sexta-feira, 22 de março de 2013

Locais de memória do regime militar nas cidades de São Paulo e do Rio de Janeiro são relembrados por jornais


De acordo com o periódico Folha de S. Paulo, a cidade de São Paulo tem assistido, no decorrer dos anos, o esquecimento de locais que marcaram a repressão ocorrida durante o regime militar (1964-1985). Em São Paulo, lugares como a casa 767 na rua Pio XI, na Lapa, palco da morte de três dirigentes do Partido Comunista do Brasil (PC do B) a tiros de metralhadora em 1976, não possui nenhuma referência ao episódio, que ficou conhecido como “Chacina da Lapa”. Também em São Paulo, na rua Tutóia, no Paraíso, uma antiga sede do Destacamento de Operações de Informações - Centro de Operações de Defesa Interna (Doi-Codi) onde aproximadamente 46 presos políticos foram assassinados, hoje abriga uma delegacia. Segundo a Folha, ex-presos querem que o edifício seja tombado para a construção de um memorial. A exceção na cidade fica com o Memorial da Resistência, inaugurado em 2002, recuperando a história de uma antiga série do Departamento Estadual de Ordem Política e Social, no bairro da Luz. O jornal Correio Braziliense relembrou do caso do jornalista Ottoni Guimarães Fernandes Júnior, que antes de sua morte, em 2012, revelou a existência de uma casa da tortura, no Rio de Janeiro, contribuindo para as investigações da Comissão Nacional da Verdade. De acordo com seus depoimentos, foi possível revelar que as torturas não ocorriam apenas em estabelecimentos estatais, mas também em imóveis particulares disponibilizados por simpatizantes do regime. (Correio Braziliense – Opinião – 16/01/2013; Folha de S. Paulo – Poder – 21/02/13)

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