Segundo os jornais
Correio Braziliense, Folha de S. Paulo e O Estado de S. Paulo, sob o comando da
ministra dos Direitos Humanos, Maria do Rosário, a Secretaria dos Direitos
Humanos da Presidência da República criou, no dia 07/06/13, um grupo que tem
como objetivo investigar crimes ocorridos no âmbito das Forças Armadas a partir
do período de democratização do país. Segundo a Folha, a resolução que deu
origem ao grupo é do dia 05/04/13 e demorou mais de dois meses para ser
publicada. De acordo com o Correio, a criação do grupo é resultado de um acordo
firmado entre o Estado e os familiares de Márcio Lapoente da Silveira, morto em
1990 nas dependências da Academia Militar das Agulhas Negras. Serão analisados
pelo grupo, assessorado pelo Conselho de Defesa da Pessoa Humana, 23 casos em
que há suspeita de desrespeito aos direitos humanos, os quais foram apontados
pelo grupo Tortura Nunca Mais, do Rio de Janeiro. Dentre os casos, 20 ocorreram
no Rio e os outros no Amapá, São Paulo e Rio Grande do Sul. De acordo com o
Estado, o caso de Silveira é um dos que serão discutidos pelo grupo, formado
por seis pessoas e comandado pelo professor de Direito Constitucional Tarciso
Dal Maso Jardim. O grupo terá um ano para produzir um relatório conclusivo,
período que pode ser prorrogado por mais 12 meses. Segundo Jardim, um dos
objetivos do grupo será analisar o Superior Tribunal Militar. As investigações
deverão ser baseadas em ponderação e rigor, visando assim evitar resistência
por parte dos setores militares, visto que a própria criação do grupo é
resultado de conversas com tais setores. O jornal acrescentou que o colegiado
foi criado em um momento em que o governo sofre críticas por não atuar de forma
mais decisiva na abertura de documentos do regime militar (1964-1985). (Correio
Braziliense – 08/06/13; Folha de S. Paulo – Poder – 08/06/13; O Estado de S.
Paulo – Política – 08/06/13)
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