sexta-feira, 22 de março de 2013

Comissão Interamericana de Direitos Humanos investigará a morte do jornalista Vladimir Herzog


Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, no dia 22/01/13 a família do jornalista Vladimir Herzog divulgou que a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), da Organização dos Estados Americanos (OEA), está investigando a morte de Herzog, em 1975, durante sua prisão no Destacamento de Operações de Informações - Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-Codi) do II Exército de São Paulo. A decisão foi tomada pela CIDH em novembro de 2012 e abre caminho para investigar as responsabilidades do Estado brasileiro no caso. De acordo com o jornal, o governo brasileiro, ao ser consultado pela Comissão, tentou obstruir o processo alegando que a Lei de Anistia (1979) impede a punição dos responsáveis por violações de direitos humanos no período do regime militar (1964-1985), beneficiando os agentes do Estado acusados de tais atos. Entretanto, os argumentos foram rejeitados pela organização. Segundo Viviana Krsticevic, diretora executiva do Centro pela Justiça e o Direito Internacional, "a Comissão segue a jurisprudência da Corte Interamericana, que estabelece que são inadmissíveis disposições de anistia destinadas a impedir a investigação e a punição dos responsáveis por violações de direitos humanos, como a tortura, execuções sumárias, prisões e desaparecimentos forçados". Para Ivo Herzog, filho do jornalista, a decisão da CIDH favorece muitas famílias que se encontram em situação semelhante. O jornal informou que após os procedimentos normais da instituição, nenhuma pessoa será responsabilizada, entretanto providências poderão ser cobradas do Estado brasileiro para que se façam melhorias institucionais, garantindo a efetiva justiça. (O Estado de S. Paulo – Nacional - 23/01/13)

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