De acordo com o
periódico O Estado de S. Paulo, o governo brasileiro desistiu formalmente do
acordo espacial com a Ucrânia para a construção de foguetes a serem lançados da
Base de Alcântara, no estado do Maranhão. Segundo o jornal, a decisão permite a
realização de outros acordos para uso da base e diálogos já foram iniciados com
Alemanha, Estados Unidos e França. O cancelamento do acordo foi sinalizado
através de uma carta assinada pelo ministro das Relações Exteriores, Mauro
Viera, e passada ao embaixador da Ucrânia no Brasil, Rostyslav Tronenko. O
documento informou que o Brasil decidira denunciar o acordo devido a uma
“significativa alteração da equação tecnológico-comercial que justificou o
início da parceria decorrente do Tratado em questão”. De acordo com O Estado,
desde que o acordo foi assinado pelo ex-presidente da República Luiz Inácio
Lula da Silva, houve conflitos e as obras foram interrompidas a partir do ano
de 2012. (O Estado de S. Paulo – Metrópole – 23/07/15)
quarta-feira, 29 de julho de 2015
Jornal apontou a possibilidade de substituição do atual ministro da Defesa
Segundo o periódico
Folha de S. Paulo, aliados do Partido do Movimento Democrático Brasileiro
(PMDB) e o ex-presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, defenderam a
deposição do ministro Aloizio Mercadante, à frente da Casal Civil, e a nomeação
do atual ministro da Defesa, Jaques Wagner, para o cargo. O jornal indicou a
possibilidade de, no caso de ocorrer a substituição, Mercadante assumir a
posição de ministro da Defesa. O motivo de tal proposta foi devido ao fato de
Mercadante ter sido “apontado, nos bastidores, como responsável por atrapalhar
as relações do governo com o Congresso”, conforme divulgado pelo jornal. De
acordo com o periódico, os aliados acreditam que a alteração revigorará o
mandato da presidenta da República Dilma Rousseff e estabelecerá um novo
diálogo com os parlamentares. Rousseff, entretanto, demonstra relutância em
aderir a tais mudanças, afirmou o jornal. De acordo com a Folha, no dia
20/07/15, ocorreu uma reunião entre a presidenta e seus coordenadores para
discutir a crise. (Folha de S. Paulo – Poder – 20/07/15)
Estudantes de Colégio Militar foram consagrados com medalhas de ouro na Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas
Segundo o jornal
Correio Braziliense, 10 estudantes do Colégio Militar de Brasília (CMB)
receberam, no dia 20/07/15, medalhas de ouro na 10ª edição da Olimpíada Brasileira
de Matemática das Escolas Públicas (Obmep), organizada pelo Instituto Nacional
de Matemática Pura e Aplicada (Impa), pelo Ministério da Educação e pelo
Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. Dessas 10 medalhas, 6 pertencem a
estudantes no nível 1, que equivale ao 6º e ao 7º ano do ensino fundamental, e
4 a discentes no nível 3, equivalente ao ensino médio. Além da entrega das
medalhas, a cerimônia, ocorrida na cidade do Rio de Janeiro, contou com a
homenagem de “10 alunos e 10 professores que contribuíram com o ensino da
matemática na sua região” em comemoração aos 10 anos do torneio. De acordo com
o coordenador do Polo Olímpico de Treinamento Intensivo do Instituto Nacional
de Matemática Pura e Aplicada (Impa) e capitão, Fernando Cunha Córes, “a chave
para o sucesso dos jovens do CMB está na dedicação e na ideia de fazer do
estudo das ciências exatas algo divertido”. A maioria dos medalhistas de ouro
do Colégio Militar frequenta o Polo de Treinamento do Impa. (Correio
Braziliense – Cidades – 20/07/15)
Organização Desportiva Pan-Americana se posicionou a respeito de gesto de continência
De acordo com o
jornal O Estado de S. Paulo, a Organização Desportiva Pan-Americana (Odepa)
posicionou-se a respeito do gesto de continência realizado por atletas
brasileiros durante a entrega de medalhas na ocasião dos Jogos Pan-Americanos
realizados na cidade de Toronto, no Canadá. A Odepa considerou o gesto como uma
demonstração de respeito. Segundo o primeiro vice-presidente da entidade, Ivar
Sisniega, a saudação militar é entendida como uma forma de patriotismo e de
respeito à bandeira, não havendo, portanto, motivo para questionamentos. O
periódico informou que grande parte dos 123 atletas contratados pelas Forças
Armadas que participaram dos jogos prestou continência ao subir ao pódio. De
acordo com o jornal, este ato gerou polêmica nas redes sociais, pois muitos o
consideraram uma manifestação política ou uma forma de publicidade, ambos os
casos proibidos em competições olímpicas. (O Estado de S. Paulo – Esportes –
18/07/15)
Livro digital aborda cooperação nuclear entre Brasil e Argentina
De acordo com o
periódico Folha de S. Paulo, o livro digital “Origens da Cooperação Nuclear –
uma História Oral Crítica entre Argentina e Brasil”, lançado no dia 20/07/15,
aborda temas como a cooperação nuclear entre Brasil e Argentina. O livro foi
organizado por Matias Spektor, professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV);
Rodrigo Mallea, diplomata argentino; e Nicholas Wheeler, professor da
Universidade de Birmingham. Segundo o periódico, a relação de confiança formada
na década de 1980 entre o então presidente da República, José Sarney e o
ex-presidente da Argentina, Raúl Alfonsín, evitou que houvesse uma “corrida
nuclear” na América do Sul. Durante visitas de ambos os presidentes às usinas
nucleares na Argentina e no Brasil, foram feitas imagens para demonstrar a
transparência e fomentar a confiança entre os países. O periódico esclareceu
que, à época, os países não tinham interesse em assinar o Tratado de Não
