmou que confia na decisão da
presidenta da Republica, Dilma Rousseff, mas que é preciso iniciar o processo
de montagem dos caças, que pode levar anos. O Correio informou que a FAB pretende aposentar os caças Mirage-2000
em dezembro de 2013, pressionando a conclusão das negociações do projeto FX-2. (Correio
Brasiliense – 08/09/13)
Desfile de 7 de setembro ocorreu com público reduzido
De acordo com os
periódicos Correio Braziliense e O Estado de S. Paulo, o tradicional
desfile em comemoração ao dia da Independência, 7 de setembro, em Brasília,
capital federal, aconteceu de forma tranquila, apesar das manifestações
recorrentes desde junho de 2013. No entanto, apenas cinco mil pessoas
assistiram aos desfiles, um número consideravelmente menor que as 25 mil
pessoas previstas para este ano. A duração do evento também foi reduzida em 15
minutos, o que foi justificado pelo ministro da Secretaria Geral da Presidência
República, Gilberto Carvalho, em razão do cansaço da presidenta da República,
Dilma Rousseff, que chegara de uma viagem à Rússia. Para evitar a presença dos
manifestantes foi organizado um forte esquema de segurança ao redor da
Esplanada dos Ministérios, com a presença da Polícia Militar e do Exército. Na
cidade do Rio de Janeiro, apesar de todo o esquema, o assessor de imprensa do
Comando Militar do Leste, coronel Roberto Itamar, informou que uma bomba foi
jogada próxima ao palanque, levando o Exército a organizar um cordão de
isolamento e abrir as grades da arquibancada para que o público pudesse sair.
Desfilaram os veteranos da Segunda Guerra Mundial, seguidos pela Banda da Polícia
do Exército e as Forças Armadas. (Correio Brasiliense – 08/09/13; O Estado de
S. Paulo- Política – 08/09/13)
Arquivos chilenos revelam ações de busca de brasileiros opositores do regime militar no Chile
De acordo com o
jornal O Estado de S. Paulo, o
Ministério das Relações Exteriores (MRE) do Brasil teria, após o golpe militar
de 1973 no Chile, colaborado com a “caça a brasileiros exilados em território
chileno”, que seriam opositores ao regime militar brasileiro (1964-1985). O
jornal ainda informou que diplomatas fizeram lobby no Congresso Nacional
brasileiro, visando conter as primeiras denúncias de que brasileiros estavam
desaparecendo e sofrendo torturas no Chile. Em razão das denúncias, o então
deputado federal Chico Pinto teve seu mandato cassado por “difamar” em um
discurso na Câmara dos Deputados o então presidente chileno, Augusto Pinochet.
Segundo O Estado, essas revelações
estão entre centenas de documentos secretos liberados recentemente pela
diplomacia chilena. O jornal informou que, quatro meses após o golpe de 1973, a
Divisão de Segurança e Informação do MRE forneceu dados sobre 40 presos
políticos que foram trocados pelo então sequestrado embaixador da Alemanha
Ocidental, Ehrenfried Von Holleben em junho de 1970. O objetivo do fornecimento
dos dados era a identificação e prisão desses brasileiros. O embaixador do
Chile no Brasil na época, Hernán Cubillos, expressou que o governo brasileiro
era insistente nas ações de caça aos opositores, permitindo, em troca, que o
governo chileno passasse uma lista de pessoas que interessassem ser capturadas
no Brasil. Segundo O Estado, o
governo de Pinochet solicitou ao governo brasileiro informações de Sônia Eliana
Lafoz, que militava nos grupos Vanguarda Armada Revolucionária - Palmares
(VAR-Palmares) e Movimento Revolucionário 8 de Outubro (MR-8), além de estar
envolvida em ações como o roubo do cofre do ex-governador do estado de São
Paulo, Adhemar de Barros, e o sequestro do embaixador alemão. Ao mesmo tempo, a
diplomacia brasileira solicitou ao governo do Chile o fornecimento de uma
relação dos exilados brasileiros que haviam sido presos ou fugido para países
latino-americanos. Esse documento fora trazido ao Brasil no avião do presidente
do Chile, Pinochet, quando este assistiu a cerimônia de posse do presidente da
República, o general do Exército Ernesto Beckmann Geisel, em março de 1974. (O
Estado de S. Paulo – Internacional – 07/09/13)
Filho de ex-presidente concede entrevista sobre morte de Goulart
De acordo
com o jornal O Estado de S. Paulo, a
exumação dos restos mortais do ex-presidente da República João Goulart,
conhecido por Jango, ocorrerá nos próximos dias, com o objetivo de esclarecer a
causa da morte, uma vez que existem suspeitas de que Goulart foi envenenado no
seu exílio na Argentina após ter sido deposto pelo golpe de 1964. O filho mais
velho do ex-presidente, João Vicente Goulart, em entrevista ao Estado, relembrou “fatos e personagens
que situam a morte de Jango no cenário de assassinatos seletivos da Operação Condor
- com apoio logístico e técnico de agentes americanos”. Para ele, o Brasil
deveria solicitar ao presidente estadunidense, Barack Obama, toda a
documentação sobre Jango que os Estados Unidos possuem em seus arquivos, uma vez que o país teve envolvimento com a
Operação Condor. O filho do ex-presidente ainda afirmou que o ex-piloto da
Força Aérea uruguaia, Enrique Foch Díaz, pode ter envolvimento com um
assassinato no contexto da Operação Condor. Díaz teria vendido terras para João
Goulart ao mesmo tempo em que mantinha contato com os militares. Em um livro de
sua autoria, cujo título é ’’El Crímen Perfecto’’, o ex-piloto uruguaio menciona a possível
existência “de um complô comercial contra Jango”, além das possibilidades de
envenenamento. De acordo com Vicente Goulart, o ex-agente brasileiro Mario
Neira Barreiro teria revelado a ele que monitorou o ex-presidente no exílio. No
que tange à exumação, Vicente Goulart mencionou que a família busca incluir
peritos cubanos, além dos argentinos e uruguaios já convocados, por possuírem
alta capacidade nesse tipo de análise. Além disso, a família do ex-presidente
solicitou o testemunho de estrangeiros ligados à Operação Condor, como
estadunidenses, além da busca por detalhes da participação do então comandante
do Departamento de Ordem Política e Social (Dops) de São Paulo, o delegado
Sérgio Paranhos Fleury, na morte de João Goulart. (O Estado de S. Paulo –
Política – 07/09/13)
sábado, 14 de setembro de 2013
Senadores, membros da Comissão Nacional da Verdade e da Comissão Estadual da Verdade do Rio farão visita ao antigo DOI-Codi do 1º Exército
De
acordo com os jornais Correio Braziliense, Folha de S. Paulo e O Estado de S.
