quarta-feira, 26 de junho de 2013

Jornal relata episódio envolvendo militante da VAR-Palmares durante o regime militar

De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, o ex-militante do grupo de esquerda Vanguarda Armada Revolucionária Palmares (VAR-palmares) e ex-marido da presidenta da República Dilma Rousseff, Carlos Franklin Paixão de Araújo, foi preso no dia 11/08/1970 nas dependências do Departamento de Ordem Política e Social (Dops) de São Paulo. Submetido a torturas, Araújo buscou uma forma de não fornecer informações de companheiros de militância. Segundo O Estado, no dia 12/08/70, Araújo mentiu para os agentes que coordenavam o Dops que teria um encontro marcado com Carlos Lamarca, um dos militantes mais procurados pelo regime militar (1964-1985), na rua Clélia, localizada no bairro da Lapa na cidade de São Paulo. Ao chegar ao local, o ex-militante chocou-se, intencionalmente, com um veículo em movimento, visando sofrer ferimentos, que poderiam, ao invés de provocar sua morte, levá-lo ao hospital. Dessa forma, Araújo pode se livrar, por um período, das sessões de tortura. Após o acidente, os agentes que o acompanhavam pediram que ninguém descesse do carro e apreenderam seus documentos; um dos agentes sugeriu ao motorista que matasse Araújo naquele momento, sugerindo que passasse por cima do corpo do ex-militante, ação não praticada pelo motorista. Após um tempo internado, Araújo não mais representava um grande interesse ao regime militar, apesar de ainda ficar preso por 4 anos. De acordo com O Estado, até recentemente, Araújo não tinha conhecimento de que o motorista era Darcy da Rocha Camargo e que ele havia se recusado a matá-lo. No dia 12/06/13 os dois se falaram por telefone, entrando em contato pela primeira vez após o ocorrido. (O Estado de S. Paulo – Brasil – 15/06/13)

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