quinta-feira, 6 de junho de 2013

Crimes virtuais preocupam América Latina


Segundo o jornal Folha de S. Paulo, um estudo inédito elaborado a pedido da Organização dos Estados Americanos (OEA) expôs a vulnerabilidade da América Latina a crimes cibernéticos. O estudo, feito pela consultoria Trend Micro, apontou o aumento do número de ataques e dos tipos de ameaças, que vão desde crimes financeiros até ofensivas com motivação política, como por exemplo, o “hacktivismo”. Paul Rosenzweig, formulador de estratégia de proteção eletrônica do Departamento de Segurança dos EUA, apontou que “governos e empresas da América Latina ainda veem cibersegurança como um ‘custo desnecessário’, principalmente por se tratar de uma região onde a possibilidade de uma guerra entre Estados, com o uso de ataques online, é remota”. O Brasil, que não participou do estudo, é um dos alvos mais frequentes de crimes virtuais. Segundo o pesquisador do Council on Foreign Relations, Adam Segal, convidado pelo governo federal para discutir segurança virtual com militares, “o governo brasileiro está empenhado, mas ainda é o começo de um longo caminho”. O Brasil está se preparando para evitar ataques cibernéticos durante grandes eventos, como a Copa do Mundo (2014) e Olimpíadas (2016). Os sistemas informáticos desses eventos serão monitorados pelo Centro de Defesa Cibernética do Exército. O general José Carlos dos Santos afirmou que o Brasil está tão pronto quanto a Grã-Bretanha esteve para as Olimpíadas de Londres em termos de segurança virtual e afirmou que o risco de ciberataque é baixo. Em coluna especial para o Estado, a pesquisadora Johanna Mendelson Forman afirmou que os latino-americanos chegaram tarde à questão da cibersegurança. Apesar de países como Brasil e Colômbia montarem operações de defesa cibernética em suas Forças Armadas, a capacidade de defesa hemisférica está longe de ser concretizada. Segundo a pesquisadora “cada país deve investir no treinamento de uma nova geração de combatentes em prol da segurança cibernética, capazes de defender o seu país contra as crescentes ameaças às redes nacionais computadorizadas”. Forman ainda argumentou que é preciso criar formas de regulação regional para os crimes cibernéticos, pois a falta de leis comuns ou definições de crimes cibernéticos dificultam o trabalho das forças de segurança. (O Estado de S. Paulo – Internacional – 19/05/13)

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