Paulo, integrantes da Comissão de Direitos Humanos do Senado Federal,
acompanhados de membros da Comissão Nacional da Verdade (CNV) e da Comissão
Estadual da Verdade do Rio de Janeiro, marcaram para o dia 12/09/13 uma visita
às instalações do antigo Destacamento de Operações de Informações - Centro de
Operações de Defesa Interna (DOI-Codi) do 1º Exército. A visita foi autorizada
em um encontro entre o ministro da Defesa, Celso Amorim, o comandante do
Exército, Enzo Peri, e integrantes da Comissão dos Direitos Humanos do Senado
Federal. Os jornais noticiaram que em agosto, os membros da CNV e da Comissão
Estadual da Verdade do Rio de Janeiro foram impedidos, pelo Comando Militar do
Leste, de entrar no local. (Correio Braziliense – 06/09/13; Folha de S. Paulo –
Poder – 06/09/13; O Estado de S. Paulo – Política – 06/09/13)
quinta-feira, 12 de setembro de 2013
Brasil tem planos para retirar cidadãos do Líbano
Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, o Brasil possui planos de retirar
entre 10 e 15 mil de seus cidadãos do Líbano. Vários cenários foram levados em virtude
das formas em que a guerra na Síria afeta o Líbano. O primeiro cenário se
refere à retirada pelo aeroporto da capital Beirute das pessoas que chegarem
até a área. Em caso positivo, serão levadas em aviões da Força Aérea Brasileira
(FAB) ou em aeronaves fretadas até o Brasil. No caso de bloqueio do espaço
aéreo ou inacessibilidade do aeroporto, os brasileiros embarcariam em navios
até países próximos, a partir dos quais prosseguiriam nos aviões da FAB ou por
fretados. O plano conta ainda com outras possibilidades, entre elas, rotas
elaboradas através de análises e consultas entre o consulado brasileiro em
Beirute e militares brasileiros que atuam na missão de paz da Organização das
Nações Unidas no país. Estas não incluem a utilização das aeronaves da FAB e
foram elaboradas em 2006 quando Israel bombardeou o Líbano. (O Estado de S.
Paulo – Internacional – 05/09/13)
Aeronáutica realiza mudanças no tráfego aéreo brasileiro
De
acordo com o periódico Correio Braziliense, a Aeronáutica está realizando
mudanças tecnológicas na gestão do tráfego aéreo brasileiro, o que levará o
país a redesenhar linhas aéreas a partir de dezembro. O novo sistema é baseado
na localização por satélite (GPS) das aeronaves e está sendo testado pela
empresa de aviação GOL, nas linhas entre Rio de Janeiro e São Paulo, as quais
serão reduzidas de 44 minutos para menos de 36. A mudança permitirá que os
aviões guiem-se integralmente por satélites, o que é mais preciso do que
depender de equipamentos terrestres, e também reduzirá o tempo dos voos,
encurtará as distâncias com novas rotas e melhorará a operação dos terminais
aeroportuários. (Correio Braziliense – 05/09/13; Folha de S. Paulo – Cotidiano
– 05/09/13)
Governo acelera projeto de construção de satélite nacional
De
acordo com o periódico O Estado de S. Paulo, o governo brasileiro busca
agilizar o andamento do projeto que prevê a construção de um satélite
geoestacionário brasileiro. Tal atitude foi motivada pelas denúncias de que o
governo dos Estados Unidos da América (EUA) espionou sinais de TV, redes de
telefonia e transmissões de dados militares e governamentais. A construção do
satélite geoestacionário brasileiro está orçada entre US$ 600 e US$ 660 milhões
e entrará em órbita em 2016. Segundo o jornal, as comunicações brasileiras,
inclusive militares, passam por um satélite administrado pela empresa Embratel,
reduzindo as condições de sigilo das transmissões. A compra do satélite e da
tecnologia envolvida se realizará em acordo com o grupo franco-italiano Thales
Alenia Space. O satélite será construído pela joint venture entre as empresas
Telecomunicações Brasileiras (Telebrás) e Empresa Brasileira Aeronáutica
(Embraer), denominada Visiona. O jornal ainda acrescentou que a tecnologia
estará em posse da Agência Espacial Brasileira, sendo que, futuramente, os
dados serão passados pela Telebrás. (O Estado de S. Paulo – Política –
04/09/13)
Estados Unidos da América podem apoiar vaga permanente para o Brasil no Conselho de Segurança
Segundo
o periódico Folha de S. Paulo, após o governo brasileiro cobrar explicações do
governo estadunidense a respeito das atividades de espionagem da Agência de
Segurança Nacional (NSA, da sigla em inglês) em relação às comunicações da
presidenta da República Dilma Rousseff, o governo dos EUA cogita apoiar a indicação
do Brasil a um assento permanente no Conselho de Segurança da Organização das
Nações Unidas (ONU). De acordo com o jornal, diplomatas acreditavam em um
diálogo entre o presidente estadunidense Barack Obama e Rousseff na reunião do
G-20 na cidade russa de São Petersburgo. A Folha ainda acrescentou que a
posição de membro permanente no Conselho de Segurança é um anseio da diplomacia
brasileira desde o governo do ex-presidente da República Fernando Henrique
Cardoso (1995-2002). (Folha de S. Paulo – Poder – 04/09/13)
Força Aérea Brasileira recebe caças modernizados
De
acordo com o periódico O Estado de S. Paulo, a Força Aérea Brasileira (FAB)
recebeu, no dia 03/09/13, a primeira unidade do lote de 43 caças A-1M. Os
aviões, denominados A-1 antes do processo de modernização, foram modificados
pela Embraer Defesa e Segurança. Segundo O Estado, o contrato chega ao valor de
R$ 2 bilhões. (O Estado de S. Paulo – Política – 04/09/13)
Governo investiga morte de ex-presidente da República João Goulart
Segundo
o jornal Folha de S. Paulo, a ministra da Secretaria de Direitos Humanos da
Presidência da República, Maria do Rosário, apresentou no dia 02/09/13 o plano
de remoção dos restos mortais do ex-presidente da República João Goulart, da
cidade de São Borja, no estado do Rio Grande do Sul, para a capital federal
