quinta-feira, 24 de maio de 2012

Militares brasileiros são enviados para a Síria

Segundo o periódico Correio Braziliense, dez militares brasileiros, sendo quatro do Exército e seis da Marinha e Aeronáutica, foram enviados para a Síria para integrar a Missão de Supervisão das Nações Unidas na região. (Correio Braziliense – Política – 13/05/12)

Governo tenta fortalecer imagem de ministro da Defesa através de modernização das Forças Armadas

De acordo com o periódico Folha de S. Paulo, os prováveis investimentos no reaparelhamento das Forças Armadas, planejados pelo governo federal, têm por intuito tentar fortalecer a imagem do ministro da Defesa, Celso Amorim, diante das três Forças, pois, segundo o jornal, o ministro não é bem visto pelos militares por “seu perfil de esquerda” e pouco conhecimento sobre os temas de defesa. Com a compra de caças para a Aeronáutica devem ser gastos R$10 bilhões, e mais R$1 bilhão destinado a novos aviões-tanque. O Exército deverá receber um investimento de R$ 3 bilhões em defesa antiaérea. Por fim, a Marinha deve receber R$ 7,5 bilhões para o programa de navios de superfície, que inclui cinco fragatas, dois navios-patrulha oceânico e uma embarcação de apoio. (Folha de S. Paulo – Poder – 12/05/12)

Comissão da Verdade pedirá aos Estados Unidos documentos sobre regime militar brasileiro

Segundo o jornal Folha de S. Paulo, no final do mês de maio os membros da Comissão da Verdade se reunirão com o historiador norte-americano Peter Kornbluh, dirigente da National Security Archive (Arquivo Nacional de Segurança), ligada à Universidade George Washington, para solicitar a liberação de documentos secretos produzidos pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos da América (EUA) durante o regime militar brasileiro (1964-1985). A sugestão partiu do diplomata Paulo Sérgio Pinheiro, pois documentos já divulgados pelos EUA demonstram a existência de uma cooperação entre o Departamento de Estado estadunidense e a Central Intelligence Agency (Agência Central de Inteligência - CIA) com o regime militar brasileiro, como a Operação Brother Sam, que daria apoio logístico ao golpe que depôs o ex-presidente da República, João Goulart, em 1964. Espera-se que os novos documentos possam trazer informação sobre a infraestrutura, logística e unidades usadas pelos militares do Brasil. Kornbluh, especialista na Operação Condor (uma parceria entre os regimes militares do Cone Sul para capturar membros da esquerda) foi o responsável por publicar, em 2007, documentos inéditos sobre a participação ativa do governo brasileiro na operação. (Folha de S. Paulo – Poder – 18/05/12)

Jornal aponta fatos que Comissão da Verdade pode solucionar

O jornal Folha de S. Paulo estabeleceu dez perguntas sobre fatos ocorridos durante o regime militar (1964-1985) que a Comissão da Verdade pode solucionar através de suas investigações. São eles: o conflito da Guerrilha do Araguaia (1972-1975) e a localização dos corpos dos desaparecidos, haja vista que 63 guerrilheiros foram mortos e somente duas ossadas foram identificadas; o esclarecimento das circunstâncias da morte do jornalista Vladimir Herzog, que segundo os militares cometeu suicídio na prisão, entretanto fotos do cadáver apresentam características de forjamento dessa versão; a morte do ex-deputado Rubens Paiva, cujo corpo nunca foi encontrado e não se sabe onde e como desapareceu; a identificação de agentes infiltrados em órgãos públicos, empresas e organizações de esquerda e que entregaram militantes para serem torturados; o desaparecimento e morte de Stuart Angel Jones e de sua mãe Zuzu Angel; a identificação de civis e militares que cometeram torturas; os atos de torturas e abusos ocorridos no Destacamento de Operações de Informações-Centro de Operações de Defesa Internas (DOI-Codi); o funcionamento da Casa de Petrópolis, local mantido pelo Centro de Informações do Exército onde ocorreram torturas, assassinatos e ocultação de cadáveres cuja lista de vítimas nunca foi revelada; a Operação Condor, através da qual as ditaduras do Cone Sul perseguiram conjuntamente militantes de esquerda e, finalmente, a localização em cemitérios clandestinos de cerca de 180 corpos de militantes desaparecidos cujos corpos nunca foram encontrados. (Folha de S. Paulo – Poder – 16/05/12)

Secretaria de Direitos Humanos defende investigação de mortes no campo

Governo lista novas vítimas da ditadura.  Correio Braziliense, Brasília,  16  maio  2012.

De acordo com o periódico Correio Braziliense, a Secretaria de Direitos Humanos (SDH) analisou 858 mortes e desaparecimentos ocorridos entre 1961 a 1988 em áreas rurais, com possibilidade de que 370 casos sejam incluídos nas análises da Comissão da Verdade, além das Comissões da Anistia e de Mortos e Desaparecidos Políticos. O assessor da SDH e responsável pelo estudo, Gilney Viana, afirmou que a Lei da Anistia (1979) e a Lei da Comissão de Mortos e Desaparecidos Políticos (1995) consideram somente desaparecidos em contextos urbanos, pelo fato que de, no campo, não havia provas para que os casos pudessem ser abordados pelas leis. Viana ressaltou que outro problema de adequação às leis é o fato de que somente 15% dos casos analisados estão relacionados com agentes estatais, sendo, dessa forma, a maioria das mortes e desaparecimentos provocados por pessoas contratadas, além de mencionar que o Estado se omitiu “por não dar prosseguimento aos processos”. O Correio evidenciou que o estudo mostra a concentração de mortes em fronteiras agrícolas, principalmente nos estados do Pará e Maranhão. O relatório foi apresentado no dia 16/05/12 na Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados. Por fim, o jornal mostrou que o procurador da República, Eduardo Santos de Oliveira, requisitou que ofícios sobre as revelações de Cláudio Antonio Guerra sejam incluídos na Comissão da Verdade e na Comissão Especial de Mortos Desaparecidos, requisitando documentos sobre o caso. (Correio Braziliense – Brasil – 16/05/12)