Conforme publicado
nos periódicos Folha de S. Paulo e O Estado de S. Paulo, em 23/04/15, 50 soldados
do Exército iniciaram, em conjunto com agentes de zoonoses, uma operação de
apoio no combate à dengue na cidade de São Paulo. De acordo com a Folha, o
objetivo é, além de atuar como reforço às equipes de combate ao mosquito
transmissor da doença, convencer as pessoas que resistem às vistorias dos
profissionais da prefeitura em suas casas. Segundo O Estado, os militares atuam
desarmados e foram treinados para identificar o foco e orientar a população
sobre como evitar a proliferação do mosquito. A principal atuação do Exército
será em bairros com maiores índices de violência, onde há resistência dos
moradores em abrir a porta para os agentes. Segundo o secretário adjunto da
Saúde, Paulo Puccini, com a presença dos militares, os cidadãos iriam se sentir
mais seguros para recepcioná-los em suas residências para inspeção. De acordo
com o coronel Ricardo Carmona, 580 militares atuam no interior do estado de São
Paulo para esse trabalho “e o resultado é muito positivo”. Além disso, Carmona
declarou que a operação não tem prazo para terminar, mas que “a princípio, vai
durar 30 dias”. Segundo O Estado, o Exército forneceu também dez médicos
militares que devem atuar nos postos de saúde no auxílio para o tratamento de
pessoas infectadas. A Prefeitura de São Paulo solicitou 15 barracas do Exército
para fazer atendimentos de urgência e emergência à população, contudo não foram
especificadas as regiões que receberão o reforço. (Folha de S. Paulo –
Cotidiano – 24/04/15; O Estado de S. Paulo – Metrópole – 23/04/2015; O Estado
de S. Paulo – Metrópole – 24/04/2015)
segunda-feira, 27 de abril de 2015
Exército Brasileiro utilizou drones em missão de paz no Haiti
De acordo com o
periódico Folha de S. Paulo, o Exército Brasileiro passou a utilizar drones
(veículos aéreos não-tripulados) em áreas de conflito na Missão das Nações
Unidas para a Estabilização no Haiti (Minustah). Dois desses veículos, do
modelo Phantom, produzidos pela companhia chinesa DIJ, foram adquiridos pelo
Exército Brasileiro em Miami, nos Estados Unidos. O objetivo da utilização dos
drones é acompanhar os deslocamentos das tropas em sua área de atuação,
prevenindo confrontos, visto que o aparelho pode identificar objetos em um raio
de até 1 quilômetro e permite a visualização do território a até 60 metros de
altura. O major Sérgio Mattos, coordenador do projeto, afirmou que, com os
drones, não há necessidade de haver militares à frente ou em posição com um
campo de visão privilegiado em uma missão, o que a tornaria mais segura.
Segundo o tenente Gustavo Serio, operador de drone, a possibilidade de ter uma
visão aérea da região possibilita ao comandante reagir de forma coerente nas
suas decisões. De acordo com a Folha, os drones foram empregados em 4 operações
do Brasil no Haiti, sendo que em uma delas, em Cité Soleil, os militares utilizaram
os drones para reagir a um tiroteio. (Folha de S. Paulo – Mundo – 20/04/15)
Redução do efetivo da Minustah preocupa militares brasileiros
Segundo o periódico
Folha de S. Paulo, a decisão do Conselho de Segurança da Organização das Nações
Unidas (ONU), que prevê a redução de 53% do efetivo da Missão da ONU para a
Estabilização no Haiti (Minustah), preocupou os militares brasileiros, que comandam
as operações militares da missão desde 2004. Segundo o jornal, a partir de
junho, o efetivo da Minustah passará de 5.021 militares para 2.370, sendo que o
contingente brasileiro será reduzido de 1.333 homens para 850. A preocupação é
relativa à possibilidade de um aumento da violência em decorrência das eleições
programadas para o segundo semestre de 2015. Ademais, o coronel Francisco
Humberto Montenegro, comandante do batalhão brasileiro, afirmou que “a força
militar passará a atuar somente depois que a Polícia Nacional Haitiana (PNH) e
a Polícia das Nações Unidas (Unpol) não conseguirem controlar eventuais
confrontos”, o que, segundo Montenegro, pode prejudicar o grau de amizade e
confiança que os militares da força de paz conseguiram estabelecer com os
haitianos. (Folha de S. Paulo – Mundo – 19/04/15)
terça-feira, 21 de abril de 2015
