Segundo o jornal Folha de S. Paulo, as Forças
Armadas têm se recusado a responder aos ofícios solicitados pela Comissão
Nacional da Verdade (CNV) e pelo Ministério Púbico Federal. De acordo com um
levantamento feito pela Folha, a Comissão não recebeu nenhuma informação
relevante das Forças Armadas, que apresentam informações superficiais ou
incompletas. A CNV requisitou a relação de oficiais e bases militares que eram
utilizadas como órgãos de repressão. Segundo procuradores, a falta de
cooperação impede o andamento de inquéritos com o objetivo de questionar a Lei
da Anistia (1979) em casos de desaparecimento forçado. Em entrevista à Folha, a
cientista política Maria Celina D'Araújo criticou o silêncio das Forças Armadas
acerca dos crimes cometidos durante o regime militar (1964-1985). Segundo
D’Araújo, os militares tratam os crimes como “segredos de Estado”, mesmo 50
anos após o golpe, e o sigilo das Forças Armadas não condiz com a democracia. A
cientista política considera que, embora tardia, “a Comissão da Verdade está
dando um passo importante”. (Folha de S. Paulo – Poder – 23/03/14)
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