Conforme
noticiado pelo periódico Folha de S. Paulo, a pedido da Comissão da Verdade da
Câmara Municipal de São Paulo, o fotógrafo Silvaldo Leung Vieira,
ex-funcionário da Polícia Civil de São Paulo e autor da fotografia do
jornalista Vladimir Herzog morto em 1975, visitou, no dia 27/05/13, as
dependências do Destacamento de Operações de Informações - Centro de Operações
de Defesa Interna (DOI-Codi) a fim de reconstituir a cena e esclarecer as
circunstâncias da morte do jornalista. Na época do regime militar (1964-1985),
o Exército alegou que Herzog havia se suicidado. De acordo com a Folha e com o
periódico O Estado de S. Paulo, Vieira visitou o local onde retratou Herzog, segundo
a Folha, “pendurado por um cinto no pescoço, preso a uma janela e com os pés no
chão”, considerando duvidosa a cena. A Folha evidenciou que a família de Herzog
recebeu um novo atestado de óbito no qual a causa da morte foi “substituída de
‘asfixia mecânica’ para ‘lesões e maus tratos durante o interrogatório’”.
Segundo O Estado, a Comissão Municipal foi frustrada por possuir uma
expectativa de obter mais detalhes sobre o caso. Ademais, segundo a Folha, no
dia 28/05/13, a Comissão ouviu o depoimento de Vieira sobre o caso. Em resposta
à declaração de Ivo Herzog, filho do jornalista Vladimir Herzog, segundo o qual
o fotógrafo seria cúmplice da repressão, Vieira afirmou “não se sentir
cúmplice, mas vítima, e que se sente mal por ter participado do episódio”. (Folha de S. Paulo – Poder – 27/05/13; Folha
de S. Paulo – Poder – 28/05/13; Folha de S. Paulo 29/05/13; O Estado de S.
Paulo – Política - 28/05/13)
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