quarta-feira, 15 de maio de 2013

Sargento pode esclarecer casos de desaparecimentos e mortes durante o regime militar



Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, o sargento do Exército Roberto Artone, padrinho de casamento do coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, pode ser a peça chave para a localização de 13 desaparecidos políticos e para esclarecer as mortes de outros 14 militantes de esquerda durante o regime militar (1964 – 1985). Artone, que utilizava o codinome Pedro Aldeia, era o homem de confiança de Ustra, então comandante do Destacamento de Operações de Informações - Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-Codi) do 2º Exército em São Paulo, e do capitão Enio Pimentel da Silveira, chefe da Seção de Investigação do mesmo órgão. Artone é investigado pelo Ministério Público Federal (MPF) pelas mortes dos guerrilheiros Antônio Carlos Bicalho Lana e sua companheira Sônia Maria Moraes Angel Jones, em 1973, e pelo desaparecimento do casal Wilson Silva e Ana Kucinski, em 1974, todos membros da  Ação Libertadora Nacional (ALN). Além disso, ele era amigo do ex-sargento do Exército Marival Chaves, principal testemunha do MPF e da Comissão Nacional da Verdade (CNV) sobre as violações de direitos humanos ocorridas durante o regime. Entretanto, segundo o jornal, esta amizade terminou quando o amigo revelou o sequestro e morte de quase 20 integrantes do Partido Comunista Brasileiro e da ALN. Artone é um dos últimos sobreviventes do núcleo duro do DOI-Codi, conhecia as atividades da Seção de Investigação e mantinha contato com os informantes. (O Estado de S. Paulo – Política - 10/05/13)

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