Brasília, onde serão analisados por peritos. Os exames tentarão responder se o
ex-presidente morreu por conta de um ataque cardíaco, como na versão oficial,
ou se sua morte tem alguma ligação com os agentes do regime militar
(1964-1985). Segundo a ministra, há uma “possibilidade muito clara” de que
Goulart, deposto em 1964, tenha sido vítima da Operação Condor, uma aliança
entre os regimes autoritários da América do Sul, enquanto estava no exílio, na
Argentina. Rosário afirmou que o corpo do ex-presidente terá “honras de chefe
de Estado”, uma vez que na ocasião de seu sepultamento ele foi tratado de forma
“desrespeitosa” pelas autoridades. (Folha de S. Paulo – Poder – 03/09/13)
Segurança foi reforçada para as comemorações do Sete de Setembro
De acordo com os periódicos Correio Braziliense e Folha de S. Paulo, o
governo federal tomou providências a fim de reforçar a segurança durante as
cerimônias comemorativas do Dia da Independência, realizadas no dia 07/09/13,
na Esplanada dos Ministérios, na capital federal Brasília. A sondagem nas redes
sociais revelou que havia protestos programados que poderiam atingir proporções
violentas. Assim, o governo optou por reduzir o tempo total do desfile militar
e aumentar para 18 mil metros a extensão das grades de proteção instaladas ao
longo do Eixo Monumental. A Esquadrilha da Fumaça da Força Aérea Brasileira,
responsável pela tradicional apresentação aérea no evento, não participou esse
ano, pois, segundo a Secretaria de Comunicação da Presidência da República, os
pilotos do grupo ainda estão em treinamento para operar o novo modelo de
aeronave A-29 Super Tucano, que substituiu o antigo T-27 Tucano. A abertura da
Semana da Pátria ocorreu no dia 04/09/13 e contou com a colaboração do Exército
e com a presença de autoridades dos três poderes. Na cidade do Rio de Janeiro, segundo a Folha,
o porta-voz do Comando Militar do Leste, coronel Roberto Itamar, afirmou que
assim como a Policia Militar, as Forças Armadas participaram com seu efetivo
reduzido no desfile de Sete de Setembro. Segundo Itamar, a redução do número de
militares no evento não ocorreu somente “por conta das manifestações, mas por
economia e dinâmica”. (Correio Braziliense – 03/09/13; Correio Braziliense –
05/09/13; Correio Braziliense – 06/09/13; Folha de S. Paulo – Poder – 03/09/13;
Folha de S. Paulo – Poder – 06/09/13; O Estado de S. Paulo – Política –
06/07/13)
Denúncia de espionagem estadunidense causa reação do governo brasileiro
Segundo os jornais Correio Braziliense, Folha de S. Paulo e O Estado de
S. Paulo, no dia 02/09/13, a presidenta da República, Dilma Rousseff, se reuniu
em caráter de emergência com os ministros das Relações Exteriores, Luiz Alberto
Figueiredo, da Defesa, Celso Amorim, das Comunicações, Paulo Bernardo, da
Comunicação Social, Helena Chagas e o secretário-geral da Presidência da
República, Gilberto Carvalho. A reunião teve como tema as denúncias de
espionagem por parte da Agência de Segurança Nacional estadunidense (NSA, sigla
em inglês) sobre as relações de Rousseff com seus assessores e colegas de
governo. No mesmo dia, Figueiredo pediu explicações ao então embaixador dos
Estados Unidos da América (EUA) no Brasil, Thomas Shannon, o qual tomou nota
das reclamações brasileiras e se comprometeu a informar a Casa Branca. Além
disso, segundo os jornais, a visita de Rousseff aos Estados Unidos, prevista
para o dia 23/10/13, poderá ser adiada ou cancelada, devido à situação de desconforto criada entre os dois países.
A presidenta cancelou o envio da equipe que iria para Washington no dia
07/09/13 com objetivo de preparar sua visita ao país. Também foi noticiado que
a presidenta estuda abordar o assunto da espionagem feita pela NSA em seu
discurso de abertura da próxima Assembleia-Geral Ordinária da Organização das
Nações Unidas (ONU). Rousseff determinou, ainda, que o ministério das Relações
Exteriores procure o apoio da Rússia, Índia, China e África do Sul para que se
manifestem de forma conjunta contra ações que ameacem a soberania dos países.
Além disso, Rousseff pretende fomentar uma adequação na legislação brasileira a
fim de suspender a licença de funcionamento de empresas que cooperaram com a
espionagem internacional. O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, afirmou
que a espionagem seria uma “violação inadmissível” à soberania nacional. De acordo com a Folha, as ações dos EUA se
revelam inamistosas, pois violam o direito internacional e depreciam a
soberania brasileira. Em coluna opinativa para a Folha, o jornalista Carlos
Heitor Cony relembrou que às vésperas da tomada de poder pelos militares, em
1964, o governo estadunidense já estava a par da situação que o Brasil
enfrentaria, isso graças à espionagem. Além disso, a Folha defendeu em
editorial que o Brasil precisa reagir às denúncias, e “começar a criar
desconforto para países que se deixam apanhar em situação embaraçosa”. O
Correio afirmou que o Brasil e outros países facilitaram a ação de espionagem
pelos EUA, já que não destinaram atenção adequada ao relatório do Parlamento
Europeu divulgado em 2000 com dados sobre o programa Echelon, o qual deu origem
NSA. Frente às denúncias, o Senado Federal instalou no dia 04/09/13 uma
Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar se houve de fato
espionagem sobre os cidadãos e o governo brasileiros. Além disso, o jornal
Folha de S. Paulo informou que foi criado um comitê interministerial em
resposta às denúncias de espionagem por parte NSA. O comitê é formado por
representantes dos ministérios de Relações Exteriores, Casa Civil, Ciência e
Tecnologia, Comunicações e Defesa, e tem como objetivo buscar formas de reação.
