Em
coluna opinativa para o periódico Folha de S. Paulo, Elio Gaspari comentou a
associação do Exército brasileiro com uma seguradora privada e as implicações
para indenizações por morte em serviço. O caso veio à tona após a morte de
dezoito militares brasileiros que integravam a força de paz da ONU no Haiti e
foram vítimas do terremoto que assolou o país em janeiro de 2010. Na época, o
governo concedeu pensões às famílias das vítimas, bem como um auxílio especial
de R$500 mil a cada uma delas. As viúvas dos militares, os quais tinham seguro
de vida vendido pelo Bradesco, consorciado com a Fundação Habitacional do
Exército, levaram a questão à Justiça para receber o seguro de vida. No
entanto, a seguradora afirmou que a morte dos militares, decorrente de um
cataclismo, não era contemplada pelo contrato. As viúvas, por outro lado,
afirmaram que os militares estavam em serviço e mereciam o dobro do valor da
apólice. A seguradora, mediante a Justiça, já fez acordos com 15 das 18
famílias. Gaspari criticou a Fundação Habitacional do Exército por se associar
a uma seguradora privada. (Folha de S. Paulo – Poder – 09/03/14)
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