Onze municípios paulistas solicitaram o emprego de soldados do Exército para auxiliar no combate à dengue
Segundo o periódico O
Estado de S. Paulo, a Prefeitura da cidade de São Paulo e mais dez cidades do
estado de São Paulo solicitaram o emprego do Exército para auxiliar no combate
à epidemia de dengue no estado. De acordo com O Estado, o prefeito de São
Paulo, Fernando Haddad, solicitou 50 soldados, que serão treinados para
visitarem residências acompanhados de agentes de saúde e da Vigilância
Sanitária. Haddad afirmou ainda que os militares serão alocados em bairros com
índice de violência mais elevados, pois nessas localidades existe resistência
por parte dos moradores em permitir a entrada dos agentes de saúde, mas “se a
pessoa (agente) está acompanhada de um soldado, o morador se sente mais seguro
para abrir.” De acordo com O Estado, o secretário adjunto de Saúde, Paulo
Puccini, afirmou que o número de militares (50) em relação ao de agentes
municipais da Vigilância Sanitária (cerca de 2.500) é pequeno, porém a
“qualidade que a presença (do Exército) dá a credibilidade que possa transmitir
ao morador para abrir o seu lar, isso qualifica a nossa equipe. Dá um novo
tom”. Além de São Paulo, solicitaram a ajuda dos militares os municípios de
Campinas, Sorocaba, Mogi Mirim, Lins, Marília, Bebedouro, Jaboticabal, Garça,
Caçapava e Pirassununga, que também recebeu ajuda da Força Aérea Brasileira (FAB),
totalizando 630 soldados do Exército a serem alocados para esse fim. Segundo o
jornal, os militares que já estão atuando na cidade de Lins foram recebidos com
aplausos pelos moradores. (O Estado de S. Paulo – Metrópole – 18/04/15)
Presidenta da República condecora autoridades durante celebração do Dia do Exército
De acordo com os
jornais Correio Braziliense e O Estado de S. Paulo, a presidenta da República,
Dilma Rousseff, condecorou, durante a cerimônia de celebração ao Dia do
Exército, no dia 16/04/15, 265 pessoas com a Ordem do Mérito Militar. Entre os
condecorados estavam os ministros da Defesa, Jaques Wagner, e das Relações
Exteriores, Mauro Vieira, bem como os presidentes da Câmara dos Deputados,
Eduardo Cunha, e do Senado Federal, Renan Calheiros, e o procurador-geral da
República, Rodrigo Janot. Segundo O Estado, em sua mensagem, Rousseff afirmou
que todas as missões do Exército são feitas “nos limites de suas funções
constitucionais” e organizadas “com base nos princípios de hierarquia e
disciplina”. Rousseff afirmou que “nosso Exército sabe cultuar a solidariedade
– na caserna também chamada de camaradagem – e a tolerância, valores que estruturam
e cimentam as relações sociais nas democracias contemporâneas”. Além disso, a
presidenta atribuiu a “confiança” e o “orgulho” da população para com o
Exército à sua presença em operações de Garantia da Lei e da Ordem e em missões
de paz ao redor do mundo e à “missão precípua de defender a Pátria”. Por sua
vez, o comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, declarou que o
Exército está “inteiramente dedicado ao serviço da Nação, desenvolvendo suas
atividades em ambiente respeitoso, humano, fraterno, digno, honesto,
disciplinado, responsável e solidário” e “com forte senso de responsabilidade
social, consciente da necessidade de ir além do que prescreve a destinação
tradicional de uma força armada, ciente do papel de provedor de necessidades básicas
de populações cuja segurança e até mesmo sobrevivência não encontram
alternativas que não as proporcionadas pelo ‘Braço Forte - Mão Amiga’”.
Ademais, de acordo com O Estado, o general ressaltou que a instituição se mantém
“democrática e apartidária”. (Correio Braziliense – Política – 17/04/15; O
Estado de S. Paulo – Política – 17/04/15)
Rubens Barbosa criticou em coluna opinativa a situação dos investimentos na defesa nacional
Conforme coluna
opinativa publicada pelo periódico O Estado de S. Paulo, o embaixador Rubens
Barbosa afirmou que a defesa nacional e as relações exteriores foram relegadas
a um segundo plano nos últimos anos. Com a redução da participação dos
Ministérios da Defesa e das Relações Exteriores no Orçamento Geral da União,
grandes problemas operacionais colocaram em questão a segurança nacional.