Dentre as iniciativas nacionais está a criação de um sistema nacional de e-mail
e a proposta de inclusão da obrigatoriedade de armazenamento de dados para
empresas de internet no país, previsto no projeto de lei do Marco Civil da
Internet. Segundo a Folha, a proposta de criação de um órgão multilateral para
gerir a internet parece ser difícil de vingar, pois o sistema de domínio, o
gerenciamento de IPs e a gestão de servidores-raiz são de responsabilidade da
empresa estadunidense Icann. De acordo com o periódico, o Brasil almeja ter um
servidor-raiz, que funcionaria como ponto de troca de tráfego de informação e
seria o primeiro no hemisfério Sul, evitando assim a utilização das plataformas
americanas. (Correio Braziliense – 03/09/13; Correio Braziliense – 05/09/13;
Folha de S. Paulo – Mundo – 02/09/13; Folha de S. Paulo – Poder – 03/09/13;
Folha de S. Paulo – Mundo – 03/09/13; Folha de S. Paulo – Opinião – 03/09/13;
Folha de S. Paulo – Poder – 05/09/13; O Estado de S. Paulo – Política –
03/09/13)
Chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas analisa importância do órgão
Em
artigo publicado no jornal Correio Braziliense, o general José Carlos de Nardi,
chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA), ressaltou a
importância do órgão, criado há três anos para coordenar ações envolvendo
Marinha, Exército e Aeronáutica, de forma a garantir a interoperabilidade das
Forças, otimizando os meios militares brasileiros. Segundo o general, a
Estratégia Nacional de Defesa, lançada em 2008 e atualizada em 2012,
estabeleceu diretrizes para a preparação das Forças Armadas, enquanto a
reestruturação do Ministério da Defesa em 2010 estabeleceu a criação do EMCFA,
sendo o Brasil um dos últimos países da América Latina a criar um Estado-Maior
Conjunto. Desde então, o órgão se consolidou ao alcançar resultados
satisfatórios em grandes eventos como a Conferência das Nações Unidas para o
Meio Ambiente-Rio+20, a Copa das Confederações e a Jornada Mundial da
Juventude; e em ações de combate a crimes transfronteiriços, como as Operações
Ágata. O general avaliou que as três chefias do EMCFA – Logística, Assuntos
Estratégicos e Operações Conjuntas – asseguram a mobilização militar e as
ligações com a Organização das Nações Unidas (ONU) e países que mantém contato
e cooperação com o Brasil. Por fim, o general ressaltou que o EMCFA busca
desenvolver a indústria de defesa, permitindo programas de modernização como:
“a construção de submarinos, do avião cargueiro KC-390 e do blindado Guarani”. (Correio Braziliense – 02/09/13)
Novos documentos revelam a extensão do apoio brasileiro à ditadura chilena
De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, novos documentos chilenos
revelam como o regime militar brasileiro (1964-1985), na época comandado pelo
presidente da República, o general Emílio Garrastazu Médici, apoiou o golpe
militar chileno que derrubou Salvador Allende em 1973. Apesar do envolvimento
brasileiro ser conhecido, o próprio Estado teve suas notícias sobre a ditadura
chilena censuradas no Brasil. Os novos documentos revelaram que após chegar ao
poder, o governo de Salvador Allende foi informado sobre as atividades do
regime militar brasileiro contra o Chile. Um jornalista chileno teria avisado
ao embaixador do Chile no Brasil que um general brasileiro propôs “organizar no
Chile um movimento de resistência armada (...) contra o perigo vermelho”, além
disso, um militar avisou ao secretário da embaixada chilena que havia no
Ministério do Exército, no Rio de Janeiro, uma maquete da Cordilheira do Andes
e mapas para planejar uma possível guerrilha anticomunista, para a qual estavam
sendo recrutados civis chilenos. Os documentos também apontam que, entre os 70
brasileiros considerados “subversivos” que foram enviados ao Chile em troca do
embaixador suíço Giovanni Bucher, estavam infiltrados dois espiões do Exército
brasileiro. O Estado ainda informou que, por meio dos arquivos brasileiros, já
se sabia que o embaixador brasileiro na capital chilena, Antônio Cândido da
Câmara Canto, prestou apoio para minar o governo de Allende e, após o golpe,
manteve estreita relação com os militares chilenos, sendo apelidado de "o
quinto membro da junta militar". Em entrevista ao Estado, Tania Harmer, historiadora
que descobriu a existência dos documentos que descrevem a participação do
Brasil na derrubada de Allende, afirmou que o Chile pretendia instaurar um
regime nos moldes do brasileiro. Na visão de Harmer, o regime militar
brasileiro não foi considerado uma ameaça pelo governo de Allende por acreditar
que os Estados Unidos da América o controlava. O Estado ainda revelou detalhes
sobre o encontro entre o embaixador de Augusto Pinochet, Hernan Cubillos Leiva
e o chanceler brasileiro Mário Gibson Barbosa. Segundo relato classificado como
“estritamente secreto”, Barbosa teria louvado o golpe chileno e desprezado
denúncias de repressão em massa, enquanto agentes brasileiros do regime militar
chegavam a Santiago para ensinar técnicas de tortura aos servidores de Pinochet.
De acordo com o jornal, o ex-chefe de espionagem de Pinochet, Manuel Contreras,
afirmou que 80 brasileiros passaram pelo Estádio Nacional, local conhecido por
ter servido como centro de tortura, e, mesmo quando um grupo conseguiu entrar
em contato com o consulado, foi ignorado pelo Ministério de Relações Exteriores
do Brasil. Outro documento obtido pelo Estado revelou que diplomatas chilenos
foram informados da luta no Araguaia (1972-1974) antecipadamente, quando o
cônsul chileno Raúl Elgueta soube que viajantes foram confundidos com
guerrilheiros no estado do Pará. O jornal afirmou que os documentos secretos da
chancelaria do Chile apontam também o apoio do general Médici ao grupo chileno
de extrema direita Patria y Liberdad que fazia oposição ao governo de Allende.
Segundo os documentos, o governo de Médici, em 1973, concedeu asilo político a
Eduardo Roberto Keymer Aguirre, membro do grupo de direita. Segundo o jornal,
quando Allende foi deposto, a embaixada brasileira na cidade de Santiago não
protegeu perseguidos políticos e nem sequer cidadãos brasileiros exilados no
país, ao contrário das demais embaixadas instaladas na cidade. Segundo a
jornalista Marlise Simon, entre 1972 e 1973, empresários paulistas teriam apoiado
opositores de Allende enviando dinheiro e armamentos. De acordo com o jornal,
após a tomada de poder por Pinochet, o governo brasileiro se comprometeu a
conceder crédito financeiro de US$ 50 milhões ao Chile com condições de
pagamento não usuais e com uma taxa de juros abaixo do mercado. Além disso,
seriam também emprestados US$ 85 milhões, que deveriam ser usados na compra de
produtos brasileiros. (O Estado de S. Paulo - Internacional – 01/09/13; O
Estado de S. Paulo – Internacional – 02/09/13; O Estado de S. Paulo –
Internacional – 03/09/13)
Colunista avalia que Brasil não tem preparo para lidar com invasão
Em coluna para o jornal Folha de S. Paulo, Ricardo Bonalume Neto argumentou que o frágil
sistema de Defesa brasileiro e a porosidade das fronteiras tornam o país alvo de
ataques, dos quais não está preparado para se defender. Bonalume prospectou cinco
cenários hipotéticos de invasão ao Brasil. No primeiro cenário, a invasão
aconteceria pela Amazônia, neste caso, o invasor ocuparia as cidades chaves da
região, Macapá e Belém. No segundo cenário, o Brasil seria invadido pela
“Amazônia azul”, onde se localizam um dos três navios classe A da Marinha brasileira,
que são equipados para a “função policial” de patrulha. O terceiro cenário
considera uma invasão pela fronteira do estado de Roraima, onde estão sendo
feitos testes com o blindado Guarani e com o sistema de artilharia Astros II. Na
quarta previsão, o Brasil seria invadido pelas fronteiras em vários pontos do
país que passaram a contar com a proteção de aviões-radar EMB 145 ISR de
vigilância e sensoriamento remoto. No último cenário, o qual chegou a ser
considerado pelos Estados Unidos da América no ano de 1942, devido a
divergências com o governo brasileiro, a invasão aconteceria pela cidade de
Natal, no estado de Rio Grande do Norte.
