quarta-feira, 16 de abril de 2014

Iniciou-se no dia 05/04/14 a Ocupação do Complexo de Favelas da Maré


WILTON JUNIOR/ESTADÃO. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 09 abril 2014, p17.

Segundo os jornais Folha de S. Paulo e O Estado de S. Paulo, iniciou-se no dia 05/04/14 a ocupação do Complexo de Favelas da Maré, na cidade do Rio de Janeiro, pelas Forças Armadas. A operação se iniciou com 2500 fuzileiros da Marinha e membros da brigada paraquedista do Exército que tiveram como primeira missão percorrer a região e realizar o seu mapeamento. Posteriormente, o efetivo foi reduzido para 1600 homens, os quais se revezam em turnos de seis horas, para manutenção do trabalho. Nesse primeiro momento da ocupação, as buscas se concentram em casas que eram anteriormente utilizadas por traficantes. A Folha afirmou que os militares já conhecem os locais que eram utilizados pelo traficante Marcelo dos Santos, ex-paraquedista do Exército, que garantia treinamento militar aos membros da facção, preso recentemente pela Polícia Federal. Desde o dia 30/03/14, 300 policiais militares também atuam na região. Segundo O Estado, a base da Força de Pacificação da Maré está montada no quartel do Centro de Preparação de Oficiais de Reserva. O Estado afirmou que a Marinha é responsável por cinco favelas do complexo, localizadas ao sul da Linha Amarela, e o Exército responsável por outras dez unidades. De acordo com o ministro da Defesa, Celso Amorim, a atuação das Forças Armadas ocorrerá até julho e está ligada ao esquema de segurança para Copa do Mundo de futebol. Segundo a Folha, a ocupação militar antecipa a implantação de uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) e contribui com o governo do estado do Rio de Janeiro em sua política de segurança. Ainda, de acordo com a Folha, o sucesso da ocupação pelas Forças Armadas passa pela aprovação da comunidade e, por isso, as tropas começaram um processo de conscientização dos moradores através do diálogo. Os militares pretendem receber ajuda da comunidade para manter o patrulhamento, pois é preciso montar postos de observação nas lajes das casas para evitar surpresas por parte dos traficantes. O Estado divulgou que, apesar da ocupação, no dia 07/04/14, uma equipe do jornal foi abordada por traficantes enquanto trabalhava no local, acerca de 200 metros da praça da Vila dos Pinheiros, onde se concentravam militares da Marinha e policiais militares. O general de Brigada e comandante da Força de Pacificação da Maré, Roberto Escoto, admitiu que as favelas ainda abrigam traficantes. Segundo O Estado, um balanço divulgado, no dia 07/04/14, pela Força de Pacificação apontou que os militares já apreenderam equipamentos usados para triturar cocaína, 242 cartuchos de pistola calibre 45, uma arma branca com inscrições de uma facção criminosa, três equipamentos de rádio, R$ 970 em espécie e dois veículos roubados, além de pequenas quantidades de diversas drogas. Ainda, de acordo com os jornais Correio Braziliense, Folha de S. Paulo e O Estado de S. Paulo, a Força de Pacificação da Maré sofreu cinco ataques entre os dias 07 e 08/04/14. Esses ataques ocorreram em localidades do Complexo de Favelas da Maré, como na favela Vila dos Pinheiros, onde um grupo de militares acompanhava uma manifestação e foram recebidos por tiros, e na favela Vila do João, onde tiros foram direcionados contra dois locais em que militares faziam plantões. Segundo a Folha, alguns moradores manifestaram-se contrários à presença dos militares. O governador do estado do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, relatou que serão necessários investimentos de longo prazo para que se resolva os problemas de segurança do Complexo de Favelas da Maré. (Correio Braziliense - Brasil - 09/04/14; Folha de S. Paulo - Cotidiano - 05/04/14; Folha de S. Paulo - Poder - 06/04/14; Folha de S. Paulo - Cotidiano - 07/04/14; Folha de S. Paulo - Cotidiano - 09/04/14; O Estado de S. Paulo - Metrópole - 05/04/14; O Estado de S. Paulo - Metrópole - 06/04/14; O Estado de S. Paulo - Metrópole - 08/04/14; O Estado de S. Paulo - Metrópole - 09/04/14) 

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