Proliferação Nuclear, e que o diálogo entre os presidentes levou à criação da Agência
Brasileiro-Argentina de Contabilidade e Controle de Materiais Nucleares, a qual
passou a garantir o caráter pacífico dos programas nucleares de ambos os
países. (Folha de S. Paulo – Mundo – 18/07/15)
Colunista comentou mudança de nome de ponte na capital federal
Em coluna opinativa
para o jornal Correio Braziliense, Hamilton Pereira, ex-secretário de Cultura
do Distrito Federal, ressaltou a importância de lembrar a parcela da juventude
que se opôs ao regime militar (1964-1985). Pereira destacou a mudança de nome da
Ponte Costa e Silva, em referência a um dos presidentes da República durante o
período, para Ponte Honestino Guimarães, em homenagem ao ex-presidente da União
Nacional dos Estudantes (UNE) preso e morto pelo regime em 1973. Segundo o
colunista, a mudança de nome não representa o esquecimento do General Costa e
Silva, mas sim a lembrança da resistência de parcela da juventude. Pereira
lembrou que a capital federal, Brasília, foi construída sob o impulso de um
“período de interiorização do desenvolvimento” e que a Universidade de Brasília
(UnB), símbolo desse pensamento cosmopolita, foi invadida de forma emblemática
na ocasião da tomada de poder de 1964 e em 1968 com a imposição do Ato
Institucional nº5 (AI-5). Segundo o colunista, ao aprovar o projeto de lei que
permitiu a renomeação da ponte, “Brasília busca cumprir o papel que lhe cabe –
marcar com um símbolo da resistência à ditadura via pública pela qual transitam
cidadãos como prática permanente para perpetuar a memória, alicerce
indispensável para a construção da consciência política necessária à
consolidação da democracia”. Por fim, defendeu a necessidade de pensar
criticamente a história para fortalecer o país. (Correio Braziliense – Opinião
– 18/07/15)
quinta-feira, 23 de julho de 2015
Atletas brasileiros que prestaram continência em cerimônias nos Jogos Pan-Americanos causam polêmica
Segundo os periódicos
Correio Braziliense, Folha de S. Paulo e O Estado de S. Paulo, atletas
brasileiros que recebem apoio financeiro das Forças Armadas estão prestando
continência durante a cerimônia de premiação dos Jogos Pan-Americanos de
Toronto, no Canadá. Os jornais estimam que 123 atletas dos 590 integrantes da
delegação brasileira nos Jogos possuem relação com Exército, Marinha ou
Aeronáutica. Entre as 55 medalhas conquistadas pelo Brasil até o dia 15/07/15,
26 são de atletas vinculados às Forças Armadas. De acordo com O Estado, os
atletas afirmaram que não são obrigados a prestarem continência, mas revelaram
que houve uma recomendação para que o fizessem. Segundo o Correio, alguns
entenderam o ato como uma manifestação política, a qual o Comitê Olímpico
Internacional (COI) proíbe. O Comitê Olímpico do Brasil (COB) defendeu a
prestação de continência no pódio feita pelos atletas e afirmou que a prática é
uma regra militar e uma manifestação de patriotismo, sem qualquer conotação
política. Em nota, o COB informou que “o militar da ativa deve, em ocasiões
solenes, prestar continência à Bandeira e ao Hino Nacional Brasileiro e de
países amigos. É bom notar que esses atletas não são militares apenas quando
estão fardados, mas sim todo o tempo”. Segundo o secretário executivo do
Ministério do Esporte, Ricardo Leyser, o gesto não é um problema, mas poderia
ser evitado. Leyser defendeu que “esse desempenho do Brasil é fruto do trabalho
e do investimento de vários atores, como o governo federal, Comitê Olímpico,
confederações, patrocinadores e militares”. (Correio Braziliense –
Superesportes – 16/07/15; Folha de S. Paulo – Esportes – 16/07/15; O Estado de
S. Paulo – Esportes – 16/07/15)
Documentos estadunidenses com relação ao regime militar brasileiro foram disponibilizados no site do Arquivo Nacional
De acordo com o
jornal Folha de S. Paulo, foi liberado pelo governo dos Estados Unidos (EUA) um
lote de 538 documentos que abordam a relação do país com o governo brasileiro
durante o regime militar (1964-1985). Os arquivos foram disponibilizados no
site do Arquivo Nacional após a visita da presidenta da República, Dilma
Rousseff, à Washington, nos EUA, em junho de 2015. Entre os documentos
concedidos pela Defense Intelligence Agency (DIA) foram encontrados relatos
sobre o coronel Arthur Moura, funcionário estadunidense que trabalhou com o governo
brasileiro durante o regime militar auxiliando na repressão no país. Segundo o
periódico, também havia documentos que aludiam ao sequestro do embaixador
estadunidense Charles Elbrick e à morte de Carlos Marighella, ambos no ano de
1969. (Folha de S. Paulo – Poder – 15/07/15)
Aeronáutica avaliou nova regra para pousos na aviação civil
De acordo com o
periódico Folha de S. Paulo, a Aeronáutica declarou que a nova regra referente
aos pousos simultâneos, que prevê menor distância entre as aeronaves, segue os
padrões internacionais. Segundo a Folha, o tenente-coronel do Departamento de
Controle do Espaço Aéreo (Decea), Eduardo Miguel Soares, afirmou que “os
controladores foram treinados e participaram de simulações antes de aplicar a
separação menor”. De acordo com o jornal, apesar da reclamação feita por um
controlador de tráfego aéreo, que não quis se identificar, segundo o qual a
medida aumentaria a carga de trabalho da categoria, Soares afirmou que esse
aumento é “perfeitamente gerenciável”. A Aeronáutica declarou que se pretende
empregar a medida nos horários de maior movimento nos aeroportos. (Folha de S.
