Em
entrevista para o jornal O Estado de S. Paulo, o general Carlos Alberto dos
Santos Cruz, comandante brasileiro das tropas da Missão da Organização das
Nações Unidas de Estabilização da República Democrática do Congo (MONUSCO),
declarou não acreditar que o conflito no país seja étnico. Na opinião do
general, “os grupos (que atuam no leste do Congo) agem como criminosos por
interesses próprios de poder e dinheiro”. O país recebeu a visita de quinze
embaixadores do Conselho de Segurança (CS) da Organização das Nações Unidas
(ONU) para a primeira avaliação sobre o novo mandato da missão, que garantiu às
tropas maior autonomia para o uso da força contra grupos armados. Segundo o
jornal, a missão de paz, que conta com Santos Cruz no comando da força militar
desde junho de 2013, já obteve resultados positivos contra grupos armados e
mostrou rapidez na implementação do mandato ao expulsar o grupo rebelde M23 de
Goma, centro das operações da ONU na República Democrática do Congo. Santos
Cruz é visto como uma pessoa competente para a função e foi elogiado por
especialistas da ONU e pelo embaixador da Grã-Bretanha no CS. Em entrevista, o
general afirmou que é necessário agir para fazer a população retomar a
confiança nas tropas de paz e defendeu mudança em sua atuação. Segundo Santos
Cruz, é necessário expandir o conceito de legítima defesa para “se antecipar às
ações dos grupos, desarmá-los, desmobilizá-los, impedir que possam atuar”, ao
mesmo tempo em que os pressiona a negociar (O Estado de S. Paulo –
Internacional – 21/10/13)
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