De acordo Bonalume, o Brasil possui somente 325 mil militares, diante
dos 200 milhões de habitantes; em termos de equipamentos, o Brasil também se
encontra defasado, considerando que suas Forças Armadas possuem apenas metade
da frota de navios com capacidade de operar, 85 de 200 aviões de combate em
operação, apenas um terço dos quase 300 aviões de transporte estariam aptos
para uso imediato e dos cerca de dois mil blindados, somente metade pode
operar. Ainda foi destacada a obsolescência do único porta-aviões do Brasil,
fabricado no ano de 1963, que carrega caças-bombardeiros projetados na década
de 1950. (Folha de S. Paulo – Ilustríssima – 01/09/13)
O Globo admite que errou ao apoiar o golpe de 1964
De
acordo com o jornal Folha de S. Paulo, o periódico O Globo admitiu, através de
uma publicação em seu site, que errou ao apoiar a tomada de poder pelos
militares no ano de 1964. Segundo o jornal O Globo, o debate sobre o assunto
tem sido promovido dentro da organização há algum tempo, porém, somente com o
lançamento do site Memórias, que conta a história da organização, é que esta
encontrou uma oportunidade para comunicar a mudança de opinião, que, conforme a
publicação, foi reafirmada pelas manifestações ocorridas em todo o país no mês
de junho. (Folha de S. Paulo – Poder – 01/09/13)
Ossadas suspeitas de serem de guerrilheiros do Araguaia desaparecem em Brasília
De
acordo com o periódico Folha de S. Paulo, cinco ossadas e um crânio que foram
encontrados no cemitério de Xambioá, no estado do Tocantins, em outubro de
2001, suspeitos de serem de guerrilheiros mortos durante a Guerrilha do
Araguaia (1972-1974), desapareceram em Brasília e foram substituídos pela
ossada de quatro crianças. O jornal informou que em nenhuma busca em Xambioá
foram encontrados restos mortais de crianças. As investigações no local,
realizadas 12 anos atrás, foram organizadas pelo então representante da
Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, Luiz Eduardo Greenhalgh.
O ex-deputado federal, sua assistente e familiares de desaparecidos que
acompanharam a exumação confirmaram que não havia nenhuma ossada de criança.
Segundo Greenhalgh, depois do término da exumação, as ossadas foram
encaminhadas ao Instituto Médico Legal (IML) de Brasília. De acordo com a
Folha, a integrante da Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos
Políticos, Diva Santana, foi a primeira a notar o sumiço das ossadas e a falta
de evidências sobre onde e quando o material se perdeu. As três instituições
que tinham acesso aos ossos, a Universidade de Brasília (UNB), a referida
Comissão e o IML, não têm informações quanto ao desaparecimento. Segundo o
jornal, as autoridades culpam a falta de estrutura e o descaso pelo
desaparecimento. A Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República
informou que não possui evidências que comprovem o sumiço das ossadas, que
estavam sendo guardadas de acordo com padrões internacionais, e que solicitou o
retorno das ossadas das crianças aos seus respectivos cemitérios. Os esqueletos
desaparecidos possuíam sinais claros de violência, tal como um esqueleto sem as
mãos, um com os braços para trás e outros com indícios de que estavam
amarrados, comprovando a condição de prisioneiro. A juíza da Justiça Federal de
Brasília, Solange Salgado, ouvirá todos os envolvidos no caso. De acordo com a
Folha, o presidente da Comissão Nacional de Direitos Humanos da Ordem dos
Advogados do Brasil (OAB) e presidente da Comissão Estadual da Verdade do Rio
de Janeiro, Wadih Damous, afirmou que o "episódio demonstra que existem
segmentos do Estado brasileiro que não querem revelada a verdade dos fatos da
guerrilha do Araguaia e de todos os outros ocorridos na ditadura militar".
(Folha de S. Paulo – Poder – 01/09/13; Folha de S. Paulo – Poder – 02/09/13)
Área de exercícios de tiro da Marinha se tornará um parque nacional
De acordo com o
jornal Folha de S. Paulo, o
arquipélago de Alcatrazes, que fica a
45 quilômetros do litoral norte do estado de São Paulo, onde a Marinha encerrou
os exercícios de tiros que ocorriam há 33 anos, se tornará um parque nacional.
