quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Comandante militar na Amazônia avaliou presença militar na região

Em entrevista para o jornal Folha de S. Paulo, o general Eduardo Villas Bôas, comandante militar da Amazônia, afirmou que a região não está totalmente integrada ao país. Grande parte dos 11 mil quilômetros de fronteiras sob responsabilidade de vigilância do Comando Militar da Amazônia conta apenas com a presença das Forças Armadas, restrita a um contingente total de 19 mil homens, e nenhuma participação do governo estadual. Assim, Villas Bôas destacou que o contingente humano e os recursos financeiros atuais não são suficientes para monitorar toda a floresta. Segundo o general, isso só será possível com tecnologia incorporada, cujo sistema de monitoramento está em desenvolvimento, a um custo total de R$ 10 bilhões até 2020.  Villas Bôas afirmou que desde 1999 o Exército possui poder de polícia nos 150 quilômetros de largura de fronteira e que isso trouxe uma nova responsabilidade à Força. Para o general, outro ponto de vulnerabilidade do país é a ausência de um satélite próprio de transmissão, o que impede autonomia do Estado brasileiro no controle da região. O general ainda manifestou-se sobre as questões envolvendo a demarcação de terras indígenas, a presença das Organizações não-Governamentais (ONGs) na Amazônia e o Programa Mais Médicos do governo federal, uma vez que até então o atendimento médico à população civil e indígena da região era prestado quase que exclusivamente pelos militares. (Folha de S. Paulo – Poder – 20/10/13)

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