De acordo com o jornal Correio Braziliense, dois
militantes que lutaram contra o regime militar (1964-1985), foram presos e
torturados, receberam no dia 24/05/13 o pedido público de perdão por parte do
Estado brasileiro e uma indenização no valor de R$ 223.740,00 cada um,
concedida pela Comissão de Anistia do Ministério da Justiça. Wellington Moreira
Diniz militou no Comando de Libertação Nacional (Colina), Vanguarda Armada
Revolucionária Palmares (VAR-Palmares) e Vanguarda Popular Revolucionária
(VPR), e foi acusado de ser responsável por 12 mortes pelo extinto Serviço
Nacional de Informações (SNI). Cecílio Emigdio Saturnino, já falecido, foi cabo
da Polícia Militar do estado de Minas Gerais durante o regime militar e
colaborador dos grupos de esquerda como infiltrado no quartel, além de
militante da Aliança Nacional Libertadora (ANL). Durante a cerimônia, Saturnino
foi promovido a primeiro sargento. A Comissão Nacional da Verdade enviou um
ofício à Polícia Militar para retirada de qualquer menção negativa de seu nome
dentro da corporação. Caso a família de Saturnino prove relação de dependência,
poderá receber um auxílio mensal por parte do governo. Ainda segundo o Correio,
o prédio onde se localizava o Departamento de Segurança Pessoal e de Ordem
Política e Social (Dops) de Belo Horizonte, estado de Minas Gerais, poderá ser
tombado e transformado em memorial, dedicado às vítimas do regime militar. A
causa, levantada pela Associação de Amigos do Memorial da Anistia (AAMA), tem
apoio do Ministério Público Federal, mas precisa ser aprovada pela Assembleia
Legislativa de Minas e pelo Conselho Estadual do Patrimônio Público. (Correio
Braziliense – 25/05/13)
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