Segundo o jornal, o Instituto Brasileiro
do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e o Instituto Chico
Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), órgãos que
atuam na preservação do local em conjunto com a Marinha, consideram que a
criação do parque seria “um mecanismo mais eficiente para manter a diversidade
de fauna e flora”. De acordo com a Folha,
o projeto que tramita no Ministério do Meio Ambiente prevê, entre outras
mudanças, o acesso de visitantes ao local, que, por ser uma zona militar, é
restrito. A Marinha realizará seus exercícios na Ilha da Sapata, a quatro
quilômetros do arquipélago, que é considerada menos suscetível a danos
ambientais. Uma das ressalvas da Força é que a ilha da Sapata não seja incluída
no parque. Segundo o diretor do Departamento de Áreas Protegidas do Ministério
do Meio Ambiente, Sérgio Brant, a pasta aguarda a formalização da proposta pela
Marinha para encaminhar à Casa Civil. De acordo com a Folha, a Marinha declarou, em nota, que "a motivação da mudança é fruto de um
entendimento do Ministério da Defesa com o Ministério do Meio Ambiente, que
objetiva congregar os interesses de preservação ambiental e
defesa nacional". (Folha de S. Paulo – Cotidiano – 31/08/13)
José Carlos Dias prevê mudanças nos trabalhos da Comissão Nacional da Verdade e novo membro é anunciado
Conforme
publicado no periódico Folha de S. Paulo,
o advogado e ex-ministro da Justiça José Carlos Dias, que assumiu, no dia
26/08/13, a coordenação da Comissão Nacional da Verdade (CNV), afirmou, em
entrevista ao jornal, que haverá mudanças nos trabalhos da comissão, que “ficará
mais agressiva”. Entre as mudanças, segundo Dias, está o aprimoramento do trabalho,
com o depoimento de vítimas do regime militar (1964-1985) e confrontação com os
depoimentos dos agentes da repressão. O coordenador da CNV também confirmou um acordo com a Polícia Federal para que esta conduza, se necessário de
forma coercitiva, as pessoas convocadas que não comparecerem para depor na
comissão. Segundo Dias, os convocados devem comparecer à sessão, mesmo que
permaneçam em silêncio. Já sobre as desavenças entre membros do grupo, Dias
declarou que “o pior já passou” e que não há crise, apenas “diferenças de
temperamento”. De acordo com Dias, 348 depoimentos já foram tomados e cerca de
300 pessoas ainda serão ouvidas, além de inúmeros documentos digitalizados,
audiências públicas realizadas e acordos firmados com 21 comissões estaduais e
municipais, cuja cooperação será aprofundada para facilitar a coleta de
depoimentos de agentes da repressão por essas comissões, já que somente a CNV
tem o poder de convocar depoentes. Segundo o jornal, não se sabe ainda se o
relatório final será entregue em maio de 2014 ou se será estendido para o final
desse mesmo ano. Ainda de acordo com a Folha, a presidenta da República, Dilma Rousseff, nomeou no dia
02/09/13 o advogado e professor da Faculdade de Direito da Universidade de São
Paulo (USP), Pedro de Abreu Dallari, como novo membro da CNV. A Comissão ainda
carece de um membro, que será nomeado pela presidenta em breve. (Folha de S. Paulo – Poder – 31/08/13; Folha de S. Paulo – Poder –
03/09/13)
Jornalista afirma que participação de fuzileiros navais na fuga do senador boliviano teve autorização de oficiais
Em coluna opinativa para o jornal Correio
Braziliense, o jornalista André Gustavo Stumpf afirmou que a participação
de dois militares brasileiros na operação que transportou o senador boliviano
Roger Pinto Molina da embaixada brasileira em La Paz, na Bolívia, ao Brasil, só
foi possível porque houve a autorização de “alguém de patente superior”. De
acordo com Stumpf, os carros que faziam o transporte de Molina foram parados
diversas vezes pela polícia boliviana, porém em nenhuma delas os veículos foram
vistoriados e, por isso, os militares que faziam a segurança dos civis na
operação não precisaram agir. De acordo com o jornalista, o então encarregado de
negócios da Embaixada brasileira na Bolívia, Eduardo Saboia, que articulou a
operação, pediu ao Itamaraty a liberação de 400 mensagens, as quais mostrariam que
adidos militares se referiam à retirada de Molina como “plano de contingência”.
(Correio Braziliense – 31/08/13; O Estado de S. Paulo – Política – 05/09/13)
quinta-feira, 5 de setembro de 2013
Alterações no desfile de Sete de Setembro por questões de segurança
Segundo o periódico Correio Braziliense, o Palácio de Planalto e o Ministério da Defesa
reuniram-se no dia 29/08/13 para decidir as alterações e questões de segurança
relacionadas ao desfile de Sete de Setembro, o qual é tradicionalmente
realizado na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, Distrito Federal. De
acordo com o jornal, entre as mudanças estão a redução do tempo de desfile, com
a intenção de diminuir a exposição das autoridades públicas, e o cancelamento
da tradicional apresentação da Esquadrilha da Fumaça, devido à troca das
aeronaves. (Correio Braziliense – 29/08/13; Correio Braziliense – 30/08/13)
Recrutas do Exército são presos acusados de assalto
Segundo o periódico Correio Braziliense, três recrutas lotados no Regimento da
Cavalaria de Guardas do Exército foram acusados de assalto e responderão na
Justiça comum por roubo qualificado, emprego de arma e ação em grupo, além de
passarem por apurações internas e administrativas e poderem ser expulsos das
Forças Armadas. Os três soldados são acusados de assaltar três pessoas na
região central da capital federal, Brasília, no dia 25/08/13. Policiais
militares capturaram os soldados com os objetos roubados e a faca usada como
arma no crime minutos depois do ocorrido. Eles foram presos em flagrante e
estão encarcerados no Batalhão da Polícia do Exército. A instituição considerou
a conduta dos soldados “incompatível” com a função que exercem na Força.
(Correio Braziliense – 28/08/13)
Análise das relações do Brasil-Estados Unidos
Em coluna opinativa para o jornal O Estado de S. Paulo, o
jornalista e diretor do Brazil Institute do Woodrow Wilson International Center
For Scholars, em Washington, Estados Unidos (EUA), Paulo Sotero afirmou que há
dois meses da visita da presidenta da República Dilma Rousseff a Washington,
que ocorrerá em outubro de 2013, Brasil e EUA, tem enfrentado problemas que
minam a confiança mútua no momento em que ela se faz extremamente necessária
para um avanço na relação entre eles. Sotero menciona dois episódios como
prejudiciais nas relações entre os Estados: o primeiro foi a cobrança pública
de explicações feitas pelo o então ministro das Relações Exteriores, Antonio
Patriota, ao secretário de Estado estadunidense John Kerry a respeito do
monitoramento de brasileiros pela National Security Agency (NSA). E o segundo
foi a detenção do brasileiro David Miranda, companheiro do jornalista
estadunidense que tem divulgado informações da espionagem dos EUA, Glenn
Greenwald, com fundamento na lei antiterrorismo, na cidade de Londres, Reino
Unido. Segundo Sotero, o aprofundamento das relações entre os dois países
demanda confiança para que ambos possam trocar informações sigilosas entre suas
agências, como nos casos do Acordo de Assistência Legal Mútua e o Acordo de
Intercâmbio de Informações Tributárias. Em destaque na agenda de negociações
Brasil-EUA estão o programa que facilitaria a entrada de viajantes brasileiros
nos EUA e o acordo sobre o uso da Base brasileira de Alcântara pelos estadunidenses.
