Segundo o jornal Correio Braziliense, o
ex-integrante da Ação Libertadora Nacional (ALN), Luis Eurico Tejera Lisboa,
teve o laudo de sua morte alterado pelo governo durante o período do regime
militar (1964-1985). Lisboa nasceu no estado de Santa Catarina e foi líder da
União Gaúcha de Estudantes Secundaristas. O militante foi processado pela Lei
de Segurança Nacional, perseguido enquanto era parte da ALN e desapareceu aos
24 anos, em setembro de 1972. Sete anos depois, seu corpo foi encontrado
enterrado no cemitério de Perus, na cidade de São Paulo, com o nome falso de
Nelson Bueno. Peritos criminais da Comissão Nacional da Verdade (CNV) revelaram
inconsistências nos exames que, na época, apontavam para o suicídio. O Correio
salientou ainda que um inquérito policial foi feito, alegando que o militante
havia atirado contra a própria cabeça; porém, a avaliação da CNV afirmou que
Tejera foi assassinado e que a foto que mostra a cena de sua morte foi montada.
A análise desse caso faz parte de uma lista de 44 pessoas que terão os laudos,
que também atestam suicídio, reavaliados por especialistas do Grupo de Trabalho
Graves Violações de Direitos Humanos. Destes 44, 18 têm fotos que também devem
passar por perícias com novas tecnologias. De acordo com a CNV, os mesmos
peritos devem elaborar um novo laudo sobre a morte do ex-presidente Juscelino
Kubitschek que, segundo o laudo atual, teria morrido em 1976 por consequências
de um acidente de carro. O Correio informou que o caso do ex-presidente foi
levado para a CNV pela Ordem dos Advogados de Minas Gerais. Ainda foi destacado
que a CNV publicou, no dia 03/06/13, o vídeo do depoimento dado pelo vereador
da cidade de São Paulo, Gilberto Natalini, no dia 10/05/13, quando acusou o
coronel reformado Carlos Alberto Brilhante Ustra de tê-lo torturado. O coronel
se defendeu dizendo ser um “combatente de terroristas”. (Correio Braziliense –
04/06/13)
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