Em
coluna opinativa ao periódico O Estado de S. Paulo, Denis Rosenfield, professor
de filosofia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, defendeu que as
notícias publicadas em ocasião dos 50 anos da tomada de poder pelos militares
em 1964 possuem como objetivo político a revogação da Lei da Anistia (1979).
Segundo o docente, a transição democrática no Brasil ocorreu de forma pacífica
devido à Lei da Anistia, que constituiu um “grande acordo nacional”. Rosenfield
alegou que a Anistia não impede que os crimes cometidos sejam apurados, desde
que abarquem tanto os cometidos pelos militares quanto por aqueles que
participaram da resistência ao regime militar (1964-1985). Para o professor, os
crimes cometidos pela esquerda “revolucionária” estão à margem das
investigações realizadas atualmente sobre o período. Rosenfield concluiu que a
revisão da Lei da Anistia seria a quebra de um contrato que está na “raiz” da
democracia brasileira. (O Estado de S. Paulo - Opinião - 21/04/14)
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