Segundo Barbosa, 1,3% do Orçamento Geral da União destina-se ao Ministério da
Defesa, o que fica aquém das necessidades das Forças Armadas. O
contingenciamento orçamentário de 2015 trará prejuízo para a manutenção das
estruturas físicas, aquisição de armamentos convencionais, e principalmente na
qualidade dos serviços prestados, uma vez que as atividades de formação,
treinamento e aperfeiçoamento de pessoal são altamente especializadas e
relevantes para a segurança do Brasil. No Exército, a escassez de recursos
afeta a modernização dos equipamentos e a execução de sete projetos, além de
vários projetos e programas setoriais em andamento. Como é o caso dos projetos
Guarani (blindados sobre rodas), Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras
(Sisfron), Defesa Antiaérea, sistema de artilharia Astros 2020, Defesa
Cibernética e Recuperação da Capacidade Operacional da Força Terrestre (Recop).
Além disso, o prazo final da entregar de 50 aeronaves EC-725 (Caracal),
montadas pela empresa brasileira Helibrás para as três Forças foi estendido de
2017 para 2019. Em relação à Marinha, Barbosa declarou que a “esquadra está
próxima de um colapso inaceitável”. A fragata brasileira Constituição, que
lidera a força multinacional no litoral do Líbano (Unifil) quebrou no mês de
março na costa libanesa, sendo necessário deslocar um navio patrulha para
substituí-la. De acordo com o embaixador, isso traz o risco do Brasil perder a
liderança da missão, na qual participam 15 países. Ademais, Barbosa afirmou que
a Marinha deixou de fazer a manutenção em diversas embarcações, que em média
têm 30 anos de uso, deixando-a, na prática, reduzida a 10 navios, 1 submarino,
3 fragatas da classe Niterói, 2 fragatas tipo 22, 1 corveta e 3 navios
patrulha. Nesse contexto o programa Prosuper, de incorporação de 5 novas
fragatas e 5 navios patrulha, está paralisado. No que tange à Força Aérea
Brasileira (FAB), Barbosa declarou que a modernização das aeronaves de ataque
A1 (AMX) está praticamente parada, além do leasing de 8 a 12 caças suecos
Gripen C (versão anterior do Gripen NG) para garantir a defesa aérea do país
enquanto o modelo NG (vencedor do programa FX-2) não for entregue. Outra
questão levantada pelo embaixador foi o adiamento do projeto de aquisição de um
lote de jatos de treinamento para pilotos de combate pela FAB. A necessidade
desses jatos deve-se ao fato dos pilotos passarem, atualmente, da fase de
treinamento com os aviões turboélice Super Tucanos diretamente para o caça
supersônico F-5. Barbosa também apontou o atraso e a falta de repasses pelas
Forças Armadas às empresas que atendem a seus programas. Com isso, conclui o
embaixador, “a falta de recursos adequados está prejudicando programas de
significado estratégico e político”, como, por exemplo, é o caso de atividades
relacionadas ao Programa Espacial Brasileiro. (O Estado de S. Paulo – Espaço
Aberto – 14/04/15)
Autor lançou livro em que analisa os regimes militares latino-americanos
De acordo com o periódico Correio
Braziliense, o autor Eric Nepomuceno lançou um livro intitulado “A memória
de todos” onde explora a diferente abordagem histórica que o Brasil teve ao
tratar de crimes cometidos durante o regime militar (1964-1985) em comparação
aos demais países da América Latina. O autor selecionou Uruguai, Chile e
Argentina para demonstrar a importância do resgate histórico na construção do
presente nesses países, ao mesmo tempo em que crítica o Brasil, por ter criado
uma Comissão Nacional da Verdade, somente em 2011. Através do depoimento de
Adolfo Pérez Esquivel, ganhador do Prêmio Nobel da Paz, o autor expõe a importância
em julgar os casos de violações de direitos humanos cometidos no período para,
assim, construir uma democracia. Nepomuceno, então, apresenta os casos
ocorridos no Uruguai, onde os chefes militares foram julgados e condenados
ainda na década de 1980, no Chile, que vivenciou três comissões da verdade de
1990 até 2004. Além disso, o caso excepcional da Argentina, onde os militares se
auto-anistiaram em 1983, sendo essa medida anulada pelo primeiro presidente que
assumiu após a redemocratização. O objetivo do livro foi, portanto, demonstrar
como o processo de memória e transição é importante para que países que
passaram por regimes militares, possam seguir adiante. (Correio Braziliense – Diversão e Arte –
13/04/15)
Manifestações levaram grupos a favor da intervenção militar às ruas
Segundo os periódicos
Correio Braziliense, Folha de S. Paulo
e O Estado de S. Paulo, os protestos
do dia 12/04/15 que pediam, principalmente, o impeachment da presidenta da
República, Dilma Rousseff, tiveram adesão de uma minoria que reivindicava a
