Em
editorial, no dia 15/03/13, o jornal O Estado de S. Paulo fez uma análise
sobre o desejo do Brasil de alcançar a autossuficiência em energia nuclear até
2014, como parte no Plano Nacional de Energia (PNE). Para o jornal, a falta de
decisão sobre o futuro das usinas nucleares e a carência de investimentos
adequados que assegure às Indústrias Nucleares do Brasil (INB) a correta extração
e enriquecimento de urânio, impossibilitam a autossuficiência nesta área até o
prazo estipulado. Como consequência disso, a usina de Angra 3 só deverá entrar em
operação em 2016 utilizando urânio importado. O PNE previa a conclusão de Angra
3 e a construção de mais quatro usinas nucleares, porque segundo a empresa
responsável pela elaboração do PNE, a Empresa de Pesquisa Energética (EPE),
todo potencial hidrelétrico do país estaria em seu ápice até 2030, dependendo
assim de nova fonte energética. Por ser considerada uma fonte de energia limpa
e o Brasil deter a sexta maior reserva de urânio do mundo, assim como dominar a
sua tecnologia de enriquecimento, essa foi eleita a melhor forma de
complementação energética. Entretanto, de acordo com o Estado, o crescimento da utilização de fontes renováveis como a
eólica e a biomassa tem-se mostrado como uma melhor opção atualmente. Outra
questão que tem contribuído para a inviabilidade da utilização de urânio está
na capacidade da única mina em operação no país e no método usado para
explorá-la, que se esgotará em 2014. Além disso, o contrato de instalação de
uma nova fábrica, entre a INB e a Marinha, detentora da tecnologia de
enriquecimento de urânio, está quase parado. (O Estado de S. Paulo – Notas & Informações
- 15/03/13)
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