Paulo - Cotidiano - 12/07/15)
Projetos de lei sobre terrorismo foram criticados por procuradores
De acordo com o
jornal O Estado de S. Paulo, a Associação Nacional de Procuradores da República
criticou, por meio de nota técnica, os projetos de lei sobre a tipificação do
crime de terrorismo. Segundo a nota, as propostas são insuficientes para o
combate ao terrorismo no Brasil e estariam tecnicamente equivocadas. De acordo
com o presidente da associação, José Robalinho Cavalcanti, os projetos
"lamentavelmente não atendem às exigências dos tratados internacionais nem
da nossa Constituição, porque não tipifica o crime de terrorismo". O
jornal informou que, para evitar sanções financeiras internacionais, o Brasil
se comprometeu a aprovar até outubro uma lei sobre o assunto. Segundo o
periódico, o governo federal enviou ao Congresso Nacional, no mês de junho,
dois projetos de lei, com pedido de urgência, para a tipificação de
“organização criminosa” e previsão de punição para atos terroristas ou
contribuição financeira para essa prática criminosa. Para evitar que uma lei
antiterrorismo pudesse enquadrar manifestações e movimentos sociais e
políticos, o governo optou por encaminhar um projeto que modifica uma lei já
existente, que trata sobre organizações criminosas, para incluir a definição de
“organização terrorista”. De acordo com o periódico, o projeto encaminhado pelo
governo deve passar ainda pela Comissão de Segurança Pública, cujo relator é o
deputado Alberto Fraga, autor de outro projeto sobre terrorismo que aborda
também sua prevenção; e pela Comissão de Constituição e Justiça, cujo relator é
o deputado Raul Jungmann, que considera o texto um avanço, porém reconhece a
possibilidade de melhorá-lo. Em nota editorial, O Estado afirmou que a delonga
em aprovar os projetos de lei foi resultado da pressão de movimentos sociais,
que poderiam ter suas ações enquadradas como atos terroristas na nova definição
proposta. O jornal declarou ainda que os projetos de lei, depois de aprovados,
auxiliariam o Brasil a cumprir as resoluções do Conselho de Segurança da
Organização das Nações Unidas (ONU), uma vez que incorporaria na lei a
resolução que permite o bloqueio de “todos os bens, direitos ou valores
encontrados no País em nome da organização terrorista” dentro de 24 horas. Esse
recurso já existe em diversos países, incluindo alguns da América Latina. Por
fim, o periódico afirmou que a definição de atos terroristas proposta por um
dos projetos de lei seria ambígua, já que, apesar de conferir segurança aos
movimentos sociais e sindicais, possibilitaria que organizações terroristas se
afirmassem como tais. (O Estado de S. Paulo – Política – 11/07/15; O Estado de
S. Paulo – Notas e Informações – 13/07/15)
Brasil e Rússia deverão assinar contrato de compra de sistema de defesa antiaérea em 2016
De acordo com o
periódico O Estado de S. Paulo, a compra de três conjuntos do sistema russo de
defesa antiaérea Pantsir S1 foi um dos assuntos tratados entre Brasil e Rússia
no encontro de dirigentes dos BRICS (grupo formado por Brasil, Rússia, Índia,
China e África do Sul) ocorrido em Ufá, na Rússia, entre 08 e 09/07/2015.
Segundo o jornal, as negociações bilaterais entre Brasil e Rússia para a
aquisição do sistema de artilharia tiveram início em 2012 e há previsão de que
um contrato, estimado em 1,3 bilhão de dólares, seja assinado em 2016. Cada
força armada brasileira deverá receber uma bateria do sistema, equipado com
lançadores de mísseis e canhões de controle eletrônico, sendo cada conjunto
composto por seis carretas lançadoras semi-blindadas e veículos de apoio, como
carro de comando-controle, remuniciadores, radar secundário e unidade
meteorológica. Segundo o jornal, o equipamento é considerado muito moderno e
conta com radar de detecção com capacidade de localizar alvos “na cadência de
10 deles por minuto em uma área de 36,5 quilômetros”, com tempo de reação
estimado em 20 segundos. Os disparadores são carregados com 12 unidades do
míssil 57E6 e o sistema conta ainda com canhões de tiro rápido de 30 milímetros
com acessórios capazes de abater aeronaves entre 15 e 20 quilômetros de
distância à uma altura de 15 mil metros. Segundo o periódico, especialistas do
Ministério da Defesa acreditam que o preço final do contrato poderá ser
reduzido. Há previsão de que as entregas iniciais sejam feitas 18 meses após
assinatura do acordo. O periódico informou que alguns dos componentes do
Pantsir S1 poderão ser substituídos por peças feitas no Brasil. “As carretas de
tração integral, por exemplo, seriam trocadas pelo modelo 6×6 da Avibrás
Aeroespacial, da cidade de São José dos Campos, que utiliza os veículos no
