quarta-feira, 14 de março de 2012

Militares reforçam segurança na Bahia em decorrência de greve de policiais militares

Os jornais Correio Brasiliense, Folha de S. Paulo e O Estado de S. Paulo informaram que, por consequência de uma greve de Policiais Militares do estado da Bahia, iniciada no dia 02/02/12 e que solicita melhores condições de trabalho e aumento salarial, o governador do estado, Jaques Wagner, solicitou ajuda ao Ministério da Defesa e, no dia 04/02, cerca de 2350 homens das Forças Armadas, em conjunto com a Força Nacional de Segurança, patrulharam as ruas de cidades do estado, sendo que a partir do dia 06/02 foram utilizados também 4 blindados Urutu, com a finalidade de conter a onda de vandalismo, assaltos e assassinatos causada pela greve. Segundo os jornais, cerca de 300 grevistas amotinaram-se na Assembleia Legislativa, localizada na capital do estado, Salvador, e chegaram a entrar em confronto com homens do Exército que fizeram um cordão de isolamento no local para negociar a rendição de 11 grevistas que tiveram prisão decretada. No dia 07/02, no jornal O Estado, o cientista político Alexandre Fuccille alertou que o uso recorrente das Forças Armadas em conflitos de rua nos núcleos urbanos brasileiros pode banalizar sua função, bem como colocar em risco a população, pois “os soldados do Exército são treinados para aniquilar os inimigos e não para deter suspeitos e entregá-los à Justiça”. Apesar disso, o Ministério da Justiça e da Defesa já planejam possíveis deslocamentos da Força Nacional e das Forças Armadas para o caso do alastramento da greve em outros estados. Segundo os jornais, no dia 08/02 o general Marco Edson Gonçalves Dias, comandante das operações do Exército em Salvador, confraternizou com os grevistas por ocasião de seu aniversário, o que causou descontentamento de setores políticos e militares, chegando a gerar rumores de uma possível troca de comando da operação, negada oficialmente em nota do Exército. Segundo o Correio Braziliense, no dia 09/02 os policiais em greve desocuparam a Assembleia, mas decidiram manter a paralisação por não chegarem a nenhuma negociação com o governador Jaques Wagner. (Correio Brasiliense – Brasil – 04/02/12; Correio Braziliense – Política – 07/02/12; Correio Braziliense – Política – 10/02/12; Folha de S. Paulo – Cotidiano – 04/02/12; Folha de S. Paulo – Cotidiano – 06/02/12; Folha de S. Paulo - Cotidiano – 07/02/12; Folha de S. Paulo – Cotidiano – 09/02/12; Folha de S. Paulo – Opinião – 10/02/12; O Estado de S. Paulo – Metrópole – 04/02/12; O Estado de S. Paulo – Metrópole – 06/02/2011; O Estado de S. Paulo – Metrópole – 07/02/12; O Estado de S. Paulo – Nacional – 09/02/12; O Estado de S. Paulo – Metrópole – 09/02/12; O Estado de S. Paulo – Metrópole – 10/02/12)

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