terça-feira, 25 de março de 2014

Cinquentenário da tomada de poder pelos militares I: análises

Em coluna opinativa para o periódico Correio Braziliense, o jornalista André Gustavo Stumpf argumentou que no momento em que se recorda o movimento de tomada de poder pelos militares em 1964 não existem novidades, apenas uma “volta ao passado e a reinterpretação do que ocorreu naquele período”. O jornalista apontou que o ato foi apoiado pelos jornais da grande imprensa brasileira e pela classe média do país. Em sua análise, o cenário do período não era positivo, a inflação estava descontrolada e os partidos políticos brigavam entre si. Os militares, por sua vez, estavam insatisfeitos desde a revolução de 1930, a qual pôs fim à República Velha. Após o golpe, a posse dos generais ocorreu através de uma eleição indireta no Congresso Nacional, na qual políticos tradicionais do Brasil concordaram com o novo regime que se instaurava, como o ex-presidente Juscelino Kubitschek, que votou em favor de Castello Branco, pois “estava de olho nas eleições de 1965, que não foram realizadas”. Na visão de Stumpf, somente após a instauração do Ato Institucional nº 5, no dia 13/12/1968, o regime se tornou uma “ditadura”. (Correio Braziliense – Opinião – 15/03/14)


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