De
acordo com os jornais Folha de S. Paulo e O Estado de S. Paulo, a Marinha
lançou, no dia 23/07/14, uma licitação internacional para a reconstrução da
Estação Comandante Ferraz, base brasileira na Antártida, que pegou fogo em
fevereiro de 2012. Segundo O Estado, após o incêndio foi realizada uma operação
de desmonte da estrutura, sendo retiradas 9,5 toneladas de partes metálicas.
Após a operação, foi estabelecido um módulo emergencial, ocupado por 15
militares, para resguardar o território brasileiro, uma vez que a desocupação
implicaria na perda do direito de exploração e pesquisa no local. A atual
licitação envolverá um consórcio entre empresas brasileiras e estrangeiras e a
estrutura terá como valor previsto cerca de R$ 245 milhões. De acordo com o
jornal, ao final de 2012 o governo lançou uma licitação nacional, estimada em
R$ 147,4 milhões, que não obteve sucesso devido à falta de interesse. As
principais diferenças entre a atual licitação e a anterior seriam a realização
de um estudo do terreno, já concluído, e a instalação de um novo modelo de
geração de energia que trabalhará com geração eólica, solar e diesel. Segundo o
contra-almirante Marcos Silva Rodrigues, secretário da Comissão
Interministerial para os Recursos do Mar, que reúne 17 ministérios e o comando
da Marinha, empresas chinesas, sul-coreanas e chilenas já manifestaram
interesse na obra. Rodrigues destacou que “o objetivo do programa antártico
brasileiro é a presença do governo brasileiro e a permanência do Brasil como
membro do Conselho Antártico”. (Folha de S. Paulo – Cotidiano – 22/07/14; O
Estado de S. Paulo – Metrópole – 22/07/14)
terça-feira, 29 de julho de 2014
Estrutura de segurança da Copa do Mundo será mantida para segurança nas fronteiras do país e suas divisas estaduais
De
acordo com o periódico O Estado de S. Paulo, o ministro da Justiça, José
Eduardo Cardozo, afirmou que as estruturas criadas para integrar a comunicação
da segurança pública nas 12 cidades-sedes da Copa do Mundo de 2014, auxiliarão
a vigilância das fronteiras do Brasil e suas divisas estaduais com o termino do
evento. Essas estruturas são chamadas de centros de monitoramento e controle.
Oito estados brasileiros possuem fronteiras, mas apenas Rio Grande do Sul,
Paraná, Mato Grosso e Amazonas têm um centro integrado de controle. Segundo
Cardozo, será desenvolvido um plano de uso dos centros de controle no
monitoramento das fronteiras, em parceria com as Forças Armadas, visando à
unificação dos serviços de inteligência e integração de operação, o que garantirá
“planejamento, integração da inteligência e integração de operação e apontará
para que os outros Estados que ainda não têm centros de controle também passem
a ter, em parceria com o governo federal”. O ministro afirmou que existem,
atualmente, um centro de comando nacional, em Brasília e outro no Rio de
Janeiro, um centro da Polícia Federal e outros de comando do Ministério da
Defesa, além dos 12 centros de comando integrado, nas cidades sede dos jogos.
(O Estado de S. Paulo – Metrópole – 19/07/14)
Comissão Nacional da Verdade iniciou a oitiva de cerca de 40 militares a respeito das violações de direitos humanas ocorridas durante o regime militar
Correio Braziliense. Dallari: "Há muita resistência por parte dos oficiais da reserva". Correio Braziliense, Brasília. 19 jul 2014.
terça-feira, 22 de julho de 2014
Brasil negocia compra de sistema de defesa antiaérea russo
Breno Fortes/CB/D.A Press. Vladimir Putin e Dilma Rousseff, cercados por intérpretes, em almoço no Palácio do Itamaraty: avanço para a compra de sistema antiaéreo russo e o fornecimento de foguetes e peças. Correio Braziliense, Brasília, 15 jul. 2014.
