segunda-feira, 7 de abril de 2014

Ordem do Dia transmitia os rumos do governo durante o regime militar

De acordo com o jornal Correio Braziliense, durante o regime militar (1964-1985), e mesmo após seu término, todo ano no dia 31 de março era publicada a Ordem do Dia, através da qual se tomava conhecimento sobre os rumos do regime e o direcionamento para a distensão ou o endurecimento. A Ordem do Dia deixou de ser divulgada há pouco tempo.  O ministro da Defesa, Celso Amorim, afirmou que por ordem da presidenta da República, Dilma Rousseff, celebrações por parte dos militares da ativa referentes aos 50 anos da tomada de poder pelos militares não seriam permitidas, retirando assim a possibilidade de divulgação de uma Ordem do Dia especial. Segundo o Correio o papel do ex-presidente da República, João Goulart, continua deslocado na história do país. Os conservadores o colocam como culpado pelo golpe, do qual foi vítima, e a esquerda lamenta que Goulart não tenha comandado uma resistência em 1964. O Correio afirmou que Goulart deixou o país em 1964 por ter conhecimento das consequências de uma intervenção militar estadunidense. O escritor Juremir Machado, em seu livro “Jango”, afirmou que o resgate do real significado do governo de Goulart, da defesa da população para as reformas de base e da radicalização democrática, que despertou reações entre os setores conservadores, é essencial para garantir a Goulart seu devido lugar na história. (Correio Braziliense – Política – 01/04/14)

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