quinta-feira, 14 de julho de 2011

Arquivos militares II: documentos disponibilizados pela Aeronáutica revelam como foi a atuação da VAR- Palmares durante o regime militar

Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, os documentos da Aeronáutica disponibilizados em 2010 ao Arquivo Nacional, após quarenta anos de sigilo, revelam que o grupo guerrilheiro Vanguarda Armada Revolucionária Palmares (VAR-Palmares) conseguiu se infiltrar em uma unidade do Exército de Brasília, desviando armas do arsenal da Granja do Riacho Fundo, no período do regime militar (1964-1985). Um dos documentos, datado de 13/01/1970, indica que um grupo de inteligência do Exército prendeu dois cabos e quatro soldados que pertenciam ao VAR-Palmares, mas estavam infiltrados na corporação. O jornal informou ainda que três dias após a prisão dos infiltrados, Dilma Rousseff, atual presidente da República, e que integrava o grupo guerrilheiro, foi presa. Segundo o documento, a presença de membros da VAR-Palmares no Exército foi descoberta em uma vistoria de rotina nos armários dos militares, quando foi encontrado o livro “A verdade sobre Cuba”. O soldado dono do livro foi interrogado e confessou ser membro da organização VAR-Palmares, e ainda apontou os demais militares que participavam do grupo. De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, os documentos ainda revelam que a VAR-Palmares seguia um rígido código de conduta, uma espécie de “manual do guerrilheiro” intitulado “Resumo de Conselhos e Medidas de Segurança e Trabalho Clandestino” e se dividiam em 33 núcleos, incluindo um “grupo de ação violenta”. Outro documento da VAR-Palmares, denominado “Normas para Funcionamento em Segurança da Esquadra”, determinava que aqueles que não cumprissem as normas do grupo estariam sujeitos a “sanções”. Ainda segundo os documentos, a VAR-Palmares tinha como objetivo criar uma “Coluna Guerrilheira” para instalar a luta armada no interior do país. (Folha de S. Paulo – Poder- 15/04/11; O Estado de S. Paulo – Nacional – 15/04/11)

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