Embraer e Saab firmam parceria para execução do programa FX-2
Segundo
o periódico O Estado de S. Paulo, a Empresa Brasileira de Aeronáutica S/A
(Embraer) e a empresa sueca Saab AB atuarão em conjunto no programa brasileiro
FX-2, que prevê o fornecimento de 36 caças Gripen NG para a renovação da frota
de combate da Força Aérea Brasileira (FAB). O acordo foi anunciado no dia
11/07/14 e faz referência ao estabelecimento de uma parceria entre as empresas,
além de ressaltar que “a Embraer exercerá um papel de liderança na condução
geral do trabalho de produção e entrega das versões monoposto e biposto do
caça”, com um e dois lugares respectivamente. De acordo com O Estado, a empresa
brasileira será responsável por coordenar todas as atividades de
desenvolvimento e produção no Brasil, em nome da Saab. O periódico afirmou que
a cooperação entre as duas empresas é abrangente e representará o
aperfeiçoamento de sistemas, integração, testes em voo, montagem final e
entregas. Segundo O Estado, a parte mais sensível do projeto refere-se a uma
nova aeronave, na versão com dois lugares do Gripen NG, que objetiva superar os
limites do anterior como aeronave de treinamento e seja absolutamente
operacional, o que representa uma tendência na indústria mundial do setor.
Outro projeto previsto no acordo é o estabelecimento de uma equipe para a
criação de um modelo bilateral com objetivo comercial. O Estado lembrou que há
30 anos a Embraer realizou uma parceria semelhante, na qual pretendia colocar
no mercado um bombardeiro leve ítalo-brasileiro. Na conjuntura, o consórcio não
foi bem sucedido e apenas Brasil e Itália adquiriram o jato. Entretanto, o
periódico afirmou que a nova situação é diferente. O diretor executivo da
Embraer, Jackson Shneider, afirmou que as empresas “irão trabalhar para
entregar soluções competitivas à FAB e aos clientes do Gripen”. O Estado
relatou que o lote inicial do projeto ficará pronto em 2018 e que o
processamento industrial do caça ocorrerá na fábrica da Embraer no município de
Gavião Peixoto, em São Paulo. (O Estado de S. Paulo – Economia – 12/07/14)
Segurança foi reforçada na final da Copa do Mundo
Segundo
os periódicos Folha de S. Paulo e O Estado de S. Paulo, durante a final da Copa do Mundo de 2014, na cidade do Rio de
Janeiro, foi utilizado o maior contingente de segurança em um evento no país,
totalizando 26 mil policiais e militares. De acordo com a Folha, as maiores
preocupações com a segurança referiam-se à presença de autoridades, como a
presidenta da República, Dilma Rousseff, e outros oito chefes de Estado; e
também com torcedores violentos. Enquanto na abertura do evento, em 12/06/14,
foram disponibilizados 4500 militares para cuidar da segurança das autoridades,
no encerramento, ocorrido no dia 13/07/14, o número aumentou para 9500. A Folha
afirmou que as manifestações e protestos previstos para o dia do jogo da final
não eram motivo de grande preocupação, tendo em vista a baixa adesão em atos
recentes. Segundo O Estado, o Ministério da Defesa desistiu do plano de
posicionar mísseis em prédios residenciais no entorno do estádio do Maracanã,
onde foi realizada a final, mas afirmou que, segundo um representante do
Ministério, os militares posicionaram-se em locais estratégicos, como a Linha
Vermelha. De acordo com o jornal Correio
Braziliense, o ministro da Defesa, Celso Amorim, ressaltou a integração –nos
níveis federal, estadual e municipal– das forças de defesa e segurança como legado
do evento. (Correio Braziliense – Política – 15/07/14; Folha de S. Paulo –
Esporte – 12/07/14; O Estado de S. Paulo – Metrópole – 12/07/14)
Historiadora homenageará Vladimir Herzog com obra sobre sua vida
De
acordo com o jornal Folha de S. Paulo, a historiadora Marcia Camargos
homenageará o jornalista Vladimir Herzog em razão dos 40 anos de sua morte,
ocorrida em 25/09/1975, com a publicação do livro “Um Menino Chamado Vlado”. A
obra se utilizará de ficção e realidade para recontar a infância, juventude e
atuação política de Herzog durante o regime militar (1964-1985). (Folha de S.
Paulo – Ilustrada – 12/07/14)
terça-feira, 15 de julho de 2014
Site relacionou Marin ao governo militar
De
acordo com o periódico Folha de S. Paulo, o site da campanha para a reeleição da atual presidenta da República,
Dilma Rousseff, criticou a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), alegando
que nela “impera (...) um sistema que em nada lembra uma instituição
democrática e transparente", e recordou a atuação do presidente da
instituição, José Maria Marin, no regime militar (1964-1985). (Folha de S.
