De acordo com os jornais Folha de S. Paulo e O Estado de S. Paulo, em entrevista durante a Conferência das Nações Unidas Sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), a presidente da República, Dilma Rousseff, comentou o recém divulgado depoimento que concedeu ao Conselho dos Direitos Humanos de Minas Gerais (Conedh-MG), em 2001, ano em que ocupava o cargo de secretária de Minas e Energia do Rio Grande do Sul. No documento, Rousseff mencionou a tortura que sofreu na cidade de Juiz de Fora, no estado de Minas Gerais, durante o regime militar (1964-1985). Segundo Rousseff, é difícil atualmente identificar seus torturadores, porque na época eles não usavam seus nomes verdadeiros. Além disso, a presidente declarou que não teria nenhum sentimento pessoal com relação àqueles que a agrediram, segundo ela “a questão não é o torturador, é a tortura”, ou seja, o principal problema consistiria nas condições em que a tortura se estabelece. Segundo Rousseff, esse seria, também, o motivo da criação da Comissão da Verdade, que trará o conhecimento da história e, com ela, o compromisso de não mais permitir que essas violações dos direitos humanos se repitam. Em suas palavras: “para virar a página deste país nós temos a Comissão da Verdade e é isso o que esta comissão eu espero que faça, porque nós precisamos saber a verdade”. (Folha de S. Paulo – Poder – 23/06/12; O Estado de S. Paulo – Nacional – 23/06/12)
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