Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, o
ministro da Defesa, Celso Amorim, afirmou que o sistema de espionagem dos
Estados Unidos (EUA) preocupa não somente o Brasil, mas outros países. Para
ele, apenas pessoas em posições-chaves podem estar sendo monitoradas pelo
sistema de vigilância. Amorim crê que foi alvo de escutas telefônicas quando
era embaixador do Brasil na Organização das Nações Unidas (ONU), e cuidava de
três comissões sobre o Iraque. Entretanto, o ministro não pediu uma
investigação sobre o caso, porque seu trabalho nessas comissões era de
conhecimento público. Por causa disso, Amorim defende que o Brasil invista em
“defesa cibernética”, evitando assim que os sistemas brasileiros sejam
invadidos. Segundo o ministro, foi com esse intuito que se criou o Centro de
Defesa Cibernética do Exército, mesmo com poucos recursos (R$ 70 milhões). Para
Amorim, os gastos com defesa tem sido razoáveis partindo de um contexto de dificuldades,
pois hoje o país investe 1,5% do seu produto interno bruto (PIB) na área,
podendo chegar a 2% nos próximos dez anos. Além disso, o ministro enfatizou a
necessidade de defesa para a região cujo objetivo seja a proteção dos recursos
naturais, que podem se tornar alvo de cobiça externa. (Folha de S. Paulo –
Mundo – 21/06/13)
Nenhum comentário:
Postar um comentário