conjunto Astros-2, lançador de foguetes livres.” O radar de campo também poderá
ser substituído pelo Saber M200, de 200 quilômetros de raio de ação, produzido
pela BraDar, subsidiária da Embraer Defesa e Segurança, o qual rastreia até 40
objetivos simultaneamente, priorizando a reação pelo grau de ameaça. As
negociações entre Brasil e Rússia poderão envolver ainda a encomenda de duas
baterias do míssil antiaéreo russo Igla, versão S/9K38, leve o suficiente para
ser disparado do ombro de um único soldado. (O Estado de S. Paulo – Política –
11/07/15)
quarta-feira, 15 de julho de 2015
Estados Unidos recebeu informações privilegiadas sobre desaparecidos políticos do regime militar
Segundo o jornal
Folha de S. Paulo, documentos secretos da década de 70 recentemente liberados
para consulta atestaram que o governo dos Estados Unidos (EUA) recebeu
informações privilegiadas sobre o destino de pelo menos três desaparecidos
políticos durante o regime militar brasileiro (1964-1985). Trata-se do
ex-deputado federal Rubens Paiva e dos militantes de esquerda Stuart Edgard
Angel Jones e Virgílio Gomes da Silva. Os documentos integram um acervo de 538
documentos que tiveram seu sigilo desclassificado parcial ou totalmente pelo
governo do presidente estadunidense Barack Obama em decorrência da viagem da
presidenta da República, Dilma Rousseff, aos EUA. Os papéis foram entregues à
Casa Civil e serão liberados para consulta no site do Arquivo Nacional. De
acordo com o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, é "interessante
ver como os órgãos de segurança do Estado americano tinham conhecimento do
aparato repressivo. Impressiona o conhecimento detalhado que tinham desses
crimes". Sob o comando de Mercadante está uma assessoria da Comissão Nacional
da Verdade encarregada de organizar os documentos inéditos. (Folha de S. Paulo
– Poder – 09/07/15)
Militar faleceu durante serviço no Palácio do Jaburu
De acordo com o periódico
Correio Braziliense, o Comando Militar do Planalto abriu um inquérito policial
para investigar as causas do falecimento de um soldado no Palácio do
Jaburu, designado como a residência
oficial do vice-presidente da República e situado na capital federal, Brasília.
Segundo o Correio, o militar de 19 anos não teve sua identidade revelada e
teria sido baleado em serviço no dia 08/07/15. De acordo com Gabinete de
Segurança Institucional (GSI), o integrante do Batalhão da Guarda Presidencial
foi encontrado morto próximo a uma guarita de segurança voltada para a área
externa do Palácio, acerca de 300 metros da entrada principal. Em nota, o órgão
informou prestar apoio à família do militar, no entanto, não revelou se os
disparos que atingiram o soldado foram acidentais. O Exército também lamentou o
falecimento do militar. (Correio Braziliense – Cidades – 09/07/15)
Presidenta da República aprovou lei que torna crime hediondo atentado contra oficiais das Forças Armadas
Segundo o jornal O
Estado de S. Paulo, a presidenta da República, Dilma Rousseff, sancionou a lei,
publicada no Diário Oficial da União no dia 07/07/15, que torna crime hediondo
o assassinato de membros das Forças Armadas, da Força Nacional de Segurança
Pública e do Sistema Prisional, assim como de policiais militares, civis,
federais e rodoviários durante os serviços realizados ou como consequência
deles. Também estão incluídos na lei crimes contra “os cônjuges, companheiros
ou parentes consanguíneos em até terceiro grau” dos policiais e militares. A
sentença varia de 12 a 30 anos de detenção. (O Estado de S. Paulo – Metrópole –
08/07/15)
General do Exército avaliou a criação da Escola Sul-Americana de Defesa
Em coluna opinativa
para o periódico O Estado de S. Paulo, o general do Exército e ex-chefe do
Estado-Maior, Rômulo Bini Pereira, avaliou a criação da Escola Sul-Americana de
Defesa (Esude), órgão integrante da União de Nações Sul-Americanas (Unasul). De
acordo com o general, a Esude, tem o objetivo de ser um centro de estudos para
a “elaboração de políticas de defesa e, também, a capacitação de civis e
militares nos assuntos de defesa e segurança regionais”. Segundo Pereira, no
entanto, o objetivo da Esude não se concretizará devido a diferenças entre as
nações ibero-americanas, provenientes de suas formações territoriais e
identidades, além do receio que alguns países têm de um “imperialismo
brasileiro”. De acordo com o general, informações provenientes de assessores do
Ministério da Defesa alertaram para a redução da frequência de militares
brasileiros enviados a cursos nos Estados Unidos, o que representa “uma medida
incompreensível e preconceituosa” para o general, que observa uma busca por uma
aproximação com a “ideologia bolivariana” para compor a doutrina da Esude.
