Segundo os jornais Correio Braziliense e O Estado de S. Paulo, a Comissão Nacional da
Verdade está sendo pressionada para convocar o presidente da Confederação
Brasileira de Futebol (CBF), José Maria Marin, para explicar sua relação com o
regime militar (1964-1985). Segundo o Correio,
Marin, então deputado estadual pela Aliança Renovadora Nacional (Arena), o
braço político do regime, pediu a um parlamentar que fossem tomadas
providências na TV Cultura, onde Vladimir Herzog era diretor de jornalismo, a
fim de dar “tranquilidade dos lares paulistanos”. No mesmo mês, Herzog foi
morto nas dependências do Destacamento de Operações de Informações -
Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-Codi) do 2º Exército em São
Paulo. Marin também ficou
conhecido por um discurso de apologia a Sérgio Paranhos Fleury, considerado um
dos principais torturadores do regime militar. A CBF negou, em nota, a
participação de Marin na morte de Herzog. De acordo com o Estado, Ivo Herzog,
filho do jornalista Vladimir Herzog, pretende entregar no dia 01/04/13 à CBF
uma petição com mais de 50 mil assinaturas pedindo a saída de Marin e uma cópia
desta petição a todas as federações estaduais de futebol e à direção dos clubes
que participam de campeonatos nacionais. Para Herzog “ter Marin à frente da CBF
agora é como se a Alemanha tivesse permitido um membro do antigo partido
nazista ter organizando a Copa de 2006”. (Correio Braziliense –
19/03/13; O Estado de S. Paulo –
Nacional – 16/03/13; O Estado de
S. Paulo – Nacional - 22/03/13)
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