Sotero ainda ressaltou outros temas que despertam interesses estratégicos por
parte de Brasil e EUA, entre eles a escolha do caça para o programa FX-2 de
reaparelhamento da Força Aérea Brasileira, que conta com o modelo F18 Hornet da
Boeing na concorrência; a ampliação do mercado de aviões militares da Empresa
Brasileira de Aeronáutica (Embraer) nos EUA; e a aspiração brasileira a um
assento permanente no Conselho de Segurança da Organização das Nações
Unidas. O embaixador estadunidense em Brasília,
Thomas Shannon, que assumirá um alto cargo no Departamento de Estado dos EUA
após a vista da presidenta Roussseff acredita que os interesses permanentes dos
dois países são mais convergentes do que divergentes, a começar pela
estabilidade nas Américas. (O Estado de S. Paulo – Espaço Aberto – 27/08/13)
Alojamento militar é utilizado por médicos estrangeiros
Segundo o jornal Correio Braziliense, o Exército afirmou que dentre os 682 médicos
formados no exterior que começaram o treinamento para integrar o Programa Mais
Médicos – iniciativa do governo federal para melhorar o Sistema Único de Saúde
(SUS) –, 202 estavam alojados em instalações do Ministério da Defesa. Os
alojamentos foram criticados quanto a suas condições e à lotação. Os
estrangeiros estão divididos em instalações do Batalhão de Guarda Presidencial
e do Regimento da Cavalaria de Guardas (dos Dragões da Independência), onde
ocupam quartos equipados com beliches e separados para homens e mulheres. O
ministro da Saúde, Alexandre Padilha, informou que providenciará melhorias na
estrutura de hospedagem. (Correio Braziliense – 27/08/13)
Militares envolvidos no caso da transferência não autorizada de senador boliviano ao Brasil
De acordo com os jornais Correio Braziliense, Folha de S. Paulo e O Estado de S. Paulo, Antonio Patriota pediu demissão do cargo de
ministro de Relações Exteriores após o episódio de insubordinação envolvendo o
encarregado de negócios da Embaixada brasileira na Bolívia, Eduardo Saboia. Segundo
os jornais, Saboia, que era responsável pela embaixada devido à transferência
do embaixador titular Marcel Biato, decidiu, de forma unilateral, transportar,
num carro oficial do governo brasileiro, o senador boliviano de oposição Roger
Pinto Molina da embaixada na Bolívia para a cidade brasileira de Corumbá, no
estado do Mato Grosso do Sul, de onde partiu, num jato particular, para a
capital federal, Brasília. Molina era condenado por alguns crimes na Bolívia e
estava abrigado na embaixada brasileira havia 455 dias, a espera do resultado
das negociações que estariam ocorrendo entre os governos brasileiro e boliviano
para a resolução do caso. Entretanto, o diplomata Saboia decidiu por
transportar o senador sem a expedição de um salvo-conduto pelo governo
boliviano, mesmo sabendo que a presidência da República brasileira havia
desautorizado qualquer operação de transporte de Molina sem o documento. Dois
fuzileiros navais, que respondem ao adido militar na embaixada, o Capitão de
Mar e Guerra Luiz Carlos Brito Cunha, fizeram a escolta dos carros durante o
trajeto, encontrando-se ambos no carro que levava Saboia e Molina. Segundo O Estado, a operação teria sido
informada a altos escalões das Forças Armadas e do Ministério da Defesa, embora
o chefe de Estado-Maior da Defesa, general José Carlos de Nardi, e o próprio
ministro Celso Amorim tenham informado que não sabiam da ação, assim como
Patriota. Embora segundo a tradição os militares nas embaixadas sejam
subordinados aos diplomatas, de acordo com a doutrina eles devem sempre passar
aos seus superiores hierárquicos da cadeia de comando informações sobre as
missões em que atuam. O Comando da Marinha informou apenas que os militares em
questão integram o Destacamento de Segurança da Embaixada (DstSEB), que tem a
função de fazer a segurança pessoal dos chefes de missões, funcionários
diplomáticos e administrativos, da residência oficial e da chancelaria das
embaixadas, e destacou ainda que “a participação dos militares da MB
limitou-se, exclusivamente, ao provimento da segurança individual de um diplomata
brasileiro durante o seu deslocamento rodoviário”. A presidência acredita que a
situação do ministro da Defesa se diferencia da de Patriota por entender que os
fuzileiros navais obedeceram a ordens de Saboia, sendo assim, nenhuma
autoridade ligada à Defesa teria sido consultada sobre a ação. Além disso, os
escalões superiores poderiam achar que se tratava de uma operação oficial
sigilosa e que, por isso, não deveriam se envolver. Amorim declarou em nota que
no dia da viagem, os três adidos militares estavam na cidade de Cochabamba e
não foram informados do deslocamento de Molina. Em entrevista à Folha, Saboia afirmou que se sentia como
se fosse o responsável por uma unidade do Destacamento de Operações de
Informações – Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-Codi) durante o regime
militar (1964-1985) devido às condições em que o senador Molina vivia nas
dependências da embaixada. Segundo o diplomata o senador estava a mais de um
ano sem tomar sol nem receber visitas, confinado numa sala e vigiado por
fuzileiros navais 24 horas por dia. Saboia avalia que sua ação esteve de acordo
com todas as normas e tradições humanitárias, bem como com os tratados
internacionais assinados pelo Brasil. Em resposta às afirmações de Saboia,
presidenta da República, Dilma Rousseff disse que por ter sido presa no
DOI-Codi durante o regime militar, podia afirmar que o órgão de repressão e a
Embaixada do Brasil em La Paz são tão diferentes como o céu e o inferno.
Rousseff afirmou também que lamenta que um asilado brasileiro tenha sido
submetido à insegurança de um deslocamento terrestre como esse. De acordo com o
Correio, Saboia tinha relações
estreitas com o ministro da Defesa, Celso Amorim, por ter sido seu assessor
direto por seis anos, no período em que Amorim foi ministro das Relações
Exteriores. Rousseff, que desejava saber exatamente quem estava a par da
operação realizada por Saboia, convocou para reunião os ministros da Defesa,
Celso Amorim e da Justiça, José Eduardo Cardozo, responsável pela Polícia
Federal. (Correio Braziliense – 27/08/13; Correio Braziliense – 28/08/13; Correio
Braziliense – 29/08/13; Folha de S. Paulo – Opinião – 27/08/13; Folha de S.