Paulo – Poder – 11/07/14)
Governo reforça segurança após a derrota do Brasil na Copa do Mundo
Segundo
os jornais Folha de S. Paulo e O Estado de S. Paulo, após a derrota do Brasil
para a Alemanha nos jogos da semifinais da Copa do Mundo, o governo reforçou o
controle na área de segurança. A presidenta da República, Dilma Rousseff, expôs
sua preocupação ao ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República,
Gilberto Carvalho, e ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e determinou
a manutenção do reforço na segurança, principalmente, na cidade do Rio de
Janeiro. Por isso, as Forças Armadas permaneceram de prontidão durante os jogos
finais da Copa do Mundo. (Folha de S. Paulo – Esporte – 09/07/14; O Estado de
S. Paulo – Metrópole – 09/07/14)
Monumento em homenagem aos mortos e desaparecidos do regime militar será construído na cidade de São Paulo
Segundo
o periódico Folha de S. Paulo, um monumento em homenagem aos mortos e
desaparecidos políticos do regime militar (1964-1985) será construído no parque
do Ibirapuera, na cidade de São Paulo. O projeto desenhado pelo arquiteto e
artista plástico Ricardo Ohtake, prevê a instalação de chapas brancas e
uniformes de aço com o nome dos mortos e desaparecidos políticos durante o regime, como forma “de dar
transparência, de prestar contas e registrar a história e as tentativas de
identificação [dos mortos] em cada local". A intenção era de que o
monumento estivesse pronto em março, mês em que o regime militar completou 50
anos mas, como o parque é tombado pelo patrimônio histórico, precisou-se
de um parecer dos conselhos que deliberam sobre as modificações no local, fazendo com
que sua construção fosse aprovada
somente em 30/06/14. A inauguração do monumento, discutida pela Comissão
Municipal da Verdade da cidade de São Paulo desde 2013, está programada para
dezembro de 2014. A obra ficará entre o Obelisco (mausoléu dos mortos da
Revolução Constitucionalista de 1932) e o Monumento às Bandeiras. (Folha de S.
Paulo – Poder – 09/07/14)
terça-feira, 8 de julho de 2014
Comissão Nacional da Verdade manifestou-se sobre os relatórios das Forças Armadas que tratam de abusos no regime militar
Segundo
o periódico O Estado de S. Paulo, a Comissão Nacional da Verdade (CNV) afirmou
que a conclusão dos relatórios das Forças Armadas sobre a ocorrência de abusos
em sete instalações militares durante o regime militar (1964-1985) é
“deplorável”. Os relatórios, solicitados pela CNV, negaram ter tido torturas e
outras violações de direitos humanos nessas instalações e declararam que os
“presos tinham boas condições para o cumprimento das penas que lhes foram
imputadas”. O colegiado, em nota, afirmou que está elaborando um pedido de
esclarecimentos sobre o resultado das sindicâncias “diante da completa
incorreção dessa conclusão”, e o enviará ao Ministério da Defesa nos próximos
dias. A CNV lembrou ainda que, ao pedir os relatórios, enviou informações
detalhadas sobre fatos que o próprio Estado brasileiro já reconheceu e assumiu
a responsabilidade por “condutas criminosas de militares e policiais” ocorridos
durante o regime, ocorrendo até mesmo o pagamento de indenizações por conta de
atos “agora surpreendentemente negados”. (O Estado de S. Paulo – Política –
03/07/14)
Habeas Corpus encerra processo contra acusados pelo atentado do Riocentro
Conforme
publicado nos jornais Folha de S. Paulo e O Estado de S. Paulo, no dia
02/07/14, o Tribunal Regional Federal da 2.ª Região (TRF-2), na cidade do Rio
de Janeiro, concedeu habeas corpus trancando a ação penal contra os seis
agentes do regime militar (1964-1985) acusados de participarem do atentado do
Riocentro, no dia 30/04/1981, no Rio de Janeiro. Na prática, a decisão encerra
o processo que tramitava na 6.ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro antes
de seu julgamento. Segundo os periódicos, os generais reformados Newton Cruz,
Nilton Cerqueira e Edson Sá Rocha, o coronel reformado Wilson Machado, o major
reformado Divany Carvalho Barros e o ex-delegado Claudio Guerra haviam sido
acusados pelo Ministério Público Federal por tentativa de homicídio doloso,
associação em organização criminosa, favorecimento pessoal, transporte de
explosivos e fraude processual. O habeas corpus foi impetrado por Rodrigo
Henrique Roca Pires, advogado de quatro dos réus. Os desembargadores, da 1.ª
Turma Especializada do TRF-2, Ivan Athié e Abel Gomes votaram pelo trancamento
do processo, enquanto Paulo Espírito Santo votou contra a decisão. Pires alegou
que o julgamento não compete à Justiça Federal, mas sim à Justiça Militar –
onde o processo já foi arquivado –, que os réus foram amparados pela Lei da
Anistia (1979) e que o crime prescreveu. Segundo O Estado, Athié, que era
relator do habeas corpus, acatou as alegações, enquanto que Gomes discordou da
aplicação da Lei da Anistia, pois sua abrangência beneficia somente a quem
praticou crimes políticos entre 02/09/1961 e 15/08/1979 e o atentado ocorreu em
1981. Apesar disso, Gomes concordou que o crime prescreveu, portanto votou a
favor do habeas corpus e recusou o argumento de que o atentado era considerado
crime contra a humanidade e, por isso, não prescreveria. Já o desembargador
Santo votou contra o habeas corpus por considerar que o crime não tinha amparo
da Lei da Anistia e sua prescrição não se aplicava. Segundo a Folha, o
procurador regional da República, Rogério Nascimento, declarou durante sua
sustentação oral que "nesse caso, temos a oportunidade de dizer se a
sociedade brasileira tolera ou não genocídios, massacres e outros crimes contra
a humanidade". De acordo com Pires, seus clientes comemoraram a decisão e
a consideram importante não apenas para esse caso, mas para interpretar outros
semelhantes, como os de Rubens Paiva, de Zuzu Angel e de Stuart Edgar Angel
Jones. Além disso, o advogado afirmou que seu objetivo era evitar que o
processo chegasse a ser julgado "para evitar um desgaste" às famílias
dos acusados. Segundo O Estado, Nascimento declarou que recorrerá da decisão, o
que levará a discussão para o Superior Tribunal de Justiça e para o Supremo
Tribunal Federal. (Folha de S. Paulo – Poder – 03/07/14; O Estado de S. Paulo –
Política – 03/07/14)
Documentos enviados pelos Estados Unidos da América não trouxeram revelações sobre o regime militar
De
acordo com os jornais Folha de S. Paulo e O Estado de S. Paulo, o primeiro lote
de documentos entregues pelo vice-presidente dos Estados Unidos da América
(EUA), Joe Biden, em visita ao Brasil no mês de junho, sobre o regime militar
brasileiro (1964-1985) não trouxe revelações sobre o período. Segundo Biden, o
“projeto especial” – a desclassificação dos documentos – visava “jogar luz” aos
fatos ocorridos no país durante o regime militar. O vice-presidente
estadunidense entregou 43 relatórios ao Ministério das Relações Exteriores
(MRE) que foram repassados à Comissão Nacional da Verdade (CNV). De acordo com
o colegiado, 25 dos documentos já estavam na internet desde 2009 e os 18
restantes foram desclassificados em maio de 2014, datando do período entre 1967
e 1974. Segundo os periódicos, a maioria dos documentos foram elaborados por
diplomatas estadunidenses que serviam no Brasil à época, sendo enviados ao
Departamento de Estado, na capital Washington, nos EUA. Em um aerograma do
Consulado-Geral dos EUA na cidade do Rio de Janeiro, o então cônsul Clarence
Boonstra relatou o aumento repentino de prisões de pessoas acusadas de subversão
e que os presos estavam sendo levados a unidades militares. Além disso, o
relato menciona que os agente brasileiros estavam usando novos método de
“extração de informações”, como choques elétricos e pau de arara. Tais
informações contradizem a versão das Forças Armadas brasileiras de que não
houve torturas ou abusos nas instalações militares durante o período. O
documento, porém, teve os nomes dos responsáveis por tais atos apagados. De
acordo com O Estado, a embaixada estadunidense, apesar de ter ciência do que
acontecia nessas instalações militares em detalhes, recomendou, no documento,
“cautela” quando tratar do assunto com o governo brasileiro. Segundo a Folha,
espera-se que o governo estadunidense enviem outros lotes de documentos. O
coordenador da CNV, Pedro Dallari, afirmou que “os documentos de um país
estrangeiro atestam a ocorrência de tortura, coisa que as Forças Armadas, ainda
hoje, têm dificuldade de reconhecer”. (Folha de S. Paulo – Poder – 03/07/14; O
Estado de S. Paulo – Política – 03/07/14)
Exército atuou em aparato de segurança para visita da presidenta da República ao Rio de Janeiro
De
acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, um forte aparato de segurança,
composto pelo Exército e pela Polícia Militar, foi montado para a visita da
presidenta da República Dilma Rousseff à cidade de Saquarema, no Rio de
Janeiro, onde inaugurou o Hospital Estadual dos Lagos. (O Estado de S. Paulo –
Política – 01/07/14)
Polícia Civil concluiu o inquérito sobre a morte do coronel Malhães
De
acordo com o jornal Folha de S. Paulo, no dia 30/06/14, a Polícia Civil do Rio
de Janeiro concluiu o inquérito sobre a morte do coronel reformado do Exército
Paulo Malhães. Conforme o documento, a morte do militar não foi premeditada e
não teve relação com sua atuação como torturador durante o regime militar
(1964-1985). De acordo com o jornal o caseiro do sítio de Malhães, Rogério
Teles, e seus irmãos Rodrigo Teles e Anderson Pires Teles, acusados de ter
invadido a propriedade do coronel reformado, estão presos. No mesmo dia em que
o inquérito foi concluído, a Polícia Civil prendeu Maicon José Candido e Alex
Sandro de Lima, cunhados dos irmãos Pires, por envolvimento com o crime.
Segundo o delegado Pedro Medina, o caso foi tipificado como latrocínio, pois o
grupo pretendia revender as armas que Malhães guardava em sua residência.
(Folha de S. Paulo – Poder – 01/07/14)
terça-feira, 1 de julho de 2014
Iraque pretende modernizar armamento brasileiro adquirido por Saddam Hussein
De acordo com o periódico O Estado e S.
Paulo, o Exército iraquiano pretende modernizar os blindados Cascavel e
lançadores de foguetes Astros II adquiridos entre os anos de 1970 e 1990 pelo
então presidente do Iraque Saddam Hussein através das empresas brasileiras
Engesa, já extinta, e Avibras Aeroespacial. Apesar de documentos da antiga
Carteira de Comércio Exterior revelarem que foram exportadas para o Iraque 363
unidades do blindado Cascavel, um inventário estadunidense destacou que restam
apenas 35 no país e somente alguns desses estão em condições de uso. A
modernização dos blindados será feita pelo mesmo consórcio dos Estado Unidos
que revitalizou o veículo para a Colômbia. Segundo o Estado, a modernização dos
lançadores múltiplos de foguetes de saturação Astro II depende da conservação
do material e portanto será um trabalho mais complexo. (O Estado de S. Paulo –
Internacional – 23/06/14)
Forças Armadas e a segurança durante a Copa do Mundo de Futebol
De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo,
as Forças Armadas devem apoiar a segurança no último jogo da Copa do Mundo, que
ocorrerá no estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro, em 13/07/14, mas não devem
controlar ingressos e fazer revistas. O Estado afirmou que o anúncio veio
depois de duas invasões ao estádio do Maracanã, durante outros jogos mundial.
Segundo o periódico, os resultados do campeonato até o momento tornaram
possível uma final entre países Sul-Americanos, o que pode gerar um aumento no
número de torcedores no dia do jogo. De acordo com o Estado, o Exército não
será responsável pela segurança no estádio no dia da final, mas irá acompanhar
os chefes de Estado que se encontrarem no local, além de se posicionarem em
locais estratégicos. O plano é de que exista um reforço de prontidão na cidade
do Rio de Janeiro. O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, afirmou que “As
Forças Armadas têm função muito clara na legislação brasileira, permanecem na
função que estão exercendo, no ponto de vista meramente preventivo”. Ainda
segundo O Estado, a partida de futebol entre Argentina e Nigéria, ocorrida em
25/06/14, foi classificada por autoridades como evento de “alerta máximo” em
questão de risco para a segurança pública. Segundo o jornal, o Ministério da
Justiça estimou que 120 mil argentinos cruzaram a fronteira do país no estado
do Rio Grande do Sul por vias terrestres e aéreas. Para garantir a ordem, as
Polícias Militar, Civil e Rodoviária Federal e o Exército foram envolvidos em um
esquema de segurança, cuja principal preocupação era torcedores sem ingressos,
transtornos causados pelo grande número de turistas e a presença de torcedores
violentos. (O Estado de S. Paulo – Esportes – 21/06/14; O Estado de S. Paulo –
Copa 2014 – 24/06/14)
Autobiografia José Serra narra episódios do regime militar
De acordo com o periódico Folha de S. Paulo, o
ex-governador do estado de São Paulo, José Serra, lançou sua autobiografia,
“Cinquenta Anos Esta Noite”, referente ao período do regime militar
(1964-1985). Ao relatar episódios ocorridos entre 1963 e 1977, Serra recordou
que, enquanto presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), convocou a
população brasileira a formar uma resistência à tomada de poder pelos militares
em 1964, quando estava escondido na Baixada Fluminense, na cidade do Rio de
Janeiro. Segundo a Folha, o relato é significativo, pois foi “quase um milagre”
que Serra tenha sobrevivido, visto que ocupava um papel de destaque na luta
contra o regime militar, como presidente da UNE, quando essa possuía um grande
peso político. A Folha afirmou que a obra pode ser vista também como uma
importante contribuição na medida em que conta com interpretações referentes
aos eventos que marcaram o início do regime militar no Brasil. Entretanto, de
acordo com o periódico, a autobiografia peca ao apresentar seu autor como possuidor
de “uma infalível capacidade de antevisão”, na medida em que Serra afirmou que
em 1963 já não acreditava no dispositivo militar do então presidente João
Goulart, o qual se mostrou inexistente em 1964 e que não era crente na
possibilidade de uma saída negociada para a situação. Ainda segundo o jornal, a
obra abrange o exílio de Serra no Chile e, posteriormente, nos Estados Unidos.
(Folha de S. Paulo – Poder – 21/06/14; Folha de S. Paulo – Poder – 24/06/14)
Violações de direitos humanos contra indígenas necessitam de melhor apuração por parte da Comissão da Verdade
Em coluna para o periódico Folha de S. Paulo,
o advogado e ex-presidente da Comissão Especial de Mortos e Desaparecidos
Políticos, Luís Francisco Carvalho Filho, ao referir-se à questão do indígena
no Brasil e ao preconceito contra esse, relembrou que a Comissão Nacional da
Verdade foi formada com objetivo de esclarecer violações aos direitos humanos
praticadas a partir de 1946 e, portanto, não somente durante o regime militar
(1964-1985). Segundo Filho, há motivos para que sejam apuradas as violações
praticadas contra os indígenas brasileiros desde 1946, entre elas os
deslocamentos forçados, para que sejam relembradas e reparadas, assim como é
necessária uma análise dos arquivos da Fundação Nacional do Índio (Funai)
durante o regime militar. Carvalho Filho lembrou que durante o período em que os
militares governaram o país, o Centro de Reeducação Indígena Krenak, no estado
de Minas Gerais, reuniu índios considerados infratores, desajustados e
resistentes em locais em que foram confiados e sofreram trabalhos forçados,
vigilância e castigos. O advogado argumentou que a investigação de tais fatos é
essencial para se preservar o que sobrou das culturas indígenas do Brasil.
(Folha de S. Paulo – Cotidiano – 21/06/14)
Colunas opinativas analisam relação entre a Copa do Mundo e o contexto político do Brasil
Em coluna opinativa ao jornal Folha de S.
Paulo, o professor da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Ronaldo
George Helal, recordou que na Copa do Mundo de 1970 o regime militar brasileiro
(1964-1985) buscou “imprimir otimismo ao povo brasileiro”. No período, a música
escolhida pelos patrocinadores das transmissões dos jogos era de caráter
ufanista e buscava incentivar a união nacional, cantando “Todos juntos, vamos
pra frente, Brasil”. Helal argumentou que em 1968 havia sido instituído no país
o Ato Institucional 5, proibindo a população de se manifestar politicamente,
mas que foi o chamado “milagre econômico” o responsável por manter a população
“sob controle”. Ao criticar a ideia difundida na atualidade de que a vitória ou
derrota do Brasil na Copa do Mundo influenciará na situação política e
eleitoral do governo, Helal afirmou que em 1970 a censura, tortura e mortes não
foram influenciadas pela conquista do Brasil no futebol. O jornalista Ruy
Castro, em coluna para o mesmo jornal, argumentou que sua geração presenciou a
degradação dos símbolos nacionais pelo regime militar, como por exemplo na
época do ex-presidente Emílio Garrastazu Médici, quando a bandeira, o hino e o
brasão nacionais foram utilizados como símbolos que davam aval aos crimes cometidos
pelo governo no período. Segundo Castro, tal associação fez com que esses
símbolos fossem vistos com repulsa pelos brasileiros. Para o jornalista, apenas
com o fim do regime militar e a redemocratização do país, ocorreu a
reabilitação dos símbolos e cores nacionais, que passaram a ter um caráter
positivo. (Folha de S. Paulo – Opinião – 21/06/14)
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