quinta-feira, 29 de março de 2012

Jornais abordam a questão do reaparelhamento das Forças Armadas

Conforme noticiado pelo jornal Folha de S. Paulo, como parte do processo de reaparelhamento das Forças Armadas brasileiras e, mais especificamente, no âmbito da Força Aérea Brasileira (FAB), o primeiro-ministro francês, François Fillon, visitou o Brasil para tratar da possível venda de 36 caças modelo Rafale, fabricados pela empresa francesa Dassault, compra prevista pelo governo brasileiro no projeto FX-2. O ministro da Defesa brasileiro, Celso Amorim, destacou que a atmosfera econômica sinaliza para que não haja nenhum tipo de certeza na compra dos caças, principalmente pelo fato do alto custo da operação, estimado entre US$ 4 a US$ 8 bilhões. Apesar disso, as outras opções de compra dos caças (o modelo F-18 da empresa estadunidense Boeing e o Gripen, da empresa suíça Saab) podem ser ainda mais caras que a opção francesa. De acordo com a Folha, outros fatores que influenciam na decisão de compra do caça francês são as dúvidas na eficiência e compatibilidade com o plano físico brasileiro, além da possibilidade de uso das vendas, por Nicolas Sarkozy, atual presidente francês, como fator de peso em sua campanha de reeleição. Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, outro projeto importante da Aeronáutica é o de modernização do bombardeiro AMX, aeronave compacta e de agilidade que possui 13,5 metros de comprimento, 8,87 metros de envergadura e peso máximo de 13 mil quilos. O processo, em que 43 aeronaves do tipo A-1 serão reequipadas (após as modificações serão nomeadas de A-1M e terão vida útil até o ano de 2032), deve ser finalizado até o ano de 2016, e exigirá um investimento de R$ 2 bilhões, sendo que R$ 840 milhões já foram gastos e o restante poderá ser pago até 2017. A empresa israelense Elbit e a Embraer Defesa e Segurança (EDS) são as responsáveis pela realização das modificações no A-1, e já estão atuando em 10 jatos na fábrica da EDS, com início de entregas previsto no período entre 2013 e 2014, e término em 2017. De acordo com O Estado, o A-1M poderá atingir qualquer ponto no Caribe e na América do Sul, além de boa parte da África e do Atlântico Sul, podendo receber combustível durante o voo. Dentre as modificações estão um moderno radar multimodo SCP-01, projetado pela Mectron e controlado pela Odebrecth Defesa e Tecnologia (ODT). Segundo o jornal Correio Braziliense, outros dois projetos são previstos para o reaparelhamento das forças: o sistema de monitoramento integrado das fronteiras terrestres, conhecido como Sisfron, que permitirá maior vigilância por parte do Exército, e o Sisgás, que auxiliará a Marinha no controle das áreas do pré-sal. Ambos os projetos consistem em aquisição e manutenção de radares, satélites e Veículos Aéreos não Tripulados (Vants). Em se tratando da renovação de profissionais, O Estado noticiou que o expressivo aumento da circulação de navios de cruzeiros de lazer demandou a contratação de 33 peritos para o monitoramento de embarcações na costa brasileira. Atualmente, apenas 113 peritos, divididos em 60 bases, são responsáveis por garantir a segurança do tráfego aquaviário nos 7,4 mil quilômetros da costa. (Folha de S. Paulo – Opinião – 04/01/12; Folha de S. Paulo – Painel do Leitor – 10/01/12; O Estado de S. Paulo – Política – 16/01/12; Correio Braziliense – Colunas – 22/01/12; O Estado de S. Paulo – Internacional – 22/01/12) 

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