Outra crítica de Pereira ao órgão foi em relação à formulação de uma
estratégica comum, pois isso “repercutirá nas doutrinas das Forças Armadas
sul-americanas e em sua soberania”. O general afirmou ainda que as Forças
Armadas brasileiras têm um poder de dissuasão e um orçamento limitados, o que
afeta “a sua missão constitucional de defesa territorial e salvaguarda da
soberania nacional”. O motivo desse impasse, de acordo com Pereira, encontra-se
no fato de o Ministério da Defesa preocupar-se mais com a criação da Esude,
ação que considera complexa e ineficiente, do que com a solução dos problemas
citados anteriormente. (O Estado de S. Paulo – Espaço Aberto – 08/07/15)
Brasil e Estados Unidos oficializaram acordos na área de defesa
De acordo com os
periódicos Folha de S. Paulo e O Estado de S. Paulo, durante visita da
presidenta da República, Dilma Rousseff, aos Estados Unidos (EUA), foram
oficializados dois acordos no âmbito da defesa, ambos assinados em 2010, porém
somente ratificados pelo Congresso Nacional em 2015. Em entrevista para O
Estado, a embaixadora dos EUA no Brasil, Liliana Ayalde, afirmou que os acordos
foram aprovados e ratificados “em tempo recorde” a pedido de Rousseff por meio
de seu ministro. Ayalde afirmou que os acordos permitirão “troca de informações
classificadas” entre as Forças Armadas dos dois países. Segundo a Folha, os
acordos beneficiarão ainda a indústria militar de ambos os países ao ampliar a
cooperação em pesquisa e desenvolvimento, além de aumentar as possibilidades de
comercialização de produtos do setor. (Folha de S. Paulo – Opinião – 04/07/15;
O Estado de S. Paulo – Política – 04/07/15)
quarta-feira, 8 de julho de 2015
Ponte com nome de ex-presidente militar será rebatizada em Brasília
De acordo com o
periódico Correio Braziliense, a Câmara Legislativa do Distrito Federal
aprovou, com 14 votos a favor, o Projeto de Lei nº 130, que renomeará a Ponte
Costa e Silva. Segundo o jornal, o monumento era o único na capital federal,
Brasília, que ainda homenageava protagonistas do regime militar (1964-1985). No
lugar do ex-presidente militar, se homenageará o líder estudantil Honestino
Guimarães, importante opositor do regime e desaparecido desde 1974. De acordo
com o professor de história da Universidade de Brasília (UnB) e coordenador da
Comissão Anísio Teixeira Memória e Verdades, José Otávio Nogueira Guimarães, a
mudança será importante para a democracia atual. Segundo o professor, “as
pessoas que passarem por ali vão se perguntar quem foi Honestino, o que
aconteceu com ele, e isso reforça a necessidade de pensar a democracia e de
aperfeiçoar os direitos humanos”. A Ponte Costa e Silva integrará um conjunto
de monumentos rebatizados. De acordo com o jornal, a partir do processo de
redemocratização, iniciado em 1985, Brasília começou a rebatizar os lugares que
relembravam os militares. Contudo, a mudança de nomenclatura deverá ser sancionada
pelo governador, que, segundo a Assessoria de Comunicação da Secretaria de
Relações Institucionais, aguarda o recebimento da redação final do Projeto de
Lei para se posicionar. (Correio Braziliense – Cidades – 02/07/15)
Forças Armadas deixaram o Complexo de Favelas da Maré
Segundo o periódico O
Estado de S. Paulo, no dia 30/06/15, as Forças Armadas deixaram o Complexo de
Favelas da Maré, na cidade do Rio de Janeiro, após 15 meses presentes no local.
O jornal informou que o grupamento de 3 mil militares que se encontravam no
Complexo foi substituído por 400 policiais militares. O secretário de Segurança
Pública do estado do Rio de Janeiro afirmou que a retirada das Forças Armadas
não garante a segurança do local. (O Estado de S. Paulo – Metrópole – 01/07/15)
Força Aérea Brasileira afastou controlador de tráfego aéreo
Segundo os periódicos
Folha de S. Paulo e O Estado de S. Paulo, a Força Aérea Brasileira (FAB)
afastou preventivamente um controlador de tráfego aéreo após risco de colisão,
no dia 28/06/15, entre dois aviões comerciais no estado da Bahia. O jornal
afirmou que a medida é um procedimento padrão e se mantém até que as
investigações sobre o incidente sejam concluídas. O Estado informou que as
aeronaves, uma ATR-72, da companhia aérea Azul e um Boeing 737-600, da companhia
aérea Gol, aproximaram-se a uma distância de 200 pés, o equivalente a 60
metros, sendo a distância mínima determinada pela Aeronáutica de 1000 pés, o
equivalente a 300 metros. (Folha de S. Paulo – Cotidiano – 30/06/15; O Estado
de S. Paulo – Metrópole – 30/06/15)
Acordos na área de Defesa foram assinados entre Brasil e Estados Unidos
Segundo os jornais
Folha de S. Paulo e O Estado de S. Paulo, o presidente dos Estados Unidos
Barack Obama manifestou sua satisfação com relação aos acordos bilaterais
anunciados na área de defesa, de interesse de seu país. Segundo O Estado, a
presidenta da República Dilma Rousseff enviou ao Congresso Nacional, antes da
viagem, os acordos de Cooperação em Defesa e Geral sobre a Segurança de
Informações Militares (GSOMIA, em inglês), assinados no ano de 2010, para serem
ratificados. Os tratados autorizariam “a troca de informações sigilosas, a
cooperação em tecnologia e a ampliação da possibilidade de venda de equipamento
militar”, principalmente no setor aeroespacial. De acordo a Folha, o ministro
da Defesa, Jaques Wagner, e o secretário de Defesa estadunidense, Ashton
Carter, assinaram no dia 29/06/15 dois acordos que objetivam “aumentar a
parceria tecnológica e a troca de informações” entre Brasil e Estados Unidos.
