De acordo com o jornal
Folha de São Paulo, a viúva do médico
psiquiatra Amílcar Lobo Moreira da Silva, acusado de ser torturador durante o
regime militar (1964-1985), Maria Helena Gomes de Souza, afirmou que seu marido
não praticou tais atos. Souza afirmou que o crime de Lobo foi a omissão e
contou que, mesmo quando o ex-general do Exército Sylvio Frota apareceu em seu
consultório exigindo que permanecesse no Exército, Lobo recusou-se. Por possuir
informações privilegiadas, o psiquiatra foi perseguido e, por duas vezes, quase
morto. Em 1986, Lobo denunciou ter visto, 15 anos antes, o ex-deputado federal Rubens
Paiva preso no Batalhão da Polícia do Exército. O médico, que teve seu registro
cassado, negou ter participado de sessões de tortura, mas ex-presos afirmaram
que Lobo era responsável por aplicar-lhes “soro da verdade” antes de
interrogatórios. Souza entrou com pedido de indenização na Comissão de Anistia,
na tentativa de defender o marido, mas o processo está parado. A viúva afirmou
ainda que pretende ser ouvida pela Comissão Nacional da Verdade, pois não
aceita que a responsabilidade seja colocada somente em Lobo. (Folha de S. Paulo
– Poder – 16/06/13)
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