quarta-feira, 14 de março de 2012

Força Aérea dos Estados Unidos suspende compra de aviões brasileiros

Como noticiado pelos jornais Correio Brasiliense, Folha de S. Paulo e O Estado de S. Paulo, a Força Aérea dos Estados Unidos cancelou o negocio de US$ 355 milhões que envolvia a compra de 20 aviões A-29 Super Tucano, fabricados pela Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer). Segundo o chefe do Estado-Maior dos Estados Unidos, Norton Schwartz, a desistência ocorreu devido a irregularidades na documentação de licitação que envolvia a Embraer, sendo o fato negado por esta última. Considerando que a concorrente da Embraer na compra dos aviões, a empresa norte-americana Hawker Beechcraft, perdeu a licitação, analistas exaltaram o fato do negócio ter sido cancelado por não ter conseguido privilegiar a indústria dos Estados Unidos, fato que seria considerado negativo na possível reeleição do atual presidente americano, Barack Obama. Segundo os jornais Folha de S. Paulo e O Estado de S. Paulo o governo brasileiro protestou firmemente contra a decisão da Força Aérea estadunidense e, em comunicado divulgado no site do Itamaraty, destacou que a decisão pode atrapalhar futuros negócios militares entre os dois países, o que sinaliza, diplomaticamente, que os Estados Unidos podem ficar em desvantagem no processo licitatório contra a França e a Suécia para o fornecimento de caças do programa F-X2 para a Força Aérea Brasileira (FAB), cuja decisão deve sair nos próximos meses. O Itamaraty informou ao Estado que não houve qualquer pedido formal de explicações ao governo estadunidense e que a posição do Brasil se resume à nota publicada. Segundo O Estado e a Folha o vice-secretário de Estado dos Estados Unidos, William Burns, em visita ao Brasil, afirmou que espera que os problemas que ocasionaram o cancelamento do contrato sejam resolvidos no menor tempo possível, além disso, não acredita que este acontecimento possa influenciar da decisão de compra dos caças para a FAB. A Folha ainda apontou que o general Norton Schawartz considerou a decisão americana vergonhosa e desapontadora. (Correio Brasiliense – Economia – 01/03/12; Folha de S. Paulo – Poder – 01/03/12; Folha de S. Paulo – Mercado – 02/03/12; O Estado de S. Paulo – Negócios – 01/03/12; O Estado de S. Paulo – Negócios – 02/03/12)

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