domingo, 17 de julho de 2011

Cooperação entre Brasil e Colômbia contra o narcotráfico tende a se ampliar

De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, o Brasil e a Colômbia pretendem firmar um acordo especial de vigilância de fronteiras, respeitando os princípios da soberania e da reciprocidade. O acordo criará uma faixa de terra envolvendo os dois lados da fronteira para livre circulação e cooperação entre militares e agentes federais dos dois países. O objetivo central é ampliar o acordo em vigor sobre vigilância aérea para as fronteiras terrestres. Se consolidado, o instrumento estabelecerá uma faixa de 300 quilômetros para a vigilância comum das Forças Aéreas brasileira e colombiana, sem precisar invadir o espaço aéreo um do outro, e assim poderão monitorar ininterruptamente qualquer aeronave suspeita. No acordo terrestre, será estabelecida uma faixa de rios que ambos os países poderão percorrer, considerando os “rios entrantes” que compõe os 1644 quilômetros de fronteira. Segundo o ministro da Defesa, Nelson Jobim, “o acordo de cooperação para vigilância de fronteiras dá mobilidade aos militares e agentes federais”. A coordenação das operações na região ficará sob a tutela do Comando Militar da Amazônia. O governo deseja que o acordo com a Colômbia sirva de modelo para negociações com Peru e Venezuela, e também para poder liderar o processo de “cooperação regional” por consenso em matéria de segurança, estabelecido na III Reunião Ordinária do Conselho de Defesa Sul-Americano, organismo da União de Nações Sul-Americanas (Unasul). Além da vigilância de fronteiras, os países pretendem homogeneizar regras sobre marcação e rasteio de armas, medidas de prevenção e impedimento da ação de grupos armados e luta contra o terrorismo. O Brasil já tem colaborado com os países vizinhos no combate ao crime organizado, disponibilizando dados do Sistema de Vigilância da Amazônia (Sivam). (O Estado de S. Paulo – Nacional – 24/06/11)

Nenhum comentário:

Postar um comentário