quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Comandante brasileiro defendeu mudanças em missão de paz na República Democrática do Congo

Em entrevista para o jornal O Estado de S. Paulo, o general Carlos Alberto dos Santos Cruz, comandante brasileiro das tropas da Missão da Organização das Nações Unidas de Estabilização da República Democrática do Congo (MONUSCO), declarou não acreditar que o conflito no país seja étnico. Na opinião do general, “os grupos (que atuam no leste do Congo) agem como criminosos por interesses próprios de poder e dinheiro”. O país recebeu a visita de quinze embaixadores do Conselho de Segurança (CS) da Organização das Nações Unidas (ONU) para a primeira avaliação sobre o novo mandato da missão, que garantiu às tropas maior autonomia para o uso da força contra grupos armados. Segundo o jornal, a missão de paz, que conta com Santos Cruz no comando da força militar desde junho de 2013, já obteve resultados positivos contra grupos armados e mostrou rapidez na implementação do mandato ao expulsar o grupo rebelde M23 de Goma, centro das operações da ONU na República Democrática do Congo. Santos Cruz é visto como uma pessoa competente para a função e foi elogiado por especialistas da ONU e pelo embaixador da Grã-Bretanha no CS. Em entrevista, o general afirmou que é necessário agir para fazer a população retomar a confiança nas tropas de paz e defendeu mudança em sua atuação. Segundo Santos Cruz, é necessário expandir o conceito de legítima defesa para “se antecipar às ações dos grupos, desarmá-los, desmobilizá-los, impedir que possam atuar”, ao mesmo tempo em que os pressiona a negociar (O Estado de S. Paulo – Internacional – 21/10/13)

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