quarta-feira, 14 de março de 2012

Forças Armadas continuaram patrulha durante o feriado do Carnaval

Conforme noticiado pelo periódico Correio Braziliense, a crise de segurança pública que teve seu início com a greve da polícia militar na Bahia e recentemente se alastrou para o Rio de Janeiro seria a pauta do primeiro conselho político do ano, que ocorreria no dia 14/02/2012. No dia 11/02/2012, o comandante do Exército, Enzo Peri, se reuniu com o Ministro da Defesa, Celso Amorim, para discutir a crise. Apesar de a greve dos policiais na Bahia já ter sido encerrada, o governador do estado, Jaques Wagner, solicitou à Amorim a permanência dos militares durante o feriado de Carnaval para tranquilizar os turistas. De acordo com a Folha de S. Paulo, as Forças Armadas chegaram a disponibilizar 3.900 homens para auxiliar na segurança pública durante o período de greve no estado baiano, mas o efetivo que deveria atuar durante o feriado de Carnaval não foi divulgado; ademais, o Ministério da Defesa divulgou que a retirada das tropas do Exército seria gradual. No periódico Estado de S. Paulo, Guaracy Mingardi, doutor em Ciência Política pela Universidade de São Paulo e pesquisador do curso de Direito da Fundação Getúlio Vargas, em texto opinativo, se expressou contrário à utilização das Forças Armadas como patrulha das cidades. O cientista político explicou que o Exército consegue ocupar determinadas regiões com a finalidade de cercar e acalmar multidões, porém a interação com a população e a locomoção em pequenos grupos lhe falta. De maneira geral, Mingardi afirmou que o Ministério da Defesa possui capacidade de assumir a segurança do Rio de Janeiro e da Bahia simultaneamente. Segundo a Folha de S. Paulo, por muito tempo as Forças Armadas resistiram ao pensamento de patrulharem as ruas, todavia, hoje muitos militares verificam que o combate à violência pode representar uma oportunidade de serem reconhecidos e conquistarem espaço orçamentário. (Correio Braziliense – Política – 12/02/12; Correio Braziliense – Política – 13/02/12; Folha de S. Paulo – Opinião – 13/02/12; Folha de S. Paulo - Cotidiano – 13/02/12; Folha de S. Paulo – Cotidiano – 14/02/2012; O Estado de S. Paulo – Aliás - 12/02/2012; O Estado de S. Paulo – Metrópole – 13/02/12)

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