Paulo – Mundo – 27/08/13; Folha de S. Paulo – Mundo – 28/08/13; O Estado de S. Paulo – Internacional –
26/08/13; O Estado de S. Paulo – Internacional – 27/08/13; O Estado de
S. Paulo – Notas e Informações – 27/08/13; O Estado de S. Paulo – Internacional
– 28/08/13)
Projeto de lei aumentará o rigor da fiscalização de embarcações
De acordo com o
jornal Correio Braziliense, a
Comissão de Viação e Transportes da Câmara dos Deputados deu parecer favorável
a um projeto de lei que estipula tolerância zero aos operadores de embarcações
e estabelece medidas a serem adotadas pela Marinha como forma de punir
infratores. Segundo as regras atuais, se o teste do bafômetro acusar índice
igual ou superior a 0,3 miligramas de álcool por litro de ar expelido dos
pulmões, o piloto é considerado infrator podendo responder administrativamente
e criminalmente com base no artigo 261 do Código de Direito Penal, além do
artigo 62 da Lei de Contravenções Penais. Segundo o jornal, a Marinha não
informou o valor da multa aplicada atualmente ou quais são as punições
administrativas. As novas regras, caso aprovadas, serão incluídas na “Lei nº
9.537, de dezembro de 1997, que regulamenta a segurança do tráfego aquaviário
em águas sob jurisdição nacional” e o limite para atestar a alcoolemia passaria
a ser de 0,1 miligrama de álcool por litro de ar e em caso de recusa do
condutor em se submeter ao teste, qualquer prova admitida em direito para
comprovar embriaguez será permitida. Conforme o jornal, a Associação Brasileira
de Empresários de Turismo Náutico (Abetur) protocolou um ofício na Marinha
solicitando a aplicação de provas práticas de direção aos candidatos à
habilitação para pilotar embarcações. (Correio Braziliense – 26/08/13)
Força Aérea produziu relatório sobre uso de aeronaves oficiais
De acordo com o
jornal Correio Braziliense, a Força
Aérea Brasileira (FAB) produziu um relatório sobre “hábitos de autoridades do
governo federal no uso de aeronaves oficiais para deslocamentos a trabalho ou
no trajeto entre Brasília e os estados de origem”. O relatório abrange voos
desde o início do governo de Dilma Rousseff, em 2011, até o primeiro semestre
de 2013 e, segundo o Comandante da Aeronáutica, Juniti Saito, não inclui
atendimentos ao vice-presidente por motivos de segurança. Conforme o relatório,
foram operados voos em 7244 trechos, com a média de oito decolagens por dia,
para atender o corpo ministerial do governo, os presidentes da Câmara dos
Deputados, do Senado Federal e do Supremo Tribunal Federal. Desde 2010 foram
atendidos pedidos para 5250 deslocamentos de autoridades. Os Ministérios da
Saúde, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, da Justiça e da
Defesa, a presidência da Câmara dos Deputados e a Secretaria de Relações
Institucionais da Presidência da República foram, respectivamente, os órgãos
que mais solicitaram voos da FAB. A utilização de aeronaves oficiais é
concedida ao vice-presidente da República, aos presidentes do Senado Federal,
da Câmara dos Deputados e do Supremo Tribunal Federal, a ministros de Estado e
ocupantes de cargo público com prerrogativas de ministro de Estado, aos
comandantes das Forças Armadas e ao chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças
Armadas. O transporte de demais autoridades deve ser autorizado pelo ministro
da Defesa e pelo Comandante da Aeronáutica, atendendo aos critérios previstos:
“motivos de segurança e emergência médica, viagens a serviço e deslocamentos
para local de residência permanente”. De acordo com o jornal, a maioria dos
deslocamentos autorizados para a Secretaria das Relações Institucionais, que
tem status de ministério, teve como motivo viagem para o estado de origem de
autoridades. O Correio apresentou o
caso da ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, que, apesar de ocupar
residência oficial destinada aos ministros da Casa Civil na capital Brasília,
se desloca frequentemente para a cidade de Curitiba, no estado do Paraná, onde
afirma ser sua residência oficial. Outro caso apresentado foi o do Ministério
da Educação que teve um grande número de viagens realizadas durante a gestão de
Fernando Haddad. Além disso, segundo a Folha de S. Paulo, a Comissão de Ética Pública da Presidência da
República emitiu uma advertência ao ministro da Previdência Social Garibaldi
Alves por ter usado indevidamente um avião da FAB. Conforme o jornal, o
ministro viajou para a cidade de Fortaleza, no estado do Ceará, para cumprir
sua agenda oficial, mas ao retornar, pediu que o avião o levasse para a cidade
do Rio de Janeiro, onde não possui compromissos oficiais, e assistiu ao jogo
final da Copa das Confederações. Segundo uma nota oficial, o ministro voltou à
Brasília em voo comercial. Alves afirmou que devolveria o dinheiro referente ao
custo desse voo à Federação. Segundo o presidente da comissão, Américo Lacombe,
o caso resultou somente em advertência por não ser muito grave e não ser
considerado agressão ao patrimônio. (Correio
Braziliense – 26/08/13; Folha de
S. Paulo – Poder – 27/08/13)
Marinha suspende exercícios no Arquipélago dos Alcatrazes
De acordo com o jornal O Estado de
S. Paulo, a Marinha apoiou a criação de um parque nacional no Arquipélago
dos Alcatrazes, que fica a 45 quilômetros do litoral norte do estado de São
Paulo e era utilizado pela Força para a realização de exercícios militares.
Segundo O Estado, a Marinha sofreu
diversas críticas de grupos de defesa do meio ambiente e pesquisadores,
principalmente pela realização de testes de tiros nos paredões rochosos da Ilha
de Alcatrazes desde de 1982, além da ocorrência de um incêndio que destruiu
quase 20 hectares da ilha principal em
2004 que, segundo a Marinha, pode ter sido causado por um dos testes de
tiro. Entretanto, a Marinha exigiu que alguns testes sejam mantidos
esporadicamente na Ilha de Sapata, que fica a 4 quilômetros da ilha principal
do arquipélago. Segundo o vice-almirante e comandante do 8.º Distrito Naval, Liseo
Zampronio, há outros locais no país para a realização de testes, porém, a
região em questão possui “vantagens logísticas e geográficas”. De acordo com o
capitão de fragata André Luiz Pereira, que representa a Marinha nos grupos de
discussão ambiental, apesar da concordância com a criação do parque no local, a
Marinha manteve a posse do arquipélago e deve ser consultada sobre qualquer
decisão que envolva as ilhas. Conforme O
Estado, o Ministério do Meio Ambiente afirmou que “o projeto do parque está
em fase final de aprovação, mas não há previsão para ser colocado em prática”.
(O Estado de S. Paulo – Metrópole – 24/08/13)
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