sexta-feira, 22 de março de 2013

Editorial analisa a questão nuclear no Brasil


Em editorial, no dia 15/03/13, o jornal O Estado de S. Paulo fez uma análise sobre o desejo do Brasil de alcançar a autossuficiência em energia nuclear até 2014, como parte no Plano Nacional de Energia (PNE). Para o jornal, a falta de decisão sobre o futuro das usinas nucleares e a carência de investimentos adequados que assegure às Indústrias Nucleares do Brasil (INB) a correta extração e enriquecimento de urânio, impossibilitam a autossuficiência nesta área até o prazo estipulado. Como consequência disso, a usina de Angra 3 só deverá entrar em operação em 2016 utilizando urânio importado. O PNE previa a conclusão de Angra 3 e a construção de mais quatro usinas nucleares, porque segundo a empresa responsável pela elaboração do PNE, a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), todo potencial hidrelétrico do país estaria em seu ápice até 2030, dependendo assim de nova fonte energética. Por ser considerada uma fonte de energia limpa e o Brasil deter a sexta maior reserva de urânio do mundo, assim como dominar a sua tecnologia de enriquecimento, essa foi eleita a melhor forma de complementação energética. Entretanto, de acordo com o Estado, o crescimento da utilização de fontes renováveis como a eólica e a biomassa tem-se mostrado como uma melhor opção atualmente. Outra questão que tem contribuído para a inviabilidade da utilização de urânio está na capacidade da única mina em operação no país e no método usado para explorá-la, que se esgotará em 2014. Além disso, o contrato de instalação de uma nova fábrica, entre a INB e a Marinha, detentora da tecnologia de enriquecimento de urânio, está quase parado. (O Estado de S. Paulo – Notas & Informações - 15/03/13) 

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