domingo, 9 de março de 2014

Colunista refletiu sobre as ameaças enfrentadas durante o regime militar e atualmente

Em coluna opinativa para o jornal O Estado de S. Paulo, o jornalista Arnaldo Jabor comparou as ameaças do regime militar (1964-1985) às atuais ameaças à democracia. Jabor afirmou ter sido espantosa a ingenuidade e o despreparo que embalaram a tomada de poder pelos militares em 1964. Segundo o jornalista, “tínhamos horror ao mundo real”, no qual autoridades como Costa e Silva, Yolanda, Medici, Geisel e Figueiredo estavam presentes. Jabor criticou a realidade atual na qual não há um ideal pelo qual lutar: se na ditadura o mal era visto na figura dos militares, atualmente o mal ficou banalizado. Para o jornalista, o regime militar trouxe desencanto e fez com que a opinião pública desejasse uma liberdade “fetichizada”, transformada em produto de mercado. Segundo Jabor, nunca se falou tanto em democracia quanto atualmente, talvez por medo de que ela se deforme. O autor ressaltou que “a democracia não pode ser definida apenas por ausência de ditadura“ e que fazemos denúncias do passado para que não o esqueçamos; contudo, defendeu que não adianta buscar apenas os inimigos que destruíram o passado, é necessário também perseguir aqueles que destroem o presente ameaçando a liberdade de expressão e arrasando o país pela corrupção sistemática. (O Estado de S. Paulo – Caderno2 – 25/02/14)

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