Segundo o jornal Folha de S. Paulo, o procedimento administrativo que
analisava o caso do suposto envolvimento do comandante do Exército, general
Enzo Martins Peri, em possíveis fraudes em licitações de obras que foram executadas
pelo Exército foi arquivado pela Procuradoria-Geral da República (PGR). O
arquivamento ocorreu porque o órgão entendeu que não houve participação de Peri
nos atos suspeitos, sendo que os 40 depoimentos ouvidos no processo não fazem
referência a seu nome. O procedimento foi então devolvido à Procuradoria-Geral
da Justiça Militar (PGJM) para que fossem tomadas as providências cabíveis a
tal órgão. Em 2011, Peri e outros sete generais do Exército estavam sendo
investigados pela PGJM pelo referido caso. O processo do comandante foi
repassado à PGR por possuir foro privilegiado. Os generais acusados comandavam
o Departamento de Engenharia e Construção e o Instituto Militar de Engenharia
(IME) no período entre 2004 e 2009, momento no qual foram firmados acordos do
Exército com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes,
referentes à execução de obras rodoviárias. O processo atual refere-se a um
inquérito anterior, o qual identificou indícios da existência de fraude em 88
licitações do Exército, relacionadas a obras do Ministério dos Transportes,
apontando desvios de R$ 11 milhões, provenientes de recursos públicos. (Folha
de S. Paulo – Poder – 15/03/14)
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