De acordo com o
jornal O Estado de S. Paulo, o
ex-militante do grupo de esquerda Vanguarda Armada Revolucionária Palmares
(VAR-palmares) e ex-marido da presidenta da República Dilma Rousseff, Carlos
Franklin Paixão de Araújo, foi preso no dia 11/08/1970 nas dependências do
Departamento de Ordem Política e Social (Dops) de São Paulo. Submetido a
torturas, Araújo buscou uma forma de não fornecer informações de companheiros
de militância. Segundo O Estado, no
dia 12/08/70, Araújo mentiu para os agentes que coordenavam o Dops que teria um
encontro marcado com Carlos Lamarca, um dos militantes mais procurados pelo
regime militar (1964-1985), na rua Clélia, localizada no bairro da Lapa na
cidade de São Paulo. Ao chegar ao local, o ex-militante chocou-se,
intencionalmente, com um veículo em movimento, visando sofrer ferimentos, que
poderiam, ao invés de provocar sua morte, levá-lo ao hospital. Dessa forma,
Araújo pode se livrar, por um período, das sessões de tortura. Após o acidente,
os agentes que o acompanhavam pediram que ninguém descesse do carro e
apreenderam seus documentos; um dos agentes sugeriu ao motorista que matasse
Araújo naquele momento, sugerindo que passasse por cima do corpo do
ex-militante, ação não praticada pelo motorista. Após um tempo internado,
Araújo não mais representava um grande interesse ao regime militar, apesar de
ainda ficar preso por 4 anos. De acordo com O
Estado, até recentemente, Araújo não
tinha conhecimento de que o motorista era Darcy da Rocha Camargo e que ele
havia se recusado a matá-lo. No dia 12/06/13 os dois se falaram por telefone,
entrando em contato pela primeira vez após o ocorrido. (O Estado de S. Paulo –
Brasil – 15/06/13)
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