De acordo com o periódico Folha de S. Paulo, a cidade de São Paulo
tem assistido, no decorrer dos anos, o esquecimento de locais que marcaram a
repressão ocorrida durante o regime militar (1964-1985). Em São Paulo, lugares
como a casa 767 na rua Pio XI, na Lapa, palco da morte de três dirigentes do
Partido Comunista do Brasil (PC do B) a tiros de metralhadora em 1976, não
possui nenhuma referência ao episódio, que ficou conhecido como “Chacina da
Lapa”. Também em São Paulo, na rua Tutóia, no Paraíso, uma antiga sede do Destacamento
de Operações de Informações - Centro de Operações de Defesa Interna (Doi-Codi)
onde aproximadamente 46 presos políticos foram assassinados, hoje abriga uma
delegacia. Segundo a Folha, ex-presos
querem que o edifício seja tombado para a construção de um memorial. A exceção
na cidade fica com o Memorial da Resistência, inaugurado em 2002, recuperando a
história de uma antiga série do Departamento Estadual de Ordem Política e
Social, no bairro da Luz. O jornal Correio
Braziliense relembrou do caso do jornalista Ottoni Guimarães Fernandes
Júnior, que antes de sua morte, em 2012, revelou a existência de uma casa da
tortura, no Rio de Janeiro, contribuindo para as investigações da Comissão
Nacional da Verdade. De acordo com seus depoimentos, foi possível revelar que
as torturas não ocorriam apenas em estabelecimentos estatais, mas também em
imóveis particulares disponibilizados por simpatizantes do regime. (Correio
Braziliense – Opinião – 16/01/2013; Folha
de S. Paulo – Poder – 21/02/13)
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