Em
coluna opinativa para o periódico Correio Braziliense, Rubem Azevedo Lima
relatou um pedido recebido em 1964, quando era presidente do Centro Acadêmico
da Universidade de Brasília (UnB). Um aluno pediu a ele e ao vice-presidente do
Centro uma autorização para escrever uma cartilha para alfabetizar operários
que trabalhavam na universidade. Segundo Azevedo, “Pareceu-nos um gesto
generoso, para os operários, mas era uma explosão de comunismo, escrita por este
aluno, que a distribuiu, sem mostrá-la, à direção do Centro. Nós, para
evitarmos que o autor tivesse contratempos, dissemos, no quartel, que era
pessoa de mente quente nas discussões políticas, mas não fazia mais do que
isso.” O general que pedira explicações era conhecido como “Mato Grosso”, pois
viera deste estado para Brasília com três mil soldados, sob o comando do
coronel Ponce, com a missão de controlar a elite política. (Correio Braziliense
– 21/10/13)
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