intervenção militar em diversas cidades do país. O número de participantes foi
reduzido em comparação aos protestos do dia 15/03/15. Na cidade de São Paulo,
os manifestantes do grupo União Nacionalista Democrática tocaram hinos à pátria
para homenagear Carlos Alberto Augusto, ex-agente do Departamento de Ordem
Política e Social (Dops), investigado pela Comissão da Verdade de São Paulo. O
grupo SOS Forças Armadas afirmou que nunca houve ditadura no Brasil “porque na
ditadura quem é contra o governo não é exilado, é morto no paredão", como
afirmou um dos organizadores do grupo. Um grupo foi removido da Avenida
Paulista pela Polícia Militar, que alegou que o carro usado pelos manifestantes
não havia passado por vistoria. Entretanto, segundo o Correio, o motivo
extraoficial foi evitar um possível conflito entre pessoas favoráveis à
intervenção e os demais manifestantes. Na capital federal, Brasília, houve
hostilização por parte das vertentes a favor da intervenção militar aos demais
grupos. Militares da reserva membros da Ordem Dourada do Brasil se
desentenderam com outros manifestantes. Outro grupo, baseando-se no artigo 142
da Constituição Federal, alegou a legitimidade de uma “intervenção militar
constitucional”. O artigo, no entanto, específica as Forças Armadas como sendo
Exército, Marinha e Aeronáutica e afirma a “autoridade suprema do Presidente da
República” sobre elas, além de estabelecer o papel delas na defesa da Pátria. (Correio
Braziliense – Política – 13/04/15; Folha de S. Paulo – Poder – 13/04/15; O
Estado de S. Paulo – Política – 13/04/15)
Ministros utilizaram aeronaves da Força Aérea Brasileira
Segundo o periódico Folha de S. Paulo, no dia 10/04/15, foi
publicado o decreto presidencial que proíbe autoridades políticas de utilizarem
as aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB) para retornarem às suas cidades de
origem. Naquele mesmo dia, três ministros utilizaram os jatinhos da FAB para
voltarem as suas residências fora da capital federal, Brasília. Helder
Barbalho, ministro da Pesca e Aquicultura, foi para Belém, no estado do Pará,
enquanto Guilherme Afif Domingos, ministro da Secretaria da Micro e Pequena
Empresa, e Renato Janine Ribeiro, ministro da Educação, voaram para São Paulo.
De acordo com o jornal, as autoridades afirmaram cumprir compromissos de
trabalho nas respectivas cidades. (Folha de S. Paulo – Poder – 12/04/15)
segunda-feira, 13 de abril de 2015
Ministério Público Federal abriu inquérito para apurar compra de caças pela FAB
De acordo com o
jornal Correio Braziliense, o Ministério Público Federal (MPF) abriu inquérito
civil, no dia 09/04/15, para investigar eventuais irregularidades no contrato
firmado entre o governo brasileiro e a empresa sueca Saab, em outubro de 2014,
para a compra de 36 aviões de caça modelo Gripen NG, no valor de US$ 5,4
bilhões. Segundo o Correio, a abertura do inquérito, que tramita juntamente a
um inquérito criminal, foi motivada pelo aumento de cerca de US$ 900 milhões em
relação à proposta inicial. Segundo a Força Aérea Brasileira (FAB), as
variações cambiais entre o dólar e a coroa sueca teriam diminuído a diferença
para US$ 758 milhões. Em relação ao acréscimo de US$ 900 milhões no contrato
final, a FAB atribuiu a alguns pedidos de alterações tecnológicas no modelo
inicialmente oferecido pela Saab, como a troca de um painel de três telas
diferentes por um panorâmico, chamado de WAD. De acordo com o periódico, o MPF
conduz investigação para apurar irregularidades no contrato de compra desse
dispositivo, a ser desenvolvido pela empresa brasileira AEL Sistemas, cujo
objetivo é apurar a suspeita de envolvimento de militares da reserva e da ativa
da FAB com a AEL Sistemas. A investigação terá duração de um ano e é passível
de ação civil pública pedindo a anulação do contrato. Segundo o Correio, a FAB
e a AEL Sistemas declaram em nota não terem sido notificadas sobre a abertura
do inquérito, mas colocaram-se à disposição do MPF. A Saab, por sua vez,
afirmou ter ciência das investigações e se dispôs a colaborar. (Correio
Braziliense – Política – 10/04/15)
Forças Armadas auxiliam em ação para controle de incêndio na cidade de Santos
Segundo os jornais
Correio Braziliense e O Estado de S. Paulo, o comandante da Defesa Civil do
estado de São Paulo e chefe da Casa Militar do estado, José Roberto Rodrigues
Oliveira, anunciou que as Forças Armadas estão posicionadas, caso exista a
necessidade de acionar o plano de evacuação para a retirada de até 5 mil
moradores das regiões próximas à empresa Ultracargo, a qual se encontra com o
depósito de combustíveis incendiado desde o dia 02/04/15, na cidade de Santos.
