De
acordo com o jornal Folha de S. Paulo, um levantamento realizado pelo Arquivo
Nacional mostrou que apenas 53 das 260 organizações de coleta de informação
sobre o regime militar (1964-1985) têm algum documento ali depositado. Segundo
a Folha, o governo tenta localizar os documentos desaparecidos há mais de seis
anos, mas os Ministérios onde esses órgãos funcionavam alegam que não conseguem
encontrá-los. O Ministério da Defesa afirmou que “muitos documentos podem ter
sido destruídos de maneira suspeita”, por incineração, mas que esta prática estaria
de acordo com a "legislação vigente à época" e que os termos de
destruição foram enviados ao Arquivo Nacional. Os documentos poderiam auxiliar
a Comissão Nacional da Verdade a
compreender em detalhes como funcionou o aparato repressor do regime
militar, já que, atualmente a maior parte das informações disponíveis são provenientes de relatos de pessoas
perseguidas pelo regime. A ministra dos Direitos Humanos, Maria do Rosário,
disse que "existem regras e determinação da presidenta da República para total
abertura [dos arquivos]. E quem estiver se colocando contra isso está agindo
fora das regras e fora da lei.” (Folha de S. Paulo – Poder – 06/03/13)
Nenhum comentário:
Postar um comentário