quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Comissão Nacional da Verdade I: jornal aponta interrupção das atividades de uma das equipes do colegiado

De acordo com o periódico Folha de S. Paulo, uma crise instalada no âmbito da Comissão Nacional da Verdade (CNV) provocou a interrupção das atividades da equipe que atuava, discretamente, na apuração de crimes e omissões das Forças Armadas e no levantamento de documentos militares comprobatórios do financiamento da repressão por empresários durante o regime militar (1964-1985). Segundo o jornal, o grupo coordenado por Heloísa Starling, historiadora da Universidade Federal de Minas Gerais e assessora da CNV,  contava com a participação de 24 pessoas entre jornalistas e historiadores e foi desarticulado após a divulgação do relatório anual da CNV, em maio de 2013. Maria Rita Kehl, integrante da comissão, declarou que Cláudio Fonteles, ex-membro do colegiado, demitiu-se após uma discussão sobre os trabalhos da equipe coordenada por Starling. Fonteles e Rosa Maria Cardoso, integrante da CNV, acusavam Starling de mal uso do dinheiro público na condução das investigações. De acordo com a Folha, oficialmente, José Carlos Dias, atual coordenador da CNV, afirmou que nenhum grupo foi desmobilizado. O jornal ainda destacou que uma parte da pesquisa da equipe supostamente desmobilizada é mantida sob sigilo, enquanto outra pequena parte se tornou pública no relatório de maio, comprovando que a “Marinha reiteradamente omitiu, no pós-ditadura, ter informações sobre alguns presos políticos que, nos anos 70, foram declarados mortos pela própria instituição”. (Folha de S. Paulo - Poder - 28/09/13)

Nenhum comentário:

Postar um comentário