Segundo o jornal, as negociações começaram em 2010, mas aguardavam aprovação do
Congresso brasileiro, o qual vinha sendo pressionado por Wagner para que o
acordo fosse ratificado antes da viagem oficial da presidenta aos Estados
Unidos. Um dos acordos permitirá “treinamentos conjuntos, cursos e estágios de
membros das Forças Armadas” dos dois países, além de facilitar negociações
comerciais referentes a equipamentos e armamentos militares. No encontro também
se acordou um mecanismo que permitirá o intercâmbio de informações entre
comandos militares brasileiros e estadunidenses, o que de acordo com o
Ministério da Defesa contribuirá “para o avanço tecnológico militar
brasileiro”. A Folha afirmou que os acordos “deverão diminuir a disparidade da
balança comercial no setor” entre os países e que o ministro havia apresentado
anteriormente os projetos às Forças Armadas e a empresários de ambos os países
na Câmara Americana de Comércio. (Folha de S. Paulo – Mundo – 30/06/15; Folha
de S. Paulo – Mundo – 01/07/15; Estado de S. Paulo – Política – 01/07/15)
Jogos Desportivos do Exército iniciaram competição
Segundo o periódico
Correio Braziliense, os Jogos Desportivos do Exército (JDE), realizados a cada
dois anos e considerados o maior evento do Exército brasileiro, iniciaram-se no
dia 29/06/15 no Setor Militar Urbano (SMU) do Comando Militar do Planalto
(CMP), em que se inserem o Distrito Federal, o Triângulo Mineiro e os estados
de Goiás e Tocantins. Os 8 Comandos Militares brasileiros disputam entre si
prêmios individuais, por equipe e para o Comando que se classificar em primeiro
lugar geral na competição. Os melhores atletas serão selecionados para
disputarem os Jogos Mundiais Militares que ocorrerão em outubro de 2015 na
Coreia do Sul. O Setor Militar do CMP, localizado na capital federal Brasília,
foi escolhido para sediar o evento devido a sua infraestrutura e à inauguração
de um novo ginásio, onde aconteceram os jogos de basquete, que ficará à
disposição, posteriormente, para partidas entre equipes de fora do Exército. De
acordo com o jornal, há, além dos 500 esportistas participantes, 500 militares
responsáveis pela organização e execução do evento, que terá seu encerramento
no dia 06/07/15. (Correio Braziliense – Superesportes – 29/06/15)
Colunistas comentaram a visita da presidente da República Dilma Rousseff aos Estados Unidos
Em coluna opinativa
para o jornal O Estado de S. Paulo, o presidente do Centro Brasileiro de
Relações Internacionais, Luiz Augusto de Castro Neves, comentou a visita da
presidenta da República Dilma Rousseff aos Estados Unidos. De acordo com Neves,
a viagem, originalmente agendada para outubro de 2013, e adiada em função das
revelações sobre a espionagem estadunidense, representou, segundo o Ministério
de Relações Exteriores, “a retomada do diálogo político bilateral no mais alto
nível”. Em passagem por Washington, Rousseff encontrou-se com o presidente
estadunidense para tratar, dentre outros temas, a retomada da cooperação em
matéria de Defesa. Neves lembrou que o acordo anterior entre os países sobre
cooperação militar foi denunciado pelo general Ernesto Geisel, na década de
1970, como represália à divulgação de um relatório sobre violações de Direitos
Humanos no Brasil. Segundo o colunista, há convergência de interesses entre os
países, que se beneficiarão da cooperação em diversos setores. O periódico
Folha de S. Paulo, no dia 28/06/15, relembrou a visita do general Emílio
Garrastazu Médici, presidente durante o regime militar brasileiro (1964-1985),
aos Estados Unidos, em 1971. Segundo o periódico, no mesmo ano Rousseff foi
presa pela Operação Bandeirante (Oban). De acordo com a Folha, assim como
Medici, a presidenta hospedou-se no anexo da Casa Branca, Blair House. (Folha
de S. Paulo – Mundo – 28/06/15; O Estado de S. Paulo – Espaço Aberto –
27/06/15)
Cabo Anselmo publicou um livro contando sua versão sobre o que ocorreu durante o regime militar
Segundo o jornal
Folha de S. Paulo, chegou às livrarias do país o livro “Minha Verdade”, de
autoria de José Anselmo dos Santos, conhecido por Cabo Anselmo. Na obra, Santos
relatou a respeito da sua participação na militância de esquerda contra o
regime militar (1964-1985) e sua posterior mudança de lado. Segundo o jornal,
Anselmo foi responsável por delatar ao menos 11 ex-colegas de militância,
incluindo sua então namorada, morta pelos militares. (Folha de S. Paulo –
Ilustrada – 27/06/15)
quinta-feira, 2 de julho de 2015
Ministro das Relações Exteriores analisa os 70 anos da ONU e a atuação do Brasil
Em coluna de opinião
no jornal O Estado de S. Paulo, o ministro das Relações Exteriores, Mauro
Vieira, analisou os 70 anos da Organização das Nações Unidas (ONU) e a busca
pela paz. Segundo Vieira, a ONU foi fundada em meio aos escombros do maior
conflito da História – a Segunda Guerra Mundial – e foi concebida para
trabalhar em favor dos mais elevados ideais da comunidade internacional: a paz,
o respeito aos direitos humanos, o progresso e o bem-estar da humanidade. De
acordo com o ministro, o Brasil foi um dos 51 membros fundadores da ONU e sua
atuação sempre foi relacionada à busca de dois objetivos: a preservação da paz
e a promoção do desenvolvimento. Ele citou o discurso da presidenta da
República, Dilma Rousseff, na abertura da Assembleia-Geral da ONU, quando
assinalou que o país defende que “as políticas de desenvolvimento sejam, cada
vez mais, associadas às estratégias do Conselho de Segurança na busca por uma
paz sustentável”. Vieira relatou que o Brasil tem contribuído com a promoção
concreta da paz, pois nas dez vezes em que o país ocupou o assento não
permanente no Conselho de Segurança, trabalhou favorável à “solução pacífica
das controvérsias e da superação das causas profundas dos conflitos”, a exemplo
da exclusão política, social e econômica. O ministro recordou que, desde a
fundação da ONU, foram realizadas 69 operações de manutenção da paz, e dessas,
o Brasil participou de 40. Além disso, oficiais do Exército brasileiro exercem
hoje o comando militar das missões no Haiti (Minustah) e na República
Democrática do Congo (Monusco) e o comando naval da missão no Líbano (Unifil).
