De acordo com o periódico O Estado de S. Paulo, a ministra dos Direitos Humanos, Maria do
Rosário, afirmou que agentes do regime militar (1964-1985) participaram da
morte do ex-presidente da República João Goulart, que teria sido monitorado
pela Operação Condor. Rosário ainda evidenciou que os elementos que apontam
para o envolvimento de militares na morte de Goulart foram levantados pela
Comissão sobre Mortos e Desparecidos e estão sendo investigados pela Polícia
Federal e pela Comissão Nacional da Verdade (CNV). Segundo o Estado, em uma audiência no dia
18/03/13, Rosário mencionou que os restos mortais de Goulart devem ser
exumados, como deseja a família do ex-presidente, sendo tal medida apoiada pelo
governo federal. Goulart foi deposto no ano de 1964, e faleceu em 1976, na
Argentina, sendo que o laudo oficial de sua morte mostra que um ataque cardíaco
teria sido a causa, porém seus familiares mencionam que Goulart pode ter
sofrido envenenamento. A versão de que a parada cardíaca não teve causas
naturais se intensificou após o depoimento do ex-agente do Serviço de
Inteligência do Uruguai, Mário Neira Barreiro, preso no Rio Grande do Sul por
crimes comuns em 2007, que confessou ter perseguido o ex-presidente em terras
uruguaias e afirmou que sua morte foi causada por uma droga colocada
clandestinamente em seus medicamentos a pedido de agentes brasileiros. O neto
do ex-presidente, Christopher Goulart, ao participar de audiência pública
promovida pela CNV e pela Comissão Estadual da Verdade do Rio Grande do Sul,
afirmou que a família concorda com os exames dos restos mortais, com a condição
de que existam recursos científicos para chegar a uma conclusão sobre o caso.
Procuradores da República que também investigam o caso estão dispostos a ajudar
com a pesquisa dos restos mortais. (O Estado de S. Paulo – Nacional - 19/03/13;
O Estado de S. Paulo – Nacional - 21/03/13)
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