quarta-feira, 26 de junho de 2013

Viúva defendeu médico acusado de tortura

De acordo com o jornal Folha de São Paulo, a viúva do médico psiquiatra Amílcar Lobo Moreira da Silva, acusado de ser torturador durante o regime militar (1964-1985), Maria Helena Gomes de Souza, afirmou que seu marido não praticou tais atos. Souza afirmou que o crime de Lobo foi a omissão e contou que, mesmo quando o ex-general do Exército Sylvio Frota apareceu em seu consultório exigindo que permanecesse no Exército, Lobo recusou-se. Por possuir informações privilegiadas, o psiquiatra foi perseguido e, por duas vezes, quase morto. Em 1986, Lobo denunciou ter visto, 15 anos antes, o ex-deputado federal Rubens Paiva preso no Batalhão da Polícia do Exército. O médico, que teve seu registro cassado, negou ter participado de sessões de tortura, mas ex-presos afirmaram que Lobo era responsável por aplicar-lhes “soro da verdade” antes de interrogatórios. Souza entrou com pedido de indenização na Comissão de Anistia, na tentativa de defender o marido, mas o processo está parado. A viúva afirmou ainda que pretende ser ouvida pela Comissão Nacional da Verdade, pois não aceita que a responsabilidade seja colocada somente em Lobo. (Folha de S. Paulo – Poder – 16/06/13)

Nenhum comentário:

Postar um comentário