De acordo com o
periódico O Estado de S. Paulo, a Comissão Nacional da Verdade (CNV) convocou o
coronel reformado e ex-chefe do Destacamento de Operações de Informações -
Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-Codi), Carlos Alberto Brilhante
Ustra, para prestar depoimento ao colegiado, agendado para o dia 10/05/13. O
coronel é acusado de participar de crimes que ocorreram durante o regime
militar (1964-1985). Caso Ustra não atenda a solicitação, pode ser conduzido à
força ou responder por crime de desobediência. Segundo O Estado, assim como se
comportou em depoimento para a Comissão da Verdade da Câmara Municipal de São
Paulo, o coronel deve alegar que o que tem a mencionar sobre suas atitudes
durante o período do regime está em seus livros, Rompendo o Silêncio (1987) e A
Verdade Sufocada (2006). O jornal ainda evidenciou que, em outubro de 2012, o
juiz Hélio Egydio de Matos Nogueira acatou a denúncia do Ministério Público
Federal contra Ustra pela acusação de sequestro qualificado do político Edgard
de Aquino Duarte, no ano de 1971. De acordo com O Estado, a CNV decidiu abrir a
sessão para o público geral, com a finalidade de que ex-presos políticos,
pessoas que foram torturadas e familiares de mortos e desaparecidos durante o
regime possam acompanhar o depoimento de Ustra. Segundo seu advogado, Paulo
Alves Esteves, o coronel irá responder a tudo que lhe for perguntado. Ustra é
acusado de prática de tortura e responde a quatro processos do Ministério
Público Federal, aos quais nega as acusações. De acordo com a Folha de S.
Paulo, Ustra obteve junto à 12ª Vara Federal do Distrito Federal uma liminar
que o autoriza ficar calado e garante sua “segurança física” durante a
audiência. (Correio Braziliense – 08/05/13; Folha de S. Paulo – Poder –
10/05/13; O Estado de S. Paulo – Política – 07/05/13; O Estado de S. Paulo –
Política – 09/05/13; O Estado de S. Paulo – Política - 10/05/13)
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