Plano Nacional de Dragagem teve dificuldade para obter aprovação da Marinha

Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, o canal de acesso ao Porto de Santos terá sua profundidade aumentada após três anos de obras e revisões no projeto. A dragagem, iniciada em 2010, teve seus planos alterados pela Marinha do Brasil, que verificou discrepâncias entre algumas medidas de profundidade sugeridas. De acordo com o comandante dos Portos de São Paulo, capitão-de-mar-e-guerra Marcelo Ribeiro de Souza, um dos responsáveis pela homologação da dragagem, “na primeira tentativa de homologar a nova profundidade do canal de acesso, a Marinha entendeu que as medidas não justificavam mudanças e mais uma dragagem teve de ser realizada para corrigir os erros apontados”. Em março, uma nova proposta foi apresentada e deve ser aprovada após simulações de manobras e reposicionamento de boias.  De acordo com o ministro da Secretaria de Portos, Leônidas Cristino, o primeiro Plano Nacional de Dragagem (PND) enfrentou várias dificuldades para obter aprovação da Marinha. Segundo Cristino, a Marinha não tinha estrutura compatível para fazer uma quantidade tão grande de homologações, porém exigiu medições complexas e mostrou rigidez na avaliação dos processos, o que atrasou o plano. Em alguns casos, como no Porto de Fortaleza, no estado do Ceará, as novas profundidades foram autorizadas sete meses após o término das obras. Segundo a Marinha, a validação de um levantamento deve seguir os critérios técnicos estabelecidos nas Normas da Autoridade Marítima. (O Estado de S. Paulo - Economia – 28/04/13)