Conforme noticiado pelo jornal O Estado de S. Paulo, a Marinha brasileira está negociando com o grupo britânico Bae Systems a compra de três navios de patrulha oceânica de duas mil toneladas da classe Port of Spain. Os navios, que já estão prontos e completaram os testes marítimos, eram originalmente destinados a Trinidad e Tobago, país que, por motivos econômicos, não finalizou a compra. Segundo o Estado, caso seja efetuada, a compra baratearia e anteciparia a renovação da frota de superfície prevista pela Marinha através do plano Prosuper, que abrange onze embarcações (cinco fragatas de seis mil toneladas, cinco escoltas de 1,8 a 2 mil toneladas e um super navio de apoio de 22 mil toneladas). As negociações com a Bae Systems podem incluir quatro fragatas modelo Type 22 Série 3, que foram usadas e, recentemente, desativadas pela marinha britânica. Conforme publicado pelo periódico, uma fonte do Ministério da Defesa afirmou que a compra é oportuna e poderá abrir espaço para encomenda de mais unidades, as quais seriam construídas no Brasil por estaleiros privados e com ampla transferência de tecnologia. O plano completo da compra foi apresentado pela Força Naval a 48 grupos empresariais interessados em participar do empreendimento. O projeto tem conclusão prevista para 2030 e inclui a aquisição de 61 navios de superfície e 5 submarinos, quatro movidos a propulsão diesel-elétrica e um a energia nuclear. A Odebrecht Defesa e Tecnologia preparará estaleiros em Salvador, no estado da Bahia, para disputar o Prosuper, e em Itaguaí, no estado do Rio de Janeiro, onde serão construídos e operados cinco unidades do Programa de Desenvolvimento de Submarinos (ProSub). A prioridade da Marinha, entretanto, será a conclusão do Sistema de Gerenciamento da Amazônia Azul (SisGAAz), encarregado da vigilância e proteção das fronteiras marítimas brasileiras. (Estado de S. Paulo – Nacional – 12/12/11)
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