Segundo os periódicos Correio Braziliense e O
Estado de S. Paulo, no dia 22/03/14 ocorreu uma reedição da Marcha da Família
com Deus Pela Liberdade de 1964. Naquele ano, a marcha foi uma resposta à
mobilização encabeçada pelo então presidente da República, João Goulart, e
contou com a participação de cerca de 100 mil pessoas que tinham à frente o então
governador de São Paulo, Adhemar de Barros. Uma das organizadoras do evento
atual, Cristina Peviani, afirmou que a marcha não pede “a instituição de uma
ditadura”, mas é uma homenagem aos “50 anos de uma data histórica muito
bonita”. Segundo Peviani, o país vive tempos difíceis e é preciso evitar a
“cubanização” do Brasil. Celso Brasil, também organizador do evento, afirmou
que o país hoje está em declínio e que durante o regime militar (1964-1985)
ocorreu desenvolvimento e fortalecimento. Brasil afirmou que a repressão por
parte do regime militar ocorreu apenas para uma parcela da população. Ao
comentar o evento, a historiadora da Pontifícia Universidade Católica de Minas
Gerais (PUC-MG), Carla Ferrete, relatou que a mesma ideia usada no passado é utilizada
hoje para justificar a Marcha da Família: “é a fala de quem deu o golpe em
1964, que foi dado em nome da democracia e em nome da liberdade”. Segundo
Ferrete, essas seriam opiniões que defendem a resolução dos problemas por modos
não democráticos. De acordo com o jornal O Estado, a reedição da Marcha teve
baixa adesão. Na cidade de São Paulo, compareceram apenas 500 pessoas das 5 mil
esperadas. (Correio Braziliense – Política – 22/03/14; O Estado de S. Paulo –
Política – 23/03/14)
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