De acordo com Vieira, o Brasil se compromete a seguir atuando para fortalecer a
ONU e melhor prepará-la para enfrentar os desafios globais. Para ele, a
comunidade internacional não tem alternativa ao reforço do multilateralismo,
pois é por meio dele que os Estados poderão buscar soluções para os problemas
comuns. (O Estado de S. Paulo – Espaço Aberto – 26/06/15)
Brasileiro palestino preso pede ajuda ao governo do Brasil para ser repatriado
De acordo com o
periódico Correio Braziliense, Islam Hasan Jamil Hamed, filho de uma brasileira
e de um palestino, passou toda sua vida no Oriente Médio, mas quer voltar para
o Brasil. Ele está preso desde 2010 na Cisjordânia pela participação em ações
do movimento islâmico Hamas contra Israel. Hamed deveria ter sido solto em
2013, quando sua pena expirou, mas o governo da Palestina o impediu de sair sob
a alegação de que ele corre risco de vida. Hamed, sua mulher e seu filho lutam
para serem repatriados. Aline Becker, prima de Hamed, esteve duas vezes na
Câmara dos Deputados na semana do dia 22/06/15 e também procurou o Itamaraty e
os embaixadores da Palestina, Ibrahim Al-Zaben, e de Israel, Reda Mansour, mas
este não foi ao encontro. De acordo com o jornal, as comissões de Direitos
Humanos e de Relações Exteriores da Câmara prometeram pressionar o governo
federal por uma ação efetiva. A comunidade palestina e o Coletivo Frente de
Solidariedade à Palestina do Distrito Federal se uniram aos familiares de Hamed
para pressionar o governo federal a se posicionar sobre o caso. Luiz Fernando
Yang, integrante do Coletivo, protestou relatando que o caso é relevante, pois
se trata de um brasileiro que está em uma prisão palestina sendo torturado, há
73 dias em greve de fome. Integrante da Comissão de Direitos Humanos da Câmara,
o deputado Paulo Pimenta (Partido dos Trabalhadores) tenta junto a outros
parlamentares e ao Itamaraty “criar as condições para ele (Islam) conseguir um
salvo-conduto e chegar à fronteira”. De acordo com o Correio, em nota, o
Ministério de Relações Exteriores confirmou que Hamed permanece detido, sem
base legal, pela Autoridade Palestina e que o governo palestino só o liberará
se o Brasil emitir documento assumindo a responsabilidade pela segurança do
mesmo. (Correio Braziliense – Mundo – 26/06/15)
Cooperação no âmbito de defesa entre Brasil e Estados Unidos
De acordo com o
jornal O Estado de S. Paulo, a visita da presidenta da República, Dilma
Rousseff, aos Estados Unidos poderá simbolizar uma nova postura em relação à
cooperação na área de defesa entre os dois países, com aumento na troca de
informações sigilosas, expansão de exercícios militares, aproximação das Forças
Armadas e ampliação das possibilidades de compra e venda de equipamentos no
setor. Como antecipação para o encontro de Rousseff com o presidente
estadunidense, Barack Obama, o governo brasileiro enviou ao Congresso Nacional
dois acordos que haviam sido assinados com os Estados Unidos em 2010, porém
nunca implementados. Entre eles está o novo Acordo de Cooperação em Defesa
(ACD) que regerá a cooperação entre as duas Forças. Os dois países estão sem um
ACD desde 1978, quando o tratado existente foi denunciado pelo Brasil devido às
tentativas dos Estados Unidos para bloquear a transferência de tecnologia
nuclear da Alemanha para o país. O outro é o Acordo Geral de Segurança de
Informação Militar (GSOMIA, em inglês), que estabelece regras para a proteção
de dados sigilosos e proíbe o seu compartilhamento com países terceiros, uma
precondição estadunidense para o fornecimento de informações militares
secretas. Segundo o jornal, a ratificação dos tratados deverá ter impacto
positivo para a indústria de defesa de ambos os países, visto que poderá
ampliar a possibilidade de comercialização de produtos e a cooperação em
pesquisa e desenvolvimento. O Estado também informou que o ministro da Defesa,
Jaques Wagner, deverá se reunir com empresas brasileiras e estadunidenses do
setor e, posteriormente, com o secretário de Defesa estadunidense, Ashton
Carter. O encontro de Wagner com o setor privado deverá ter representantes do
Departamento de Defesa da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo
(Fiesp) e da Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e
Segurança (Abimde). Um dos principais interessados no incremento da cooperação
militar é a Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer), que fechou contrato de
US$ 428 milhões com o Departamento de Defesa dos Estados Unidos para venda de
20 aeronaves Super Tucano que deverão ser usadas no Afeganistão. (Folha de S.
