De
acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, o Comando do Exército adquiriu um
lote de mísseis antiaéreos RBS70, fabricados pela empresa sueca Saab, que
também fornecerá, a partir de 2018, os 36 caças Gripen NG para a Força Aérea
Brasileira (FAB). O contrato dos mísseis custou R$ 29,5 milhões, o qual inclui,
além do míssil do tipo Mk2, lançadores portáteis, suporte logístico,
simuladores, equipamentos de visão noturna, ferramental, treinamento de
manutenção e cursos de operação. Os mísseis RBS70/Mk2 serão encaminhados para o
uso nos grupos da 1ª Brigada de Artilharia Antiaérea e das Brigadas de
Infantaria Mecanizada. O jornal também noticiou que, ao mesmo tempo, avançam as
negociações entre o Ministério da Defesa e o governo da Rússia para a compra
dos mísseis Igla-S9K38, versão atualizada do míssil de porte pessoal, da mesma
classe do RBS70, dirigido por laser, com capacidade entre 250m e 8km, negociado
desde 2012 entre a presidenta da República, Dilma Rousseff, e o presidente
russo Vladimir Putin e o seu primeiro-ministro Dmitri Medvedev. Os mísseis
Igla-K38 russos foram alocados para a Brigada de Infantaria Paraquedista. Essa
transferência faz parte de um pacote que envolve três baterias (16 veículos
semiblindados) do sistema de médio alcance Pantsir S1. Estão sendo discutidos
dois conjuntos do Igla e possivelmente uma “joint venture” para fabricar a arma
no Brasil. Segundo o periódico, há uma cláusula de transferência de tecnologia
que protege o acesso do Brasil à obtenção do conhecimento dos dois modelos. O
Ministério da Defesa do Brasil mandará à capital da Rússia, Moscou, um grupo
que será responsável por executar possíveis ajustes na transação. Este grupo
contará com militares, representantes de empresas como Odebrecht Defesa e
Tecnologia, Embraer Defesa e Segurança, Avibrás Aeroespacial Mectron e
Logitech, as quais poderão ser responsáveis pela produção de partes e
componentes, além de analistas do Ministério do Desenvolvimento, do Banco
Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e da Agência de
Desenvolvimento da Indústria. (O Estado de S. Paulo – Política – 17/03/14)
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