De acordo com o jornal Folha de S. Paulo,
foram descobertos no palácio presidencial do Paraguai inscrições e rabiscos
feitos por soldados brasileiros durante a ocupação do Palácio de López na
Guerra do Paraguai (1864-1870). A descoberta foi feita por uma equipe de
restauradores que encontrou também uma bala de canhão incrustada por mais de
cem anos na estrutura do prédio. O Palácio, construído em 1857 para ser a
residência do então presidente Francisco Solano Lopez, teve como seus primeiros
moradores os militares brasileiros que retornaram à cidade após o bombardeio ao
prédio. O atual presidente do Paraguai, Federico Franco, sugeriu que os
desenhos e escritos fossem cobertos com tinta, enquanto os restauradores
defenderam que fossem preservados sob uma lâmina de vidro. O arquiteto
responsável pela reforma, Carlos Cataldi, afirmou que "alguns defendem que
ali está a ferida causada pelo Império [do Brasil] ao Paraguai, que o palácio é
o nosso Auschwitz. Mas, para nós, é importante deixar como testemunho da história
pela qual passamos". (Folha de S. Paulo – Mundo – 19/05/13)
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