Paulo – Mundo – 26/06/15; O Estado de S. Paulo – Política – 25/06/15; O Estado
de S. Paulo – Política – 26/06/15)
Ministério Público Federal denunciou assassinato de metalúrgico durante o regime militar
Segundo os jornais
Folha de S. Paulo e O Estado de S. Paulo, o Ministério Público Federal
denunciou à Justiça sete ex-agentes e ex-funcionários do Destacamento de
Operações de Informações do Exército (DOI) pelo assassinato do metalúrgico
Manoel Fiel Filho em 1976. Na época, Fiel Filho era vinculado ao Partido
Comunista Brasileiro (PCB) e foi detido e torturado nas dependências da polícia
política do regime militar (1964-1985), meses após o jornalista Vladimir Herzog
ter sido assassinado no mesmo local. Um dia após o crime, órgãos de segurança
emitiram uma nota oficial afirmando que Fiel Filho havia se enforcado em sua
cela usando as próprias meias. O procurador da República e autor da denúncia,
Andrey Borges de Mendonça, solicitou que o militar reformado Audir Santos
Maciel, à época chefe do DOI, o tenente Tamotu Nakao e o delegado Edevarde
José, que teriam comandado as sessões de tortura, sejam condenados por
homicídio triplamente qualificado – com motivo torpe, utilização de tortura e impossibilidade
de defesa. A mesma pena foi solicitada para os carcereiros Alfredo Umeda e
Antonio José Nocete, que teriam conduzido Fiel Filho entre a cela e a sala de
interrogatório. Por fim, os médicos legistas Ernesto Eleutério e José Antônio
de Mello, que teriam elaborado laudos forjados, foram denunciados por falsidade
ideológica. De acordo com o procurador, todos os citados foram chamados pelas
Comissões da Verdade Nacional e Paulista para se pronunciarem. “Em geral eles
têm uma postura de negação”, afirmou Mendonça. O Ministério Público Federal
pediu ainda que, em caso de condenação, os envolvidos percam seus cargos
públicos, com o cancelamento de eventual aposentadoria ou qualquer provento de
reforma remunerada de que disponham. Segundo O Estado, a denúncia foi
encaminhada à 1ª Vara Criminal de São Paulo, que deverá decidir se instaurará o
processo. (Folha de S. Paulo – Poder – 25/06/15; O Estado de S. Paulo –
Política – 25/06/15)
Forças Armadas pretendem ocupar quatro favelas para garantir segurança nas Olimpíadas de 2016
De acordo com o
periódico Folha de S. Paulo, as Forças Armadas pretendem ocupar quatro favelas
da cidade do Rio de Janeiro, como parte do esquema de segurança das Olimpíadas
de 2016. Desde o mês de maio, militares da inteligência do Exército e da
Marinha realizaram levantamentos fotográficos das comunidades e consultaram
policiais acerca da criminalidade. As localizações de preocupação dos militares
são os morros do Chapadão, Pedreira, Lagartixa e Quitungo, todos próximos do
Complexo Esportivo de Deodoro, no qual deverão ocorrer competições de 11
modalidades olímpicas e quatro paraolímpicas. A preocupação também ocorre
porque as instalações olímpicas localizam-se em uma área militar. Segundo o
periódico, entre oficiais do Comando Militar do Leste, há o entendimento de que
qualquer ato de violência na região atinge primeiro os militares e,
posteriormente, a imagem dos Jogos. No entanto, de acordo com a Folha, alguns
militares gostariam de evitar a ocupação e entendem que a prática se desgastou
com a ação no Complexo da Maré, no qual as Forças Armadas estão desde abril de
2014. (Folha de S. Paulo – Esportes – 25/06/15)
Presidente do Senado solicitou aeronave da Força Aérea Brasileira
Segundo o periódico O
Estado de S. Paulo, o presidente do Senado, Renan Calheiros, confirmou, no dia
23/06/15, que solicitou aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB), com o
objetivo de levar uma nova comitiva de parlamentares brasileiros para a
Venezuela. De acordo com o jornal, no dia 18/06/15, a comitiva liderada pelos
senadores Aécio Neves e Aloysio Nunes havia tentado desembarcar no país com o
objetivo de falar com opositores do governo venezuelano, mas foi impedida de
sair do aeroporto. (O Estado de S. Paulo – Política – 24/06/15)
Procuradoria-Geral da República abriu ação contra militar brasileiro acusado de cometer crimes contra a humanidade durante o regime militar argentino
Segundo o periódico O
Estado de S. Paulo, a Procuradoria-Geral da República abriu uma ação contra o
tenente-coronel Antônio Arrechea Andrade, que é procurado, desde 2012, pela
Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol) por “violação de domicílio,
privação ilegítima de liberdade, tortura e homicídio”, crimes que infringem os
direitos humanos, cometidos durante o regime militar argentino (1966-1983). A
Procuradoria-Geral solicitou ao Ministério Público Fiscal da Argentina as
provas necessárias para abrir o processo contra o militar, que deverá ser
julgado no Brasil. Tal decisão respaldou-se no artigo 7º do Código Penal, o
qual afirma que “delitos dessa natureza ficam sujeitos à lei brasileira, embora
cometidos no estrangeiro”. De acordo com o periódico, “é a primeira vez que a
Procuradoria-Geral da República abre uma ação, no Brasil, por crime de
lesa-humanidade cometido durante a ditadura de um outro país”. A intenção
inicial da Argentina era a extradição do militar, entretanto, esta foi negada pelo
governo brasileiro, pois, como afirmou o ministro do Supremo Tribunal Federal e
relator do processo, Gilmar Mendes, apesar de ter cidadania argentina e ter
praticado os crimes pelos quais foi acusado fora do território nacional, o
tenente-coronel nasceu no Brasil. Segundo o periódico, essa informação, no
entanto, não foi confirmada pelo Ministério da Justiça. A ação, determinada por
procuradores brasileiros e argentinos, compõe a operação conjunta para
averiguar e condenar crimes de repressão política, habitual em ambos os países
nas décadas de 1970 e 1980 devido aos regimes em vigência na região. (O Estado
de S. Paulo – Política – 22/06/15)
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