Conforme noticiado pelo jornal Folha de S. Paulo, como parte do processo de reaparelhamento das Forças Armadas brasileiras e, mais especificamente, no âmbito da Força Aérea Brasileira (FAB), o primeiro-ministro francês, François Fillon, visitou o Brasil para tratar da possível venda de 36 caças modelo Rafale, fabricados pela empresa francesa Dassault, compra prevista pelo governo brasileiro no projeto FX-2. O ministro da Defesa brasileiro, Celso Amorim, destacou que a atmosfera econômica sinaliza para que não haja nenhum tipo de certeza na compra dos caças, principalmente pelo fato do alto custo da operação, estimado entre US$ 4 a US$ 8 bilhões. Apesar disso, as outras opções de compra dos caças (o modelo F-18 da empresa estadunidense Boeing e o Gripen, da empresa suíça Saab) podem ser ainda mais caras que a opção francesa. De acordo com a Folha, outros fatores que influenciam na decisão de compra do caça francês são as dúvidas na eficiência e compatibilidade com o plano físico brasileiro, além da possibilidade de uso das vendas, por Nicolas Sarkozy, atual presidente francês, como fator de peso em sua campanha de reeleição. Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, outro projeto importante da Aeronáutica é o de modernização do bombardeiro AMX, aeronave compacta e de agilidade que possui 13,5 metros de comprimento, 8,87 metros de envergadura e peso máximo de 13 mil quilos. O processo, em que 43 aeronaves do tipo A-1 serão reequipadas (após as modificações serão nomeadas de A-1M e terão vida útil até o ano de 2032), deve ser finalizado até o ano de 2016, e exigirá um investimento de R$ 2 bilhões, sendo que R$ 840 milhões já foram gastos e o restante poderá ser pago até 2017. A empresa israelense Elbit e a Embraer Defesa e Segurança (EDS) são as responsáveis pela realização das modificações no A-1, e já estão atuando em 10 jatos na fábrica da EDS, com início de entregas previsto no período entre 2013 e 2014, e término em 2017. De acordo com O Estado, o A-1M poderá atingir qualquer ponto no Caribe e na América do Sul, além de boa parte da África e do Atlântico Sul, podendo receber combustível durante o voo. Dentre as modificações estão um moderno radar multimodo SCP-01, projetado pela Mectron e controlado pela Odebrecth Defesa e Tecnologia (ODT). Segundo o jornal Correio Braziliense, outros dois projetos são previstos para o reaparelhamento das forças: o sistema de monitoramento integrado das fronteiras terrestres, conhecido como Sisfron, que permitirá maior vigilância por parte do Exército, e o Sisgás, que auxiliará a Marinha no controle das áreas do pré-sal. Ambos os projetos consistem em aquisição e manutenção de radares, satélites e Veículos Aéreos não Tripulados (Vants). Em se tratando da renovação de profissionais, O Estado noticiou que o expressivo aumento da circulação de navios de cruzeiros de lazer demandou a contratação de 33 peritos para o monitoramento de embarcações na costa brasileira. Atualmente, apenas 113 peritos, divididos em 60 bases, são responsáveis por garantir a segurança do tráfego aquaviário nos 7,4 mil quilômetros da costa. (Folha de S. Paulo – Opinião – 04/01/12; Folha de S. Paulo – Painel do Leitor – 10/01/12; O Estado de S. Paulo – Política – 16/01/12; Correio Braziliense – Colunas – 22/01/12; O Estado de S. Paulo – Internacional – 22/01/12)
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