De acordo com O Estado, um equipamento do Exército, o Siges, capaz de
identificar gases tóxicos presentes no ar em um raio de até 5 quilômetros,
monitorou a região no decorrer do dia 06/04/15. O general de brigada e
comandante da 1ª Brigada de Artilharia Antiaérea do Exército, João Chalella
Junior, afirmou, no dia 07/04/15, que o equipamento não verificou nenhuma
anormalidade no ar da região. De acordo com o Correio, a Força Aérea Brasileira
(FAB) enviou ao bairro da Alemoa na cidade de Santos, onde se localiza o
depósito de combustíveis da Ultracargo, 4,5 toneladas de um material gelatinoso
chamado “coldfire”, usado para resfriar superfícies e impedir a propagação do
fogo. (Correio Braziliense – Brasil – 06/04/15; Correio Braziliense – Brasil –
08/04/15; O Estado de S. Paulo – Metrópole – 06/04/15; O Estado de S. Paulo –
Metrópole – 08/04/15)
quinta-feira, 9 de abril de 2015
Decreto presidencial restringirá uso de aeronaves da Força Aérea Brasileira por autoridades
Conforme publicado
nos periódicos Folha de S. Paulo e O Estado de S. Paulo, a presidenta da
República, Dilma Rousseff, assinou um decreto, que será publicado na semana do
dia 05/04/15, no qual restringe o uso de aviões da Força Aérea Brasileira (FAB)
por ministros de Estado. Segundo os jornais, a medida, que tem como objetivo
cortar gastos, proíbe o uso de aeronaves da FAB pelos ministros para passar
fins de semana ou feriados com a família em seus estados de origem, sendo
permitido apenas para missões oficiais ou em casos excepcionais. O Palácio do
Planalto não informou se o decreto abrangerá os presidentes da Câmara dos
Deputados, Eduardo Cunha, do Senado Federal, Renan Calheiros, e do Supremo
Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski. De acordo com os periódicos, o
decreto do ano 2002, que regulamenta até o momento o uso de aeronaves da FAB
por autoridades, tem o direito ao uso os ministros de Estado, o vice-presidente
de República, os presidentes do Senado, da Câmara dos Deputados e do STF, além
dos comandantes das Forças Armadas. Essas autoridades podiam solicitá-las em
quatro situações, sendo elas por motivo de segurança, viagens a serviço,
emergências médicas e nos “deslocamentos para o local de residências
permanente”. Segundo a Folha, de janeiro a março de 2015 foram feitas 75
viagens desse tipo, sendo 61 por parte dos ministros de Estado. (Folha de S.
Paulo – Poder – 03/04/15; O Estado de S. Paulo – Política – 03/04/15)
Comissão da Verdade da Universidade Estadual de Campinas apresentou seu relatório final
De acordo com os
periódicos O Estado de S. Paulo e Folha de S. Paulo, a Comissão da Verdade e
Memória Octavio Ianni, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp),
apresentou seu relatório final no dia 01/04/15. A comissão foi criada com a
finalidade de investigar eventuais violações praticadas contra professores,
alunos e funcionários durante o regime militar (1964-1985). Entre as 8
recomendações contidas no documento, está à rediscussão do título de doutor
honoris causa concedido ao coronel e ex-ministro da educação Jarbas Passarinho,
em 1973. Jarbas Passarinho foi um dos 15 ministros que assinaram, em 1968, o
Ato Institucional nº 5 (AI-5), que foi responsável por endurecer a repressão no
país. O relatório final da comissão pediu ainda a revogação de dispositivos
disciplinares autoritários “vigentes nos regimentos e estatutos da
universidade”. A Unicamp também deve incluir nos seus cursos conteúdos que
abordem a história do regime militar (1964-1985) e incentivar a criação de
linhas de pesquisa e produção de conteúdo sobre fatos ainda não conhecidos ou
esclarecidos sobre o período. (O Estado de S. Paulo – Política – 02/04/15;
Folha de S. Paulo – Poder – 02/04/15)
Militares das Forças Armadas começaram a ser substituídos por Policiais Militares no Complexo de Favelas da Maré
Segundo os jornais
Correio Braziliense e O Estado de S. Paulo, no dia 01/04/15, os militares da
Marinha e do Exército que atuavam na Força de Pacificação do Complexo de
Favelas da Maré, na cidade do Rio de Janeiro, começaram a ser substituídos por
policiais militares, em treinamento desde janeiro de 2015. A previsão é de que
a transição esteja completa até 30/06/15. O Ministério da Defesa gastou R$
461,6 milhões desde o início da operação, no ano passado, e contava com 3 mil
militares e 212 policiais atuando no local, de acordo com a Força de
Pacificação. Não houve confirmação por parte da Secretaria Estadual de
Segurança Pública quanto ao número de Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs)
que serão instaladas na região. A primeira será inaugurada na Favela Roquete
Pinto e atenderá também à comunidade Praia de Ramos, como afirmou O Estado. No
dia 01/05/15, os militares iniciarão sua saída das comunidades Parque União,
Rubens Vaz, Nova Holanda e Parque Maré. (Correio Braziliense – Brasil –
02/04/15; O Estado de S. Paulo – Metrópole – 01/04/15)
48 soldados foram enviados à cidade de Campinas para auxiliarem no combate à dengue
De
acordo com o jornal Folha de S. Paulo,
integrantes do Exército brasileiro foram enviados, no dia 31/03/15, à cidade de
Campinas, no estado de São Paulo, para atuarem no combate à dengue. Segundo a
Prefeitura de Campinas, 48 soldados devem colaborar com os agentes de saúde “na
colocação de telas nas caixas-d'água”, diminuindo a possibilidade de
desenvolvimento do mosquito Aedes aegypti. Segundo a Folha, houve participação militar na campanha do ano anterior,
visto que a cidade era líder em número de casos confirmados da doença no estado
de São Paulo. A cidade de Limeira, também no estado de São Paulo, recebeu
assistência do Tiro de Guerra. Na semana passada, 55 militares, em parceria com
a Polícia Militar, auxiliaram na retirada de entulho na cidade de Sorocaba, no
estado de São Paulo. (Folha de S. Paulo – Cotidiano – 01/04/15)
Clube Militar do Rio de Janeiro comemorou aniversário da instauração do regime militar
Segundo o periódico
Folha de S. Paulo, 180 pessoas participaram, no dia 31/03/15, do almoço de
comemoração do aniversário de 51 anos da instauração do regime militar
(1964-1985), no Clube Militar do Rio de Janeiro. Entre os presentes,
encontravam-se “militares da reserva, parentes e civis que apoiaram o
impeachment da presidente Dilma Rousseff nas passeatas do dia 15 de março
passado”. Durante o evento, o general Gilberto Pimentel, presidente do clube,
leu um texto intitulado "Não temos o direito de esquecer" e declarou
que os militares evitaram que o Brasil fosse consumido pela “expansão
comunista”. O militar criticou o modo como os estudiosos desmerecem o perigo
dessa expansão, afirmando que menosprezar os acontecimentos ocorridos em 1964
“é ocultar das atuais gerações o papel exemplar das Forças Armadas, impedindo a
criação da república sindicalista e da ditadura do proletariado". De
acordo com a Folha, houve, ainda, uma manifestação com cerca de vinte pessoas
em prol dos militares em frente ao clube, próximo ao horário do evento. (Folha
de S. Paulo – Poder – 01/04/15)
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