Em entrevista para o periódico O Estado de S.
Paulo, o ex-presidente do diretório acadêmico da Faculdade de Direito da
Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro Cacá Diegues falou sobre o
Brasil 50 anos depois da tomada de poder de 1964. Diegues afirmou que o Brasil
atualmente ainda precisa se desenvolver, porém, o progresso realizado política,
social e economicamente em relação aos anos de regime militar (1964-1985) é
“absurdo”. Para o militante, as Unidades de Polícia Pacificadora (UPP)
implantadas nas favelas brasileiras são um exemplo desse progresso. Ele
destacou que nos locais em que foram implantadas, as UPPs reduziram os índices
de crimes. Diegues afirmou que as instituições e os seus líderes mudaram e que
não se pode “demonizar” as Forças Armadas, de forma que o passado não seja nem
esquecido, nem reencenado. Por último, Diegues ressaltou que não aceitaria uma
indenização do Estado, pois a resistência ao regime militar envolveu decisões
ideológicas e morais e não foi um investimento financeiro, mas que entende
aqueles que aceitaram. (Folha de S. Paulo – Caderno 2 – 31/03/14)
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