De acordo com o jornal Correio Braziliense,
durante o regime militar (1964-1985), e mesmo após seu término, todo ano no dia
31 de março era publicada a Ordem do Dia, através da qual se tomava
conhecimento sobre os rumos do regime e o direcionamento para a distensão ou o
endurecimento. A Ordem do Dia deixou de ser divulgada há pouco tempo. O ministro da Defesa, Celso Amorim, afirmou
que por ordem da presidenta da República, Dilma Rousseff, celebrações por parte
dos militares da ativa referentes aos 50 anos da tomada de poder pelos
militares não seriam permitidas, retirando assim a possibilidade de divulgação
de uma Ordem do Dia especial. Segundo o Correio o papel do ex-presidente da
República, João Goulart, continua deslocado na história do país. Os
conservadores o colocam como culpado pelo golpe, do qual foi vítima, e a
esquerda lamenta que Goulart não tenha comandado uma resistência em 1964. O
Correio afirmou que Goulart deixou o país em 1964 por ter conhecimento das
consequências de uma intervenção militar estadunidense. O escritor Juremir
Machado, em seu livro “Jango”, afirmou que o resgate do real significado do
governo de Goulart, da defesa da população para as reformas de base e da
radicalização democrática, que despertou reações entre os setores
conservadores, é essencial para garantir a Goulart seu devido lugar na
história. (Correio